Perdoem a minha ignorância, mas era esta a visão que tinha do Egipto, antes das notícias dos últimos dias nos trazerem informações que ignorava quase por completo. O mundo está a ser um sítio complicado para viver e está a ser difícil salvá-lo!
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
sábado, 29 de janeiro de 2011
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Os meus Parabens à Rita Andrade (Ritinha)
Depois de muitos anos a ouvir grandes canções e a memorizá-las de ouvido já assim um bocado "cota" comecei a frequentar um bar onde se cantava Karaoke, palavra de que nem sequer conhecia o significado.
Um dia entusiasmado com o excelente ambiente no Texas bar e provavelmete por alguns "vapores" experimentei. Lembro que foi a Pedra Filosofal e até parece que não saíu muito mal. Outras noites e outras canções. O Filipe (proprietário) que dirigia as operações achou que eu cantava bem, aquela cantiga do Paulo de Carvalho "gostava de vos ver aqui" e tambem a "Nini dos meus 15 anos" Adiante. Porque eu só queria falar na Ritinha que acompanhei especialmente na canção de embalar e no venham mais cinco, ambas do Zeca. A Ritinha hoje faz anos e como não estou lá para lhe dedicar uma canção que até podia ser a "Maria Rita" do Duo Ouro Negro" deixo-lhe aqui um video em que ela interpreta brilhantemente os Madredeus.
Parabens Rita! Um beijinho
E a Adélia aqui ao lado acrescenta, outro.
E agora José?
Há um poema de Carlos Drummond de Andrade a que deu o titulo de “e agora José?” que me sugeriu este post e o titulo usado.
Ainda, muitos de nós andamos para aqui encavacados com os resultados eleitorais do passado Domingo em que cerca de 23% de portugueses elegeram um Presidente da República que vai ser o deles e o dos outros 77% , o que faz com que prós lados de Belém vai ficar tudo como dantes e já se anuncia que para os lados de S.Bento, ( a não ser que que o novo/velho Presidente faça a vontade a uns ansiosos putativos novos ocupantes) tudo vai continuar na mesma.
Ainda se digeriam os maus resultados do candidato apoiado pelo PS (oficialmente) e logo se anunciou a data do congresso deste partido e claro o chefe da bancada (sim aquele que se demite se os deputados não votarem como ele quer) veio anunciar a candidatura de José Sócrates a um novo mandato como secretário-geral. Claro que com este apoio de peso, mais o do apparatchik e os certamente agradecidos, nas boas colocações entretanto conseguidas, não vai ser muito difícil a vitória.
Pelos vistos quem anseia por mudanças na liderança do País que tire o Cavalinho da Chuva porque mudanças não houve e não vai haver.
Claro que haverá mudanças. Daquelas que eu não gostava de ver. Claro que o velho sonho da direita “ Uma maioria, um governo e um presidente estão mais do que nunca ao seu alcance” se não houver mudança de protagonistas.
Sem ter qualquer “direito” a meter o bedelho naquilo que se passa no seio do PS, para mim é incrível que não se perceba onde está o mal. Como é que alguém que sob a sua direcção faz o PS sofrer em 4 eleições, 3 derrotas e a perda de uma maioria absoluta, pode continuar a merecer a confiança dos militantes do seu partido, quando claramente já perdeu a da maioria dos tradicionais votantes no PS.
Coisas que me preocupam. Até porque já estou demasiado velho para emigrar
Clik no play à esquerda para ouvir o poema e no botão da direita para ver o video
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Não, não é Cansaço...
Não, não é Cansaço...
Não, não é cansaço...
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar,
E um domingo às avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo...
Não, cansaço não é...
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Como tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.
Não. Cansaço por quê?
É uma sensação abstrata
Da vida concreta —
Qualquer coisa como um grito
Por dar,
Qualquer coisa como uma angústia
Por sofrer,
Ou por sofrer completamente,
Ou por sofrer como...
Sim, ou por sofrer como...
Isso mesmo, como...
Como quê?...
Se soubesse, não haveria em mim este falso cansaço.
(Ai, cegos que cantam na rua,
Que formidável realejo
Que é a guitarra de um, e a viola do outro, e a voz dela!)
Porque oiço, vejo.
Confesso: é cansaço!...
Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Um texto Imperdível
Com a devida desculpa pelo abuso trago para aqui o link do post do "conto do Vigário" publicado hoje.
Ver aqui.
Ver aqui.
Dias complicados...
De Facto, ontem ninguem me conseguia aturar. Eu só pensava que era por causa do Sr.Silva ter ganho. Mas não foi. Está aqui a explicação.
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Só sai derrotado, Quem Vira as Costas à Luta
As mãos
Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
Manuel Alegre, O Canto e as Armas, 1967
domingo, 23 de janeiro de 2011
É a vida...
Que importa perder a vida
em luta contra a traição,
se a Razão mesmo vencida,
não deixa de ser Razão
António Aleixo
sábado, 22 de janeiro de 2011
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Que sejamos capazes de decidir pelas nossas próprias Cabeças
A poucas horas de terminar a campanha para a primeira volta para as eleições presidenciais do próximo domingo e embora a noite de hoje com os respectivos comícios de encerramento das respectivas campanhas onde a forma como as mesmas decorram possam ainda influenciar alguns eleitores no seu sentido de voto. Parece-me que está montada uma gigantesca operação que já sabe antecipadamente e muito os resultados finais com um rigor absoluto que vai até à décima.
Não tenho nada contra a liberdade de informação. Não tenho nada contra as sondagens da opinião publica quer se trate de eleições ou de outro assunto qualquer. Sabemos que são um barómetro importante. Sabemos até que as sondagens feitas com honestidade e profissionalismo até podem ajudar as forças em presença a corrigir algumas das suas deficiências.
Mas também sabemos que a honestidade com que são feitas por vezes deixa muito a desejar e transformam-se algumas vezes apenas num instrumento de influência da opinião pública trabalhado cientificamente para que determinados objectivos sejam atingidos.
Usei (e abusei) durante esta campanha nos escritos que fui produzindo e nos comentários que aqui e ali fui fazendo da expressão popular “até ao lavar dos cestos é vindima”. A mim claro que não é nenhuma sondagem que altera o meu sentido de voto. Acredito sinceramente que haverá eleitores suficientes que agirão da mesma forma. Acredito sinceramente que as coisas não ficam resolvidas à primeira!
O meu voto vai direitinho para Manuel Alegre.
O Robot e as Vaquinhas
Como sou daqueles que pensa que o Professor Cavaco vai dentro de pouco tempo transferir-se para a tal quinta da Coelha e viver dos rendimentos ganhos com os investimentos duma vida inteira de trabalho. Em jeito de despedida deixo aqui uma das mais belas e ternurentas intervenções do prof.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
“Não façam batota na democracia”, pede Manuel Alegre
Manuel Alegre pediu esta quarta-feira para que não se faça “batota” na política, afirmando que, ao conhecer “uma certa sondagem”, teve o mesmo sentimento da noite em que foi anunciada a “pseudo derrota” de Humberto Delgado.
No discurso durante o jantar-comício em Águeda – que contou com a presença do secretário-geral do PS, José Sócrates, e do presidente do PS, Almeida Santos – Manuel Alegre relembrou que o seu combate “é um combate político” e que não insulta os seus “adversários”.
“Mas não gosto de batota na política, não gosto de batota na democracia. E estou neste combate para o travar até ao fim”, garantiu.
O candidato presidencial apoiado pelo PS e pelo Bloco de Esquerda pediu, então, perante uma sala cheia na sua terra natal, que “não façam batota na democracia”.
“Eu hoje, ao ler uma certa sondagem, senti dentro de mim um sentimento parecido com aquele que tive - e que mudou a minha vida - no dia e na noite em que anunciaram os resultados da pseudo derrota do General Humberto Delgado”, relembrou.
Alegre voltou a pedir que não seja feita “batota” nem “manipulação” e que nada vencerá a determinação e convicção democrática.
“E também precisamos de um Presidente que não tenha medo de ser escrutinado. E que não adie, porque isso é sinal de arrogância, para depois do dia 23 as respostas às dúvidas e às perguntas que lhe são feitas e deviam ser esclarecidas para bem da República, com clareza e transparência democrática”, condenou.
Publico online
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Os custos de uma 2ª Volta nas Presidênciais
Acabo de ouvir no noticiário das 8:00 H. Uma gravação do Prof. Cavaco Silva onde manifestava preocupação pelos custos financeiros e outros relacionados com uma eventual 2ªvolta.
O que faz parecer que as tais sondagens que lhe dão uma maioria esmagadora não o convencem, sabe-se lá porquê?
Mas de facto o Professor desta vez até merece a minha concordância. Uma 2ª volta terá grandes custos financeiros para além dos custos originados pela “suspensão” em que todos ficamos à espera do vencedor. Então porque não resolver tudo logo à primeira?
Não fossem alguns mesquinhos interesses partidários e pessoais, a desistência ainda possível (segundo creio) dos candidatos Anti-Cavaco , de que todos se reclamam, concentrando votos no candidato mais bem colocado, criaria uma dinâmica de vitória que evitaria certamente uma 2ª volta e o Professor poderia ir descansado usufruir dos investimentos que fez usando as "poupanças duma vida de trabalho".
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Contributos para as comemorações do 18 de Janeiro
(texto publicado no "Largo das Calhandreiras" em 17 de Janeiro de 2010
Avô
Acontecem-nos coisas na vida, que inesperadamente nos surpreendem. Hoje ao ler algumas linhas sobre as comemorações do 18 de Janeiro de 1934, senti um impulso de te dizer qualquer coisa. Sei que estou a fazer algo impensável e também sei, que onde te encontras não vais ler nada disto, mas olha muitos de nós passamos e vamos passar por isto. Só nos dizem certo tipo de coisas quando já cá não estamos para as ouvir.
Quando te conheci era uma criança em formação, mas muito cedo criei um grande fascínio pela tua personalidade, penso que acontece a todas as crianças pelos seus avós e na altura de grande austeridade pela personalidade e bondade. Mas confesso que demorei algum tempo a perceber aquilo que mais tarde se tornou para mim um motivo de orgulho. Ou seja quando me perguntavam de quem era filho e neto, logo que o teu nome aparecia, quase que era proscrito porque era neto de um homem que esteve preso. Confesso que tive alguma dificuldade em lidar com isso enquanto criança. Então o meu avô, o melhor homem que conheço, esteve preso? Porquê? Foi uma dúvida com que vivi algum tempo e à qual procurava encontrar resposta, pois nessa altura a ideia generalizada era a de alguém que esteve preso, só podia ser, por ter feito algo de mal. Timidamente lá te fui perguntando e tu com a tua calma e sabedoria lá me foste explicando aquilo que contigo se tinha passado durante a tua vida. Com as limitações impostas pelo regime em que cresci e tu viveste quase toda a tua vida, tinhas que ser muito cauteloso e claro as explicações iam ficando para mais tarde. Uma coisa eu recordo, conseguiste convencer-me que não estiveste preso por ter feito algo condenável, antes pelo contrário.
O tempo passa e com 10 anos de idade fui trabalhar para o vidro, porque o orçamento familiar era muito curto e estava farto de ter apenas vinte e cinco tostões ao Domingo que apenas chegava para uma gasosa e um pacote de amendoins na sede da columbófila, explorada pelo Zé Folia e esperar que passasse mais uma semana para voltar a ter quantia igual para repetir a extravagância.
Apesar do meu Pai insistir para que continuasse a estudar, achei que o devia fazer, mas trabalhando de dia e estudando de noite, o que não fiz de imediato porque o trabalho por turnos no M.P. Roldão não era lá muito compatível.
Com o andar dos tempos e porque viste em mim mais um menino que se ia tornar homem à beira duma fornalha (comparado contigo e com o meu pai, já fui um privilegiado) lá me foste explicando mais umas coisas e dando a ler outras. Recordo uma revista de que eras assinante editada pela JOC (Juventude Operária Cristã) se a memória não me trai, onde li textos que contribuíram para a minha formação e educação. Com os tempos a passar fui tendo contigo uma relação de Avô/Neto muito especial, até porque contigo comemorei a liberdade que os militares de Abril nos deram porque muitos homens como tu e a sua abnegada luta pela liberdade serviram de incentivo.
Avô
Acredita que ao escrever este pequeno texto, vêm-me à memória uma infinidade de coisas que não cabem neste texto. Apenas, se fosse possível tu ouvires-me, gostava de te dizer que tenho um grande orgulho em ser teu neto e ostentar, como a mais valiosas das heranças, o teu nome.
Um Cidadão
PS: Quando mandei este texto para o "Largo" fi-lo como um Cidadão anónimo. Usei a primeira pessoa embora, muito Neto, filhos e outros familiares de sobreviventes do 18 de Janeiro de 1934, o podiam ter escrito, tantos foram os atingidos por aquela vaga de prisões que deixou em todos nós, marcas que o tempo não apagou. Peço desculpa pela pessoalização que dei ao texto.
Já Agora queria deixar aqui um desejo. Não deixemos apagar a memória. O Fascismo existiu em Portugal, com todas as consequências que conhecemos.
PS: Quando mandei este texto para o "Largo" fi-lo como um Cidadão anónimo. Usei a primeira pessoa embora, muito Neto, filhos e outros familiares de sobreviventes do 18 de Janeiro de 1934, o podiam ter escrito, tantos foram os atingidos por aquela vaga de prisões que deixou em todos nós, marcas que o tempo não apagou. Peço desculpa pela pessoalização que dei ao texto.
Já Agora queria deixar aqui um desejo. Não deixemos apagar a memória. O Fascismo existiu em Portugal, com todas as consequências que conhecemos.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Mãos Vidreiras
Poema: Mãos Vidreiras
Autor: Francisco Correia Moita
Olhai para estas mãos que aqui vedes
Já foram pequeninas e mimosas
Leves e macias como lírios
Rosadas e frescas como as rosas
Mãos que foram dóceis em criança
Hoje são áridas brutais
Não tendo a graça das ilustres
Valem certamente muito mais
Mãos vidreiras
Que o gás do forno queimou
Mãos vidreiras
Que o trabalho calejou
Mãos vidreiras
Que só fazem obras d’arte
Mãos que sabem ser vidreiras
Honradas em toda a parte
Olhai para estas mãos trabalhadoras
Pelo rigor da vida transformadas
Mãos que nunca foram ociosas
Mas pelo trabalho calejadas
Mãos que se irmanam com o fogo
Trabalhando o vidro em fusão
Mãos que são a alma de um povo
Na sua dura vida e em duro pão
domingo, 16 de janeiro de 2011
Um Domingo cheio de Inquietação
Numa tarde de Domingo estar agarrado ao computador a escrever um post, não é lá a melhor forma de aproveitar o descanso que este dia nos proporciona.
Mas quando se trata de descanso há que diferenciar o aspecto físico e o psicológico. Os tempos que vivemos são decisivos para o nosso futuro colectivo e eu sou daqueles que não consigo afastar uma profunda inquietação pelos resultados das eleições presidências a realizar no próximo Domingo. Mais do que nunca o resultado destas eleições pode contribuir para a inflexão de vários aspectos da política errática que tem que tem sido seguida.
Como é que um Presidente da República pode intervir nesse sentido.
A campanha que se desenrola mostra claramente que não tendo poderes executivos, um Presidente pode intervir usando os poderes que constitucionalmente lhe são atribuídos para fazer inflectir os maus caminhos e apesar de ser membro dum Partido político não tem que se submeter às vontades de quem lidera no momento esse mesmo partido.
Apesar de há largo tempo nos quererem (vá-se lá saber quem) fazer crer que há um candidato que está eleito logo há primeira volta a realidade mostra que é possível alterar as contas e obrigar a que haja uma segunda e aí a esquerda ganhar.
De notar ainda que os 2 candidatos de esquerda mais significativos que disputam estas eleições têm tido uma grande dignidade esquecendo o acessório e concentrando-se no essencial. O que augura algo de bom para o futuro que se avizinha. A esquerda independentemente das diferenças que nela exista, não pode continuar de costas voltadas. Há sempre algo em comum. No momento trata-se de derrotar o candidato da Direita.
sábado, 15 de janeiro de 2011
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
"Ser de esquerda ou direita, Hoje".
Dado que tem sido um tema aqui debatido e por me parecer um tema actual, trancrevo para aqui um artigo cujo autor está devidamente identificado .
"Depois do tempo em que Abril floriu, quase toda a gente se dizia de esquerda. Por convicção, por oportunismo ou, simplesmente, porque estava na moda o ideal de esquerda. Contudo, os modismos passam e a realidade sobressai com a sedimentação do tempo.
Nos idos de 1974/75, ninguém ousava afirmar «eu sou de direita», isso era arriscado. Nem aqueles que hoje orgulhosamente se assumem como tal tinham a coragem de o dizer. Era perigoso para quem o afirmasse. Ser de direita significava ser fascista, reaccionário, capitalista ou lacaio do capitalismo, dizia-se. Com efeito, ser de direita era estar contra a classe operária, o proletariado, ou negar a sua própria classe. E eis que toda a gente, ou quase, vestia os adornos do operário, figura mitificada na época, que era considerado, muitas vezes sem saber porquê, como progressista, defensor do povo... E então, era ver alguns daqueles que hoje se assume pomposamente de direita, vestir os tais adornos, símbolos da esquerda da época, tais como: cabelo comprido, barba crescida e desgrenhada, palavrão pronto na boca, etc., etc.
Os tempos mudam, os símbolos políticos também. No entanto, ainda temos referências sérias quer de direita quer de esquerda. Que referências? A marca de mulheres e de homens que sempre afirmaram as suas convicções político-sociais, que não balançaram conforme as oportunidades, que mantiveram, embora evoluindo – que o tempo a isso obriga – nos princípios que enformam as suas convicções.
Aprendemos que ser de esquerda é defender o interesse do geral, é ser solidário, é estar ao lado daqueles que menos podem, é lutar contra as desigualdades entre pessoas e povos, é eliminar a repressão e a opressão, é defender a liberdade e criar as condições para a existência de um mundo mais justo e solidário.
E ser de direita? Seria menos complicado dizer que é o contrário do que dissemos no parágrafo anterior. Mas não. Hoje, está na moda a afirmação de direita. Veja-se como alguns políticos, hoje em moda, se afirmam orgulhosamente de direita. E mais, repare-se como, quando se dizem de direita, estão a afirmar que a esquerda é uma peste, é o mal. Aliás, os direitistas são hábeis maniqueístas. Ou seja, os homens e mulheres que se afirmam de direita, especialmente a direita radical, tal como certa esquerda em 1975, tem dificuldade em reconhecer e aceitar a outra parte. E então, quando falam dos princípios de esquerda fazem-no com desdém.
Que valores defende a direita, hoje? Analise-se os seus discursos, que lá está tudo: a Pátria, o trabalho, a autoridade, o respeito pelos superiores valores do Estado, o dinheiro, o beija-mão, a reverência e o endeusamento, de entre outras ideias similares.
Toda a gente defende a Pátria, mas quando se fala tanto em patriotismo, que se esconde? O trabalho é a única fonte de riqueza, mas o seu a seu dono. Porque para que alguns sejam muito ricos, muitos estão muito pobres. A direita tem dificuldade em redistribuir a mais valia. Autoridade sim, mas sem autoritarismos. A direita faz apelos constantes à autoridade do Estado, querendo com isso indicar a sua autoridade. A autoridade que defendem é a autoridade imposta, não a conquistada pelo exemplo. Com efeito, a direita fala como se estivesse acima da maralha. Todo o patriota respeita o Estado, que somos todos nós, mas será que o Estado que a direita propala respeita o cidadão comum? Toda a gente precisa de dinheiro. Sem esse nobre metal a nossa vida é um inferno. Mas certa direita só vê euros, sonha com eles, quer controlá-los e deixar no mealheiro umas migalhas, uns cêntimos para o Zé encontrado pela direita em Coimbra, aquando da campanha eleitoral para as legislativas de 2002, lembra-se? A direita folclórica gosta muito do beija-mão, gosta que lhe tirem o chapéu, gosta da reverência e do endeusamento. Pois que faça bom proveito.
Como apontamento final, direi que neste mundo da globalização, onde tudo é tão rápido e fluído, onde a generosidade não abunda, onde a concorrência não olha a meios, onde se procura aniquilar o outro e impor a vontade própria, é difícil apreender claramente onde está o traço que separa o homem de esquerda do homem de direita. E porquê? Porque vemos homens de esquerda com práticas que habitualmente são atribuídas à direita, e homens de direita com atitudes normalmente atribuídas à esquerda. O exemplo depende da oportunidade. É tal a miscelânea de comportamentos humanos neste início de século, que o que devemos relevar são as boas práticas, acções e atitudes de todos os homens e mulheres, e repudiar o contrário, para que a pessoa humana possa contribuir para um mundo mais fraterno, generoso, solidário e livre, como quis Abril que o Zeca Afonso cantou."
Nos idos de 1974/75, ninguém ousava afirmar «eu sou de direita», isso era arriscado. Nem aqueles que hoje orgulhosamente se assumem como tal tinham a coragem de o dizer. Era perigoso para quem o afirmasse. Ser de direita significava ser fascista, reaccionário, capitalista ou lacaio do capitalismo, dizia-se. Com efeito, ser de direita era estar contra a classe operária, o proletariado, ou negar a sua própria classe. E eis que toda a gente, ou quase, vestia os adornos do operário, figura mitificada na época, que era considerado, muitas vezes sem saber porquê, como progressista, defensor do povo... E então, era ver alguns daqueles que hoje se assume pomposamente de direita, vestir os tais adornos, símbolos da esquerda da época, tais como: cabelo comprido, barba crescida e desgrenhada, palavrão pronto na boca, etc., etc.
Os tempos mudam, os símbolos políticos também. No entanto, ainda temos referências sérias quer de direita quer de esquerda. Que referências? A marca de mulheres e de homens que sempre afirmaram as suas convicções político-sociais, que não balançaram conforme as oportunidades, que mantiveram, embora evoluindo – que o tempo a isso obriga – nos princípios que enformam as suas convicções.
Aprendemos que ser de esquerda é defender o interesse do geral, é ser solidário, é estar ao lado daqueles que menos podem, é lutar contra as desigualdades entre pessoas e povos, é eliminar a repressão e a opressão, é defender a liberdade e criar as condições para a existência de um mundo mais justo e solidário.
E ser de direita? Seria menos complicado dizer que é o contrário do que dissemos no parágrafo anterior. Mas não. Hoje, está na moda a afirmação de direita. Veja-se como alguns políticos, hoje em moda, se afirmam orgulhosamente de direita. E mais, repare-se como, quando se dizem de direita, estão a afirmar que a esquerda é uma peste, é o mal. Aliás, os direitistas são hábeis maniqueístas. Ou seja, os homens e mulheres que se afirmam de direita, especialmente a direita radical, tal como certa esquerda em 1975, tem dificuldade em reconhecer e aceitar a outra parte. E então, quando falam dos princípios de esquerda fazem-no com desdém.
Que valores defende a direita, hoje? Analise-se os seus discursos, que lá está tudo: a Pátria, o trabalho, a autoridade, o respeito pelos superiores valores do Estado, o dinheiro, o beija-mão, a reverência e o endeusamento, de entre outras ideias similares.
Toda a gente defende a Pátria, mas quando se fala tanto em patriotismo, que se esconde? O trabalho é a única fonte de riqueza, mas o seu a seu dono. Porque para que alguns sejam muito ricos, muitos estão muito pobres. A direita tem dificuldade em redistribuir a mais valia. Autoridade sim, mas sem autoritarismos. A direita faz apelos constantes à autoridade do Estado, querendo com isso indicar a sua autoridade. A autoridade que defendem é a autoridade imposta, não a conquistada pelo exemplo. Com efeito, a direita fala como se estivesse acima da maralha. Todo o patriota respeita o Estado, que somos todos nós, mas será que o Estado que a direita propala respeita o cidadão comum? Toda a gente precisa de dinheiro. Sem esse nobre metal a nossa vida é um inferno. Mas certa direita só vê euros, sonha com eles, quer controlá-los e deixar no mealheiro umas migalhas, uns cêntimos para o Zé encontrado pela direita em Coimbra, aquando da campanha eleitoral para as legislativas de 2002, lembra-se? A direita folclórica gosta muito do beija-mão, gosta que lhe tirem o chapéu, gosta da reverência e do endeusamento. Pois que faça bom proveito.
Como apontamento final, direi que neste mundo da globalização, onde tudo é tão rápido e fluído, onde a generosidade não abunda, onde a concorrência não olha a meios, onde se procura aniquilar o outro e impor a vontade própria, é difícil apreender claramente onde está o traço que separa o homem de esquerda do homem de direita. E porquê? Porque vemos homens de esquerda com práticas que habitualmente são atribuídas à direita, e homens de direita com atitudes normalmente atribuídas à esquerda. O exemplo depende da oportunidade. É tal a miscelânea de comportamentos humanos neste início de século, que o que devemos relevar são as boas práticas, acções e atitudes de todos os homens e mulheres, e repudiar o contrário, para que a pessoa humana possa contribuir para um mundo mais fraterno, generoso, solidário e livre, como quis Abril que o Zeca Afonso cantou."
(António Pinela, Reflexões, Março de 2003).
Esquerda e Direita em Empate Total
Ver em Expresso online
Outro dado a reter, quanto à popularidade dos líderes políticos e instituições, é a perda de sete pontos de Cavaco Silva. Reflexo talvez do caso BPN, que dominou a pré-campanha."
"O país está ainda a meio de uma campanha eleitoral para escolher o seu Presidente da República, mas o espetro da realização de eleições legislativas antecipadas, impedindo Sócrates de completar a sua segunda legislatura, volta a estar na agenda política.
Ora, a "fotografia" da realidade atual que é esta sondagem mostra que não é líquido que o PSD, com o CDS como parceiro, consiga voltar ao poder rapidamente caso se precipite uma crise política.
Os partidos liderados por Passos e Portas conseguem exactamente o mesmo resultado que PS, PCP e BE somados. Ou seja, um empate total.
Outro dado a reter, quanto à popularidade dos líderes políticos e instituições, é a perda de sete pontos de Cavaco Silva. Reflexo talvez do caso BPN, que dominou a pré-campanha."
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Há mais vida (e até musica) para além das Presidênciais.
Indios da meia praia em guitarra Portuguesa
Arranjo de Paulo Soares
(vv) Carlos Costa, Rui Poço Ferreira
(gg) Paulo Soares, Pedro Pinto, Luís Marques, Carlos Marques Ferreira
Surripiado ao blogue da AJA (Associação José Afonso)
Arranjo de Paulo Soares
(vv) Carlos Costa, Rui Poço Ferreira
(gg) Paulo Soares, Pedro Pinto, Luís Marques, Carlos Marques Ferreira
Surripiado ao blogue da AJA (Associação José Afonso)
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Um Poema de vez em Quando
Os Vendilhões do Templo
Deus disse: faz todo o bem
Neste mundo, e, se puderes,
Acode a toda a desgraça
E não faças a ninguém
Aquilo que tu não queres
Que, por mal, alguém te faça.
Fazer bem não é só dar
Pão aos que dele carecem
E à caridade o imploram,
É também aliviar
As mágoas dos que padecem,
Dos que sofrem, dos que choram.
E o mundo só pode ser
Menos mau, menos atroz,
Se conseguirmos fazer
Mais p'los outros que por nós.
Quem desmente, por exemplo,
Tudo o que Cristo ensinou.
São os vendilhões do templo
Que do templo ele expulsou.
E o povo nada conhece...
Obedece ao seu vigário,
Porque julga que obedece
A Cristo — o bom doutrinário.
António Aleixo, in "Este Livro que Vos Deixo..."
Recordações
Ainda muito jovem quando era trabalhador estudante, a professora de Português (de que não recordo o nome) deu-me a ler, para a turma um texto.
Durante a leitura e porque o seu conteúdo mexeu comigo gaguejei e a leitura saiu mal e com algum embargo na voz.
Tratava-se de uma cópia “grosseira” (julgo que nessa altura a fotocopiadora ainda não estava inventada). Não registei nem o autor nem o nome do texto. Ficou-me só a ideia de que falava de rosas e se estar forçadamente longe da família.
Durante o período lectivo fui pedindo à professora uma cópia daquele texto que me marcou. Claro que sem perceber bem porquê a professora ia fugindo à questão chegando a admoestar-me por lhe falar no assunto.
No fim do Período (julgo que para aí em 1969) a professora disse-me para ficar, pois queria falar comigo. Deu-me um envelope fechado com um papel dobrado lá dentro, advertindo-me que não o devia mostrar a ninguém e muito menos dizer a quem quer que fosse quem mo tinha dado.
Lá dentro estava o tal texto, com o título de: “rosas vermelhas” em baixo o nome de Manuel Alegre. Este o meu primeiro contacto com a escrita de Manuel Alegre. Até ao dia de ontem, nunca estive perto (fisicamente) do Poeta. Ontem estive a poucos metros. Mas de facto senti que já o conhecia há muito.
Recordei este episódio quando O Dr. Álvaro Pereira na sua intervenção (na abertura do Comício) com a voz embargada disse que começou a declamar Manuel Alegre em 1969.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Entrevista a Manuel Alegre
Entrevista a Manuel Alegre
39 Minutos extremamente esclarecedores. Clique no link a vermelho.
O candidato presidencial Manuel Alegre afirma que é preciso distinguir o combate político das relações pessoais, embora admita, referindo-se ao trato com Cavaco Silva, que “as coisas azedaram”. O caso BPN e o texto escrito por Alegre para o BPP são dois dos assuntos que o candidato comenta à Antena 1.
Nesta entrevista conduzida pela jornalista Maria Flor Pedroso, Manuel Alegre diz que acredita que vai ser o candidato que vai enfrentar Cavaco Silva, caso haja uma segunda volta nestas eleições presidenciais. O candidato atualmente apoiado pelo PS e pelo Bloco de Esquerda confessa que gostaria de ter numa eventual segunda volta o apoio do PCP e de Mário Soares.
Manuel Alegre sublinha que votou no PS nas eleições legislativas, mas não para ver o Governo de José Sócrates adotar as medidas políticas que tem posto em prática. Alegre admite que o PS e o Bloco de Esquerda são partidos inconciliáveis do ponto de vista político, apesar de frisar que tudo tem corrido bem na sua campanha ao nível do apoio destes dois partidos.
39 Minutos extremamente esclarecedores. Clique no link a vermelho.
domingo, 9 de janeiro de 2011
Plagiando
http://alegro.blogs.sapo.pt/
Esquerda Unida, Já!
"(...) A direita está unida (...) a direita detém o poder económico e o poder económico com o poder político e o poder mediático é todo o poder (...) a direita quer dominar todo o poder em Portugal (...)" - disse hoje, num almoço em Palmela, Manuel Alegre. A evidência das suas palavras está à vista na realidade quotidiana dos portugueses e pouco importa o quadrante partidário em que se manifesta. A direita existe, por todo o lado. Era importante que toda a esquerda exibisse agora, num ímpeto inesperado, a sua capacidade e a determinação das suas convicções. Está (ainda!) nas mãos de todos. Assim o queiram.
Ana Paula Fitas às 20:27
Alegre pianíssimo
Esquerda Unida, Já!
"(...) A direita está unida (...) a direita detém o poder económico e o poder económico com o poder político e o poder mediático é todo o poder (...) a direita quer dominar todo o poder em Portugal (...)" - disse hoje, num almoço em Palmela, Manuel Alegre. A evidência das suas palavras está à vista na realidade quotidiana dos portugueses e pouco importa o quadrante partidário em que se manifesta. A direita existe, por todo o lado. Era importante que toda a esquerda exibisse agora, num ímpeto inesperado, a sua capacidade e a determinação das suas convicções. Está (ainda!) nas mãos de todos. Assim o queiram.
Ana Paula Fitas às 20:27
Alegre pianíssimo
sábado, 8 de janeiro de 2011
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Sabes?
Há uma batalha a desenrolar-se no presente, em que modestamente me envolvi sem que para aí fosse por quem quer que seja chamado, solicitado ou sequer inspirado. A minha participação é expontânia e motivada por vontade própria e como costume, apoio quem acho que tem razão e é a melhor opção.
Adiante! hoje sexta feira feira à noite estou virado para umas musiquinhas que falam em amor e nos encontros e desencontros como todos sabemos, existem sempre.
Clique no botão da esquerda (play)
Adiante! hoje sexta feira feira à noite estou virado para umas musiquinhas que falam em amor e nos encontros e desencontros como todos sabemos, existem sempre.
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É Assim...
Não sou em geral apologista de que se guardem para os períodos eleitorais trunfos na manga para no momento considerado mais oportuno os jogar e com isso dificultar a obtenção dos melhores resultados ao adversário que se defronta.
Em vários dos últimos actos eleitorais isso aconteceu em Portugal e um pouco por todo o Mundo.
Mas será que isto tem tanto de negativo como algumas vozes puritanas querem fazer crer?
Vejamos. Neste momento estamos em plena pré-campanha eleitoral para escolher aquele que vai ser o principal magistrado da Nação. Foi montada uma tremenda máquina como já referi num outro post, em que ainda o” virtual” vencedor não tinha anunciado a sua candidatura e já era dado como vencedor e logo à primeira volta. Soube-se (ou pelo menos foi dada uma maior atenção agora) que este impoluto Cidadão embolsou numa negociata com contornos pouco claros, aquilo que um trabalhador normal com um salário médio demoraria quase uma vida a ganhar.
Sabendo-se que foram negociatas deste tipo que criaram o buraco no tal banco excessivamente citado neste imbróglio. Como não falar no assunto?
Chamam-lhe campanha negra ou suja. Claro que há muita porcaria nisto tudo. Dizem outros que se está a lavar roupa suja. Então quando a roupa está suja, a mesma não é para lavar?
Claro que nos bolsos dessa roupa há muito dinheiro que entretanto foi posto a bom recato.
Nada teríamos a ver com esta negociata se não fosse o facto de sermos nós contribuintes a pagar estes fabulosos lucros que o Sr. Silva (e outros, Silvas ou não) embolsaram e também sabermos que foi este tipo de gestão que levou à situação a que o tal banco chegou.
Por último. Ainda ontem se dizia que os impostos sobre aquele lucro foram liquidados. Hoje sabe-se que não foi pago nada. Pura e simplesmente porque estava isento.
É assim!
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
É preciso acreditar!
Para alem de trazer para aqui esta canção, cuja letra e mensagem estão perfeitamente actualizadas, também quero desta forma dar os parabéns ao Luis Gois pelos seus 78 anos. Que continue a cantar,canções que nos continuem a fazer acreditar....
Malangatana
Há nomes que nos vão ficando no ouvido. Sabemos que são Homens grandes, sabemos que deixaram obra. Pensámos que um dia os iríamos conhecer, como se o tempo não contasse e todos vivêssemos uma eternidade. Mas a lei da vida trai-nos e eles vão sem um dia lhe dar-mos um simples aperto de mão.
Muitos já foram, entretanto outros irão, outro dia qualquer será a nossa vez. Quantos gostaria de conhecer e uns breves segundos com eles conviver. Faz parte.
O homem parte. A obra fica. Frase que outras vezes já foi dita.
Até sempre Malangatana
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
É preciso mudar. Por onde começar?
Num princípio de ano é normalmente tempo de fazer o balanço do anterior, arcar com as consequências do que correu mal, acertar as agulhas e definir metas.
Acontece que neste primeiro mês do ano de 2011 há eleições para o mais alto magistrado da Nação.
Para muitos de nós passa a mensagem de que nada vai mudar. Até porque erradamente se criou a ideia de que o Presidente da República, não tendo poderes executivos, pouco importa ser um ou outro, para mais quando as agências de sondagens já elegeram aquele que nos querem fazer crer ser o actual inquilino do Palácio de Belém a continuar a ocupá-lo.
Se nos resignarmos a esta ideia é evidente que assim será. Se não a aceitarmos, muito ainda poderá ser alterado.
Por mim acho que em termos dos órgãos de soberania há outras mudanças necessárias e urgentes. Acredito que há gente capaz de inverter o caminho sem escolha, por onde nos querem obrigar a continuar a circular.
Quando sentimos que há que arrumar a casa e dar uma valente sacudidela aos tapetes temos que começar por algum lado.
Por mim há que colocar no sítio certo o homem certo. Nenhum barco vai a bom porto sem o timoneiro adequado.
Aproveitemos esta oportunidade. A próxima está demasiado distante.
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
domingo, 2 de janeiro de 2011
sábado, 1 de janeiro de 2011
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