terça-feira, 29 de novembro de 2011

Dividir para Reinar

Sem dúvida, que se este governo PSD/CDS mostrou algum jeito neste poucos meses de “governação” foi a capacidade em dividir para reinar.

Conseguiu separar os trabalhadores do sector publico do privado, criando a ilusão de que os do publico seriam muito mais “prejudicados” dos que os do privado.
Agora com as mudanças nos escalões a serem mais ou menos penalizados, consegue de uma penada dividir os trabalhadores do público e pensionistas, entre os que se safam e os outros.

Sabendo nós que parte considerável dos trabalhadores do sector público só se mobilizam para as lutas, quando sentem que lhes estão a meter as mãos na algibeira é previsível que algumas das lutas programadas  sofram um certo revés no número de participantes.

Estas mexidas representam um recuo da parte do governo que jurava a pés juntos, ainda há dias que tinha que ser, não havia outra alternativa.
Sem dúvida que o numero de presentes nas acções de protesto desencadeadas tiveram o seu efeito, não cedendo na maioria das exigências,  mas apenas nalgumas migalhas.

Sendo certo que há gente no activo e já fora dele, que vai considerar que o seu objectivo pessoal está atingido, ou seja “ não lhe vão mexer tanto no bolso como parecia. É expectável que a capacidade de mobilização fique reduzida e os protestos programados sejam afectados no número de participantes. Ressalvo que há gente, que mais ou menos aliviada do “saque” vai certamente continuar a participar nas jornadas de luta, mas esses são os que vão a todas por militância e solidariedade.

Outra das consequências obtidas foi a da divisão do grupo parlamentar e direcção do PS onde até parece que há gente que já quer ultrapassar O NIM e simplesmente votar SIM. Mas este tema deixo para mais tarde.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Pois...

Havia aquela anedota dos dois burlões, que com cheques roubados se dirigiam a estabelecimentos onde adquiriam produtos luxuosos e os "pagavam" com os respectivos cheques.
Um dia dirigiram-se a uma ourivesaria e toca de “comprar” os produtos mais caros existentes.
Feita a conta do total, um dos “artistas” pôs-se a negociar o preço, dado o elevado valor "comprado". O ourives, dado que não era todos os dias que lhe apareciam clientes daquele gabarito, lá anui-o e fez um bom desconto, o que levou à concretização do negócio pago com um dos tais cheques roubados.

Cá fora o outro comparsa que estava aflito pelo tempo perdido na negociação, inquiriu. Porque é que perdeste tanto tempo a discutir o preço, se o cheque não vale nada?
Resposta: Ó Pá! Tu não vês que assim o homem perde menos.

Não sei bem porquê, mas ontem ao ouvir o primeiro-ministro dizer o que em parte transcrevo, lembrei-me desta anedota…

Passo Coelho ontem em Coimbra (excerto)
"Não está em causa a necessidade de proceder aos cortes" daqueles subsídios, pois não há "nenhuma outra alternativa" para "garantir externamente que Portugal atingirá o objectivo de um défice de 4,5 por cento no próximo ano".

De todo modo é possível "fazer alguma modelação", isto é, tentar "garantir que o valor mínimo a partir do qual a medida será aplicada possa ser um pouco mais elevado e se o valor a partir do qual se consumam os cortes dos dois subsídios" também possa ser alterado, explicitou o chefe do governo.

Tal "graduação" implica "contrapartidas do lado da receita, que têm de ser estudadas", insistiu.

PS:Cá está! Clique para ficar actualizado

domingo, 27 de novembro de 2011

Apresentação de Candidatura do Fado


12:20h O fado já é património imaterial da Humanidade.
Num tempo em que teimam em roubar-nos o orgulho de ser Português, esta candidatura e o consequente reconhecimento é uma pequena compensação pela forma como temos sido tão mal tratados por algumas instâncias internacionais.

Ganhámos porque goste-se muito, pouco ou até mesmo nada, sabemos fazer coisas, o fado é apenas uma delas.

Assim nos tivessem deixado fazer o que sabíamos fazer bem. Não nos tivessem roubado o direito a usar a arte dos nossos antepassados, no campo da cultura, mas também na produção agrícola nos nossos campos, nas nossas indústrias tradicionais, no nosso mar pescando e usando-o para outros fins. Tivessem-nos deixar evoluir e desenvolver novas técnicas, tivessem-nos permitido usar a capacidade existente e de certeza a nossa auto-estima não estaria pelas ruas da amargura como infelizmente está.

O Fado venceu e foi considerado património imaterial da Humanidade, porque pegando na sua matriz, velhos e novos fadistas o fizeram evoluir e a sua qualidade fez com que fosse reconhecido e apreciado, muito para além das nossas fronteiras.

Hoje é um dia, em que sabe bem, ser Português.
Post reeditado.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Em Novembro - Cantiga de Maio


Carlos Paredes, Manuel Paulo e Fernando Alvim à guitarra , viola e teclas. A voz de Nuno Guerreiro e Natália Casanova, numa magnifica interpretação da Cantiga de Maio de José Afonso.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Por manifesta distracção e ao exemplo do que sempre tenho feito, não pus em destaque mais esta conferência promovida pelo JMG/SOM. Ao Jornal e ao SOM bem como ao conferencista, apresento as minhas desculpas. Aqui está com o destaque, quanto a mim merecido.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Para animar a malta!


Eu sei que já publiquei várias vezes esta canção. Mas há estímulos que nunca são demais. Amanhã é um dia grande no exercício da Democracia e da Cidadania. Zeca estaria de certeza presente.

Confissão prévia de um não grevista

Faço parte de um conjunto, julgo muito numeroso de Portugueses que está impedido de fazer greve, embora esteja com ela de alma, visto não o poderem estar de corpo e a dita.

Eu explico. Pertenço a uma “classe” de Portugueses que depois de muitos anos de trabalho por conta de outrem (no meu caso 26) por razões e motivações muito diversificadas enveredaram pela via empresarial. Uns maiores e outros menores na verdade, os patrões ou empresários estão legalmente impedidos de fazer greve. Sim um empresário ao fazer greve chamam-lhe outra coisa, “lockout” e isso é proibido pela nossa legislação. Ou seja, teria que encerrar a empresa e não permitir que ninguém trabalhasse, diga-se de passagem que é a minha vontade, mas claro que não posso violar a lei.

Poder-me-ão perguntar. Se não posso delegar as minhas funções e fazer eu próprio a minha greve geral. Claro que sim (provavelmente até o farei) mas não vale, serei um grevista do tipo de quem não quer a coisa, nem vai contar para as estatísticas porque também não posso legalmente ser sindicalizado. Chatice! Até porque de todas as greves gerais feitas até hoje em Portugal esta é a que mais se justifica e claro que tal como eu muitas dezenas de milhares de pequenos empresários a ela adeririam porque para isso têm razão e certamente motivação.

Pronto não vou fazer greve amanhã. Estarei de alma com os grevistas, de corpo é só a fingir ou a fazer de conta.
Ah! Mas aqui no blogue (salvo os serviços mínimos) não há nada para ninguém!

Viva a greve geral!

domingo, 20 de novembro de 2011

Olá, então como vais?


Olá, então como vais? - Paulo de Carvalho e Tozé Brito.
Nostalgia de um sábado à noite.

sábado, 19 de novembro de 2011

Largo das Calhandreiras (6 anos depois)






     "DECLARAÇÃO DE INTERESSES"

"Nós não quisemos ser cúmplices da indiferença universal. E aqui começamos, serenamente, sem injustiças e sem cólera, a apontar dia por dia o que poderíamos chamar – o progresso da decadência. Devíamos fazê-lo com a indignação dramática de panfletários? Com a serenidade experimental de críticos? Com a jovialidade fina de humoristas?
As Farpas (Maio de 1871)"

"AS ORIGENS
Localizado no coração da Marinha Grande, o largo que actualmente apresenta o topónimo de Largo Ilídio de Carvalho (antigo Largo do Magalhães ou Largo da Fonte), ficou conhecido pelo Largo das Calhandreiras em virtude de ser local e ponto de encontro para uma das mais apreciadas, saudáveis e seculares tradições do povo desta terra – a calhandrice."

Durante 5 anos cumpriu-se esta genuína tradição!"
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Comemorar-se-iam hoje 6 anos de actividade do blogue Largo das Calhandreiras Apesar de se manter online (o que espero acontecer por muito tempo) Há quase um ano que sessou a actividade. Talvez por que foi ali que perdi a virgindade nesta coisa da blogosfera é com grande nostalgia, saudade e gratidão que recordo com grande emoção aqueles tempos que por ali passei, como simples leitor, comentador, opinador convidado e membro da comissão de moradores do ”Largo das Calhandreiras”

Quase um Ano depois é com muita saudade, mas sobretudo com aquela sensação de que tal como alguém disse: “Tenho por este "Largo das Calhandreiras" o maior respeito e a maior gratidão. Sou um cidadão livre e orgulhoso das minhas origens e raízes marinhenses. Continuo por isso a preferir os originais às fotocópias, as peças únicas dos mestres vidreiros às baratuchas réplicas made in China.” Que sinto que este Largo, digo este faz falta não há imitação que o substitua" .

Desculpem-me meus caros. Mas alguma emoção retira-me a criatividade para homenagear conforme queria, este meu e de muitos de vós,  um blogue que durante cinco anos e pico, tinha sempre algo de novo. Quantas centenas de bitateiros ali foram deixar a sua opinião e sentiram que também tinham voz.

No que me diz respeito, deixo os meus agradecimentos à comissão de moradores que me coaptou para seu membro e me deram a liberdade de escrever e publicar o que eu quisesse sem qualquer limitação.

Quem sabe um dia, voltaremos a escrever num sítio assim. Não é por nada, mas sente-se a  falta!

Para revisitar o Largo das calhndreiras clique aqui.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Justificar o injustificável...

Para quem tem a pretensão de manter um blogue activo e mantem uma actividade profissional que embora o obrigue a manter-se ligado a um computador, mas em que o tempo se torna cada vez mais curto nem sempre é fácil “inventar” temas que atraíam os leitores que nos presenteiam com as suas visitas. Acresce que procuro minimamente estar atento ao que por este país e arredores se vai passando. E claro que isso também leva o seu tempo. Outro dos (mês azares) é que o meu despertador toca à seis da matina o que faz com que noitadas, sejam coisa rara.
Pronto estou a arranjar algumas desculpas para justificar, que muito daquilo que publico, já ser obra feita e limitar-me a fazer copy/paste e sai o post do dia.

Há uma expressão que diz mais ou menos isto: Já está tudo inventado. A questão está na forma de explicar.

Não me parece que seja verdade o que acabo de transcrever. Vemos por aí “novidades “ que seriam improváveis, até que algumas “sumidades pardas que agora assumiram um papel destacado” as trazerem a publico sob forma escrita e até (alguns verbalmente). Mais não parecem do que um chorrilho de asneiras que envergonhariam as crianças de fracas posses que na minha geração após o exame da 4ª classe, em folha de 35 linhas, iam trabalhar para as fabricas, para ajudar os fracos orçamentos familiares.

Num tempo em que as ideias novas e raras vagueiam num deserto (onde não se sabe bem onde fica), um conjunto de “intelectuais” numa espécie de campeonato de estupidez produzem teorias para justificar o injustificável que me fazem lembrar, o homem das salsichas que mandou o filho estudar economia e no fim do filho formado, aceitou os seus conselhos e faliu em três tempos.

Quer isto dizer, que tenho alguma coisa contra os nossos intelectuais? Claro que não! O que sou, é contra a estupidez militante e isto não é de agora. Pronto!

Más Memórias...

Um emigrante é um português de segunda
Cavaleiro andante que traz no peito Portugal
Pelo estrangeiro para ganhar a vida, vagabunda
E as lágrimas correm quando chega o Natal.

Traz com ele um velho fado e uma guitarra,
Um garrafão o presunto e o chouriço do país
Aquece-se com as brasas da sardinha assada
E canta um fado, pois que o fado é a sua raíz.

Deixa a família, mulher, filhos, e os amigos
Deixa a aldeia ou a vila que um dia o viu nascer
Deixa o mar deixa a praia e deixa o trigo
Do seu Alentejo onde ele queria um dia morrer

É um emigrante português que não é jamais ouvido
Mas que no seu peito alimenta do seu País a saudade.
Não esquece Portugal, mas por ele é esquecido
Pois que de lá não vem nem um pouco de amizade

Alberto da Fonseca

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Feliz Natal!

Face ao corte verificado no subsídio de Natal, resolvi oferecer a todas as minha Amigas e Amigos um bonito postal de Natal.
Feliz Natal
surripiado algures

ADRIANO CORREIA DE OLIVEIRA - CANTAR DE EMIGRAÇÃO


Nos tempos, em que muitas dezenas e dezenas de milhares de Portugueses estão a emigrar e a muitos outros é o que lhe resta para poderem recuperar alguma dignidade na sua vida. Esta canção cantada pelo Adriano Correia de Oliveira, adapta-se aos tempos presentes. Lamentavelmente!
Como gostava que ao voltar a ouvir estas expressivas canções, o fizesse pela qualidade e significado nos tempos em que foram escritas. Infelizmente estas e outras voltam a estar, tristemente actuais.
Autor: José Niza / Rosalía de Castro

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Pedro Osório - O Beijo do Sol


Baseado num canto tradicional do Quénia - Cantos da Babilónia, o mais recente disco de Pedro Osório, que inclui "O Beijo do Sol",

sábado, 12 de novembro de 2011

Ressaca do dia de Sº. Martinho

Esta coisa de querer escrever sobre tudo e mais alguma coisa, quando o nosso conhecimento tem sérias limitações, complica o resultado final.
Claro que está ao nosso alcance através de umas buscas na internet falar do Sº Martinho como se fosse uma figura dos nossos tempos.

No meu caso o que me apetece dizer é que o nome deste Santo não representa muito mais do que comer castanhas e beber água – pé. No que toca a castanhas penso que é um “fruto” sobejamente conhecido nacionalmente. A água – pé, não sei se assim será. Eu explico: trata-se de uma lavagem final dos lagares onde foram exprimidas as uvas e que depois de uma fermentação se traduz num vinho suave de baixo grau, que como se diz, precisa de ser cozido pelo frio. Claro, as minhas experiencias levaram-me a preferir o vinho tinto, pois ao longo da vida umas ”chatas” e incómodas diarreias levaram-me a preferir o produto final e a deixar-me de imitações. Embora reconheça que por estas bandas a água – pé, é um produtos muito apreciado. Não faz parte é, a haver à disposição durante o ano inteiro como  já acontece, mas como a tradição já não é o que era. Paciência. Até há aquela estória que “até de uvas se faz vinho”.

Mas preocupado, preocupado, estou com aquela coisa aprovada ontem na Assembleia da Republica. Vai haver castanhada da grossa. Mas como à partida parece que este não foi um bom ano de produção de castanhas, a maior parte vai ficar com os “ouriços cheios de espinhos e o miolo fica para os do costume.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

CARLOS DO CARMO HOMEM DAS CASTANHAS


Homem das castanhas. Canção de Carlos do Carmo gravado na década de 80. Letra de Ary dos Santos. Acompanhamento de José Maria Nóbrega e António Chaínho.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Preocupações

Ouvi e li em qualquer lado que a Democracia não adoece. Ou vive ou morre. Não consigo estar de acordo com esta ideia. De facto a nossa Democracia está doente. Formalmente está aí. O simples acto de escrever e publicar este texto prova isso.

Mas tal como um ser humano a quem foram extraídos alguns órgãos, possa sobreviver durante muito tempo, há sempre algo que não está lá e como tal não funciona tudo bem.

Numa Democracia assente em partidos políticos não é nenhum exagero afirmar que para além das questões económicas ou financeiras do País, da Europa e do Mundo, em Portugal já há muito se nota um afastamento crescente dos cidadãos em relação ao leque de Partidos políticos existentes em Portugal, vejam-se os números de abstenções nos diversos actos eleitorais. Pode pôr-se a questão, de quem é a culpa? Deixo isso para os estudiosos da matéria. No entanto para mim está claro que as lideranças político partidárias, foram perdendo ao longo dos últimos anos a força necessária para exercerem essa mesma liderança. Se nuns lados a longevidade e a repetição do mesmo discurso de sempre, afasta ou pelo menos não capta novos eleitores, noutros as mudanças constantes e o aparecimento de um fenómeno de se olhar para a politica numa perspectiva carreirista mandando os pressupostos ideológicos dar uma curva, levaram a um afastamento crescente dos cidadãos, mantendo-se por lá os “aparelhistas e interessados”.

Tudo isto fez com que parte da sociedade começasse a procurar outras formas de intervir que não passasse pelos partidos e organizações por eles controladas. Fenómenos como o 12 de Março de 2010 e 15 de Outubro de 2011, mais o que entretanto se prepara mostra claramente que há muita gente que não se reconhece nas tradicionais formas de luta.

Entretanto à falta de consistência ideológica, à falta de objectivos a atingir, torna esta massa imensa de gente, presa fácil de quem pretende aproveitar o justo descontentamento da generalidade da nossa população para fins que já não são tão inconfessáveis como isso. Intenções como as manifestadas por uma triste personalidade a que os órgãos de informação deram todo o eco, não se trata de uma manifestação de senilidade, mas é a mostra de que aventureiros Caudilhistas estão atentos e podem espreitar a primeira oportunidade para afogar a Democracia de que vamos dispondo.

Sou dos que pensa que há soluções. A solução passa pela esquerda Política e se quem tomou conta dos seus Partidos, o não percebe com a necessária urgência que a mesma esquerda se refunda e renove, antes que seja tarde.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Lluis Llach "Abril 74"


Lluís Llach i Grande, conhecido como Lluís Llach, é um cantor e compositor catalão, nascido em Girona (Girona) no dia 7 de maio de 1948, e cantando em catalão. Iniciou a carreira em 1965, sendo um dos mais conhecidos cantores da designada Nova cançó catalã.
De entre os seus maiores êxitos destaca-se o tema L'Estaca[1], de 1968, um hino da resistência ao regime franquista, mais tarde adotado por outros movimentos. Um exemplo é o tema Mury[2] , hino não-oficial do sindicato Solidarność, na Polónia de regime pró-soviético.
Surripiado aqui.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

"Ai é? os Cubanos do Contenente que vão para o raio que os Parta. Aqui quem manda sou eu"

terça-feira, 8 de Novembro de 2011

17:26 
Jardim dá tolerância de ponto para assistirem à sua posse

O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, assinou um despacho concedendo tolerância de ponto aos funcionários da administração regional para que estes possam assistir à cerimónia de posse do novo Executivo, avança esta terça-feira a TVI24, apresentando o despacho, a que teve acesso.

Desta forma, os funcionários públicos e trabalhadroes das empresas públicas da Região têm tolerância de ponto a partir das 14:00 desta quarta-feira para «assistirem, pessoalmente ou através dos meios de comunicação social» à «tomada de posse do novo Governo Regional», agendada para as 17:00.

É Terça feira

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Os Resistentes

José Fanha
Os Resistentes

Acumulam derrotas e naufrágios.
Perderam amigos e haveres.
Mas sonham.

Caíram dez vezes
e onze se levantaram.
Porque sonham.

Nos seus olhos há torrões
de terra
cordões umbilicais
e a espuma vermelha de cavalos verdes.
Eles sonham.

Em cada gesto deixam a pairar
um aroma essencial de coiro curtido
ou alfazema.

Renascem dia-a-dia
agarrados à palavra mais fraterna
de todos os alfabetos.

São meninos transparentes
no imenso carrossel da luz.

Entram pela casa do padeiro
como fosse a sua.
Entram pelo mar do pescador
e compartilham peixe
e cicatrizes ancestrais.

Atravessam oceanos para levar o lume
ao alto das montanhas.

Falam na língua do cristal e da prata.
Bebem vinho.
Cantam.
Afagam a memória.
Passam devagar um dedo pela linha
de cada ruga e relembram
as margens duras do fogo
tornando mais amável
a imensa geografia deste mundo.

sábado, 5 de novembro de 2011

"Ciganices"

Vivemos um período em que o tradicional negócio de Cigano (com todo o respeito que tenho por esta etnia há séculos ostracizada) foi substituído por novas formas de "ciganice" em que todos, uns mais do que outros, vamos caindo: ele é o pague 1 e leve dois, os 50 % de desconto em cartão e outros formas de promoção usadas em grande abundância.

Parece que também na actividade política a moda  pegou: No orçamento do estado para 2012 estava programado o corte dos subsídios de férias e de natal para os próximos anos. Começa a perceber-se que foi uma forma de medir o pulso aos Portugueses e perante a crescente oposição a esta forma de tentar esbulhar centenas de milhares de trabalhadores. Havia que encontrar uma saída airosa para este berbicacho que nos foi apresentado como inevitável, mas que não era assim tanto. Sabe-se hoje que há uma almofada neste orçamento de 900 milhões de euros para que se pudesse recuar numa das medidas altamente gravosas ditadas pelo estado calamitoso das nossas finanças públicas.

Havia também que assegurar a abstenção do PS e ter algo para lhe dar em troca para que este partido se justificasse perante os seus eleitores.

Pronto, está feito! O governo afinal até não mete a mão tão fundo, como parecia e o PS “salva” a face pois prepara-se para reivindicar para si esta “vitória” Eu cá por mim adoptava para o PS em vez da sigla “ um novo ciclo” talvez um “pague 1 e leve 2”. Ou seja apoiamos com um NIM o orçamento, mas só deixamos gamar um subsídio. O resto a gente vai “perceber” depois.

Esta geração não se rende!

Abril apanhou-me com 19 anos, acabadinhos de fazer. Desde a primeira hora aderi entusiasticamente ao movimento dos capitães de Abril. Senti que finalmente estavamos a construir um País, em que a liberdade, a democracia, o fim da exploração desenfreada do homem pelo homem fossem realidades. Noites sem dormir, fins-de-semana ocupados na divulgação dum tempo novo que estava ali há espera que o construíssemos.

As forças derrotadas em Abril voltaram à carga. Veio o 28 de Setembro, vencemos. Veio o 11 de Março, vencemos. Veio o 25 de Novembro, fruto da divisão das forças Democráticas e da confusão instalada, ninguém venceu. Evitou-se sim uma guerra civil de consequências imprevisíveis. Creio que ainda há muito para escrever sobre este acontecimento. Tenho a ideia que apesar de tudo, venceu a inteligência e a Democracia sobreviveu.

Alguns anos de militância activa trouxeram-me algumas desilusões. Achei que, largos anos depois, estava na hora de viver a minha vida. Nunca deixando no entanto de estar atento e participar civicamente em todos os actos eleitorais.

Faço parte duma geração que secundarizou o acto generoso dos militares de Abril. Muitos de nós hoje perante a situação actual, nos interrogamos se valeu a pena? Sim valeu! Ouço e leio com frequência a pergunta se foi para isto que se fez Abril? Não, não foi! Mas Abril deu-nos algo que ainda não nos foi roubado. Deu-nos a liberdade. Saibamos usá-la e se no passado soubemos repelir os ataques que Abril sofreu, não é agora que nos vamos render.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O Charlatão


Neste fim de tarde bastante chuvosa, dediquei algum tempo a tentar perceber qual a evolução da situação Europeia. Aquilo que ontem era dado como certo, hoje já não é e vice versa. Aprendi que a "política era a arte do impossível". Parece que a política se está a parecer mais com a arte do truque e do malabarismo, para não lhe chamar o que a canção publicada, sugere.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Democracia? Suspenda-se!

Esta minha mania de, de vez em quando ir mandando uns palpites, está a criar-me alguma dificuldade. Naturalmente que vou estando atento, dentro do possível e até onde a minha capacidade de absorção permite, aos acontecimentos por esse Mundo fora e naturalmente com uma maior atenção aos de dentro de casa e na dos vizinhos mais próximos.

Na verdade, fomos para um fim-de-semana comprido (para alguns) com a ideia de que a crise da zona Euro estava resolvida (ou quase) no feriado de ontem soubemos que nessa mesma zona tinha havido um grande trambolhão na queda das bolsas e um grande safanão no aumento dos juros das dívidas soberanas.

Ficámos a saber que tudo isto se deveu ao facto do Primeiro-ministro Grego, ao ver-se como tal, para acalmar as movimentações populares, ter decidido promover a utilização de um dos instrumentos Democráticos para auscultar a opinião do seu Povo. Pronto está tudo lixado outra vez.

Cá por mim, a opção já tinha sido sugerida em tempos por uma tal Senhora, que até dirigiu um dos partidos da actual coligação no poder em Portugal. “Suspenda-se a Democracia” e porrada nos Gregos com fartura.

Eu tenho é medo do efeito de “contágio”.

A Pobresa


Declamado e cantado por Pedro Barroso.