quinta-feira, 30 de junho de 2011

Baralhar e Tornar a Dar


Provavelmente a esta hora já se deu início ao debate do programa do Governo de P.P.C, P.P e Compª.
Para quem se acha em estado de graça e pensa que tudo lhe é permitido, sabendo-se que constam deste programa medidas ainda mais gravosas do que as impostas pela já celebre troika. Ou seja o exemplo perfeito de se querer ser mais Papista que o Papa, ou seja mais troikista que a troika.

Claro que aqueles cérebros acham que se há que fazer mal é agora, porque há sempre a desculpa do tem que ser, porque os outros deixaram as coisas muito mal. Há também a ilusão de que daqui por 3 anos as coisas estarão melhores e haverá uns rebuçados para dar ao pessoal e ganhar de novo as eleições, porque a “memória dos povos é fraca”.

Ainda me lembro dum primeiro-ministro que há para aí 6 anos começou assim, esquecendo que havia “mais vida para além do défice”. Os resultados foram aqueles que conhecemos.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Tempo de Incertezas

Vejo no horizonte nuvens negras surgindo, carregadas de algo desconhecido que me inquieta.

Pena não trazerem água, para abafar o calor que me sufoca, para apagar os foguetes duma festa que não apetece e que me rouba o descanso, para trazer de novo o cheiro a terra pois depois da tempestade há sempre a bonança. Essa tempestade pode até não ser carregada de dor, amargura, tristeza, e por ai adiante.

Essas nuvens deviam despejar sobre os pântanos da nossa sociedade uma espécie de “chuva dissolvente” que provocasse ondas e afogasse os parasitas e dissolvesse os coios onde se acoitam. Sim talvez tivesse que durar algum tempo. Talvez até provocasse vítimas inocentes arrastadas na corrente da lama onde “chafurdamos “ talvez se salvassem algumas das espécies que nos continuavam a sugar o “sangue fresco”. Mas seriam tão poucos que um simples mata insectos manual, chegava para nos defendermos.

Chega de nuvens negras. Quero ver de novo o sol raiar no horizonte. Quero acreditar que não está tudo perdido. Quero viver e ver viver. Quero cumprimentar de novo as pessoas com um sorriso. Quero acreditar no que ouço, vejo e leio. Quero acreditar numa imprensa, numa rádio e televisão ao serviço da verdade, da formação e educação.
Quero ver gente a sério e não farsantes por aí a debitar postas de pescada sobre tudo e todos
Quero discutir de novo o futuro do meu País. Quero de novo ter opinião própria e não previamente formatada.

Estou farto de respirar ares que me intoxicam. Só quero que me digam a verdade. Sim isso tão simples.
Quero deixar de desejar ser ignorante, sim muito ignorante, talvez até louco, pois o ignorante e o louco não sofrem tanto.
Só quero olhar para o futuro e acreditar que ele existe.

Dissolvam essas nuvens. Porra!

domingo, 26 de junho de 2011

Foguetório na minha "Madugada"


Hoje tive um acordar violento às 9 horas da manhã, dada a hora a que me deitei para mim ainda era madrugada. Eu conto! Vivo numa zona onde cada lugar tem a sua festa ou seja, as suas festas. Normalmente a igreja promove a sua e a colectividade recreativa também, mais as tasquinhas que estão na moda.

Nada contra até porque o pessoal precisa  de alguma animação para esquecer as agruras da vida. Na verdade de Maio a Agosto as festas são às dezenas. Que se mantenha a tradição.
Agora há uma coisa com que embirro. Trata-se do excesso de foguetório e cada uma das festas procura fazer mais barulho que a outra como se se tratasse de uma competição.

Pronto, levar com um “bombardeamento” às 9 horas da manhã chateia, especialmente quando hoje era daquelas dias em que precisava de dormir mais um bocado. O problema é que não fica por aqui. Vai ser assim até lá para o fim de agosto. Irra!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

As Nossas Esquerdas

Não pretendendo entrar em grandes considerações teóricas, parece-me haver um défice de discussão à volta das consequências actuais e futuras pelo facto de termos em Portugal o governo mais à direita do Portugal Democrático, com a agravante de um velho sonho da mesma direita se ter concretizado: uma maioria, um governo e um presidente.
Sou dos que não tenho ilusões de que tudo o que aí vem só vai piorar a desgraçada situação que se vive em Portugal. Também sou dos que pensa que a continuação da situação anterior com ou sem eleições também não interessava a Portugal e aos Portugueses. Claro que estou a dar “uma no cravo e outra na ferradura”. Sim, seria isso se de facto aceitássemos que o que tínhamos era um governo de esquerda e se a vitória do partido que o sustentava tinha uma prática política de esquerda.

Não pretendo voltar a acusar ninguém. Fi-lo durante muito tempo. Infelizmente fui dos que previ antecipadamente o desastre, chamei as pessoas pelos nomes. No entanto não estou nada feliz pelo desfecho e por ter tido razão antes de tempo.

Já li em qualquer texto a afirmação de que “a esquerda é estúpida”. Tenho que concordar. Temos de facto uma esquerda estúpida que não percebeu que durante mais de 30 anos à traulitada entre si, entregariam à direita o poder, sabe-se lá até quando.

Tenho seguido com a atenção possível a discussão pós eleitoral no interior dos partidos de esquerda. Agrada-me ouvir da boca dos, até agora 2 candidatos a secretário-geral do PS afirmações e constatações pela boca de quem não a abriu quando devia. Só não consigo perceber quando se diz que que o aparelho do PS está minado por dentro, como é que o processo eleitoral a secretário geral, pode ser bem conduzido, dando só como exemplo os presidentes das federações Distritais, cujo papel no apoio a um ou outro dos candidatos tem sido crucial. Como vai lidar o futuro secretario geral com as federação adversas?

Desagrada-me continuar a ver o imobilismo do PCP em que apenas transforma uma pequena vitória no Distrito de Faro, numa vitória Nacional, apesar de como se sabe subir em percentagem e deputados (mais 1) mas em termos absolutos reduziu o número de votos. Quanto ao Bloco de Esquerda, tardiamente desenvolve-se alguma discussão e se creio estarem a sair os melhores, enquanto alguns se seguram aos lugares como se a derrota estrondosa que sofreu, não tivesse culpados.

As esquerdas são plurais, mas só na unidade poderão, quando for o momento oportuno e se souberem criar alternativas credíveis, alterar os caminhos que estão em desenvolvimento em grande parte graças à tal “estupidez da esquerda”. Será que deu para aprender qualquer coisinha?

Palavras Usadas por Empréstimo.

No ano de 1871, Eça de Queirós disse:

«Estamos perdidos há muito tempo...
O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada.
Os carácteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.

Não há instituição que não seja escarnecida
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.

Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.

O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte: “o país está perdido!”

Algum opositor do actual governo?... Não!»

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Silêncio


Sem deixar de andar por aqui, alguma falta de tempo e disponibilidade mental estão a limitar a já fraca capacidade de ir intervindo como já se tinha tornado um hábito e até uma necessidade.
Espero que os motivos que me estão a absorver passem depressa e possa voltar ao vosso convívio tão depressa quanto possível. O meu pedido de desculpa aos regulares visitantes e visitados, mas sou daqueles que neste mundo da blogosfera o que faço é com gosto. Mas não pensem que se livram de mim com facilidade.
Abraços

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Meu Coração - Arnaldo Antunes

A inspiração e tempo rareiam por aqui, apesar de não faltarem temas  importantes sobre os quais escrever. Entretanto  vou-vos dando musica, espero que gostem.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Qual é a tua, ó meu

Não sei bem porquê. Mas deu-me de repente uma grande vontade de ouvir esta canção. Aqui fica a partilha.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

A Arte de Vender Bem (contributo desinteressado)

Já que, muito mais depressa do que pensamos, uma das prioridades do governo que vai tomar posse um dia destes, é vender a "Pataco" algo do que ainda dispomos, como por exemplo: a RTP, a TAP. a CGD, as Aguas de Portugal e mais umas coisitas e como não reconheço ninguem com perfíl de vendedor no próximo elenco governativo dos que se perfilam, têm mais carisma de compradores, tipo Submarinos e afins. Aqui deixo (desinteressadamente) um cursinho rápido de vendas.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Do Tango à Lambada (falando de danças)


Transição pacífica mas sem encontro entre Passos e Sócrates
José Sócrates deu indicações para que todos os gabinetes do seu governo preparassem dossiês completos com os temas que transitam de um executivo para outro, disse ao i o gabinete do primeiro-ministro. Em São Bento começa esta semana o corrupio de caixotes e arrumações. Sócrates deixa o seu gabinete muito em breve e não está previsto qualquer encontro entre o primeiro-ministro que cessa agora funções e o que foi eleito a 5 de Junho.
A transição entre Passos e Sócrates será assegurada pelos chefes de gabinete de ambos. Feliciano Barreiras Duarte, da parte do social-democrata, e Guilherme Dray, por parte do socialista, têm um encontro previsto para o meio desta semana. Os dois líderes não se encontram, mas também é certo que não são conhecidos quaisquer encontros de transição entre chefes do executivo no passado. E Sócrates e Passos nem sequer são duas figuras próximas. Os tempos do tango, da altura do primeiro pacote de austeridade, já lá vão e nos últimos dias o registo até prova o contrário. Na cerimónia do 10 de Junho, em Castelo Branco, os dois líderes estiveram na mesma sala sem nunca se cumprimentarem sequer. Mesmo quando, no congestionamento da saída do auditório onde Cavaco Silva tinha discursado e distribuído condecorações, estiveram separados apenas por poucos passos e meia dúzia de pessoas.

A transição que maior atenção merece nesta altura é a da pasta das Finanças, principalmente por causa do programa de ajustamento para a ajuda externa. Foi o próprio ministro Teixeira dos Santos que, na semana passada, veio garantir que vai deixar como herança ao seu sucessor o trabalho técnico em estado avançado. O ainda ministro das Finanças explicou à Lusa que vai reportar ao próximo governo "aquilo que foi feito e aquilo que falta fazer" já que, acrescentou na altura, "o próximo governo tem de estar municiado para tomar decisões políticas". Há medidas da troika que têm o final deste mês como prazo para serem lançadas.
Ionline

domingo, 12 de junho de 2011

Contar Espingardas

Uma das grandes questões que se pôs após a derrota eleitoral nas ultimas legislativas foi a de que se, seria só José Sócrates o culpado. Pelos vistos foi. Vemos na imprensa a importância que os todos poderosos presidentes das federações distiritais do PS estão a ter na escolha do lider substituto. Não li em lado nenhum que tenha decorrido qualquer oscultação às bases do Partido para se saber da sua opinião.
Claro que se são presidentes é porque foram eleitos. Interrogo-me é se isso lhe dá legitimidade para vincular os militantes do seu Distrito ao apoio deste ou daquele candidato.

Pelos vistos nesta "guerra" só contam os Generais.

Portugal, Portugal

Agora que já passaram as discursatas é tempo de não deixar que se fique por aí. Neste Domingo uma canção escrita há uns tempos, mas com grande actualidade.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Eu sou Português Aqui

Silêncio E Tanta Gente


Silêncio E Tanta Gente

Às vezes é no meio do silêncio
Que descubro o amor em teu olhar
É uma pedra
Ou um grito
Que nasce em qualquer lugar

Às vezes é no meio de tanta gente
Que descubro afinal aquilo que sou
Sou um grito
Ou sou uma pedra
De um lugar onde não estou

Às vezes sou também
O tempo que tarda em passar
E aquilo em que ninguém quer acreditar

Às vezes sou também
Um sim alegre
Ou um triste não
E troco a minha vida por um dia de ilusão
E troco a minha vida por um dia de ilusão

Às vezes é no meio do silêncio
Que descubro as palavras por dizer
É uma pedra
Ou um grito
De um amor por acontecer

Às vezes é no meio de tanta gente
Que descubro afinal p'ra onde vou
E esta pedra
E este grito
São a história d'aquilo que sou

Maria Guinot

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Rosa Murcha

Antes de me pôr a debitar mais umas achegas em relação ao que se passa no interior do PS, interrogo-me se um cidadão sem partido cuja única afinidade que tem com o PS é o facto de durante umas dezenas de eleições, de carácter Europeu, Nacional e Local lhe ter dado o seu voto, ter opiniões sobre o que se passa no interior de um partido político? Acho que sim!

Qualquer cidadão tem o direito Democrático de opinar sobre os Partidos Políticos existentes no País, mesmo que até não sejam os da sua preferência. Os mesmos não são seitas secretas e para além disso as subvenções dadas aos ditos, saem da nossa algibeira através dos impostos que pagamos. Se estes argumentos não chegassem há ainda o facto de que a nossa vida é claramente influenciada, pelo bom ou mau comportamento dos partidos políticos, quer se encontrem no exercício do poder ou na oposição.

No seguimento do penúltimo post que publiquei e como um dos assuntos do momento é a substituição do actual secretário-geral do PS. Questiono se o processo é límpido e à partida os dois que se posicionam para potenciais candidatos, não são mais do mesmo? Sendo a maioria da comissão Nacional do PS, apoiante e escolhida por José Sócrates, é legítimo que a sucessão comece por aí? Eu sei que qualquer militante poderá candidatar-se e sujeitar-se ao sufrágio interno. Mas não estará afastada qualquer possibilidade de uma outra candidatura a partir das bases, sair vencedora? Sim das bases ou o PS é só o grupo parlamentar de onde sai um, ou o aparelho partidário de onde sai o outro? Ambos têm à partida toda a cobertura mediática como ontem se viu e a que certamente se irão seguir entrevistas em tudo o que é media.

Em relação a outros potenciais candidatos que entretanto surjam, com o avanço que estes já levam, quais serão as hipóteses?

Pronto. Desculpem estar mais uma vez a meter o bedelho.

Flauta Peruana

terça-feira, 7 de junho de 2011

Deixando assentar a Poeira

Depois do que ouvi e li relativo aos resultados eleitorais do passado Domingo, creio que há um aspecto  insuficientemente esmiuçado, ou se foi não dei por isso.
Quem foi lendo os meus modestos escritos verificou que embora apoiante do PS há largos anos, fui manifestando alguma animosidade em relação a José Sócrates. Cheguei mesmo a escrever que seria o Coveiro do PS.

Claro que agora é fácil dizer que tinha razão antes de tempo. Não é o meu objectivo mas também não alinho na desculpabilização que por aí se vai fazendo, talvez porque o “emotivo” discurso final (devidamente escrito em antecipação melodramática no teleponto) tenha tocado algumas almas mais sensíveis.
Não, Sócrates não é isento em relação aos resultados catastróficos a que conduziu o seu Partido e o País. Portugal Tem hoje uma maioria na A. República, vai ter um governo de coligação de direita a juntar a um Presidente também de direita, não por culpa só da grave crise internacional (o chapéu que serviu para tudo). Muita coisa falhou para que esta viragem com graves consequências para o futuro imediato do nosso País acontecesse.

José Sócrates foi uma criação do aparelho do PS do qual se serviu e a quem teve que servir.

As centenas de lugares de nomeação política que com eles levavam os respectivos assessores e mais uns lugares na nossa gigantesca administração Publica (e afins) levaram a que o PS criasse uma brutal “máquina” onde o Partido se confundia com o Estado e o apoio que Sócrates parecia ter no PS não era mais do que o resultado da velha máxima, de que quem está com o chefe tem sempre um “lugarzinho ao sol”.

Ressalvo naturalmente a existência de largos milhares de militantes do PS, quer de base, quer mesmo alguns que exerceram lugares de responsabilidade institucional e governamental, que naturalmente, separo do apparatchik . Salvo poucas e honrosas excepções apenas “pecaram” pelo silêncio.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Zeca Afonso - No Comboio Descendente


No Comboio Descendente

No comboio descendente
Vinha tudo à gargalhada.
Uns por verem rir os outros
E outros sem ser por nada
No comboio descendente
De Queluz à Cruz Quebrada...

No comboio descendente
Vinham todos à janela
Uns calados para os outros
E outros a dar-lhes trela
No comboio descendente
De Cruz Quebrada a Palmela...

No comboio descendente
Mas que grande reinação!
Uns dormindo, outros com sono,
E outros nem sim nem não
No comboio descendente
De Palmela a Portimão

Fernando Pessoa

domingo, 5 de junho de 2011

O Voto


Na política,

Mas não só...

O voto decide,

O voto penaliza,

O voto engana,

O voto ajuíza,

O voto nivela,

O voto tira o sono,

àquele que não quer perder,

quer passar a viver,

debaixo das luzes da ribalta.

O voto,

até aliena a consciência,

de quem só quer é ter poder,

para poder manipular a sorte,

a sua e a dos outros.

Daquele que quer ficar detentor da verdade,

e estar sempre na dianteira,

e que por certo, até enquanto dorme,

deixa o ceptro,

os símbolos,

os adornos,

na mesinha de cabeceira,

porque assim não é roubado,

e dorme mais descansado,

sonhando que reina de verdade.

Mas o voto não é sagrado,

Não é eterno,

O voto também caduca.

Ao político,

Até ao santo,

também lhes foge o poder dos dedos,

desenfreadamente,

Num ápice, caduca a validade do título.

Sai-lhes o tiro pela culatra,

e a expectativa volatiza,

cai por terra.

A alma?

Fica-lhes desfeita em água.

Não, benzida ou benta, como queiram,

mas completamente encharcada,

pela inveja,

pelo escârnio,

pela maledicência.

São rodeados por muita gente importante,

que os apoia e dá suporte.

Mas o povo é quem mais ordena.

Onde é o que eu já ouvi esta?

Há muito.

Pois, agora,

Neste tempo de pós-modernidade,

Até o voto electrónico,

Nos quer adulterar a vontade,

e nos comanda a cabeça!

O melhor para todos,

será por certo,

dar um voto de confiança

a nós mesmos e ao Amor...

beatriz barroso


sexta-feira, 3 de junho de 2011

Fausto Papetti - Emmanuelle


Hoje devia fazer uma comemoração especial. Exactamente há 20 Anos iniciei uma actividade que se tornou num mundo de angustias, incertezas mas também de muitos bons momentos especialmente quando as etapas mais díficeis eram vencidas, como acontece neste momento.
Não há festa, não há bolo e muito menos champanhe. É assim.
Aqui fica um momento musical com imagens a condizer.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Dar Utilidade ao Voto

A pouco mais de 24 horas do fecho da campanha eleitoral para as eleições a realizar no próximo Domingo e dado que não me parece que alguém tenha qualquer carta na manga para jogar no último momento, parece-me que apesar do grande número de indecisos como indicam as tais “sondagens” creio já ter tomado a minha opção de voto, digo de voto e não de “devoto”.

Para além do carácter nacional das ditas, fixo-me no carácter regional. Ou seja cada um de nós vota num determinado Distrito, (no meu caso o de Leiria) que elege um pré-determinado número de deputados, cuja soma determina a correlação de forças a existir na próxima legislatura.

Afastando-me de uma análise Nacional que os “entendidos” já esmiuçaram até ao tutano resta-me pensar e decidir em consonância. Qual a utilidade a dar ao meu voto.

Afastada qualquer possibilidade de votar à direita. Afastada a “vontade” de votar no PS partido em que tenho votado há mais de 20 anos. Não surgindo nada que me fizesse alterar a minha posição, resta-me a CDU ou PCP (como queiram) e o BE.

Confesso que entre as duas ultimas opções a primeira seria a natural. Analisei com a profundidade possível e como quero que o meu voto tenha alguma utilidade como já referi. Concentrei-me na ideia de que devo contribuir para eleger um Deputado. Qual das duas forças referidas está mais perto dessa possibilidade. Claramente é o BE que provavelmente reelege o actual Deputado. Mas como não sou de eleger por eleger, também procurei conhecer o trabalho feito na anterior legislatura. Procurei e encontrei trabalho feito como se pode ver aqui. Comparei com outros e a diferença nota-se. Votar no PCP não seria mais do que um voto de protesto. Votar no BE pode contribuir para reeleger um deputado com obra feita a que certamente dará continuidade.

Pronto. Era mais fácil ficar nas encolhas e não dizer nada. Até porque o voto é Secreto. Mas eu sou assim. Tenho dito!

Dia da Espiga

Aqui por estas bandas comemora-se hoje o nosso feriado Municipal.

Por enquanto ainda lhe chamamos a Quinta-feira de ascensão. Dado que brevemente passará a ser a Sexta-feira de ascensão. Claro que este dia também é conhecido pelo da Espiga.

Por razões que remontam a 75/76 do século passado a família Marinhense que se juntava à volta do Tremelgo um local aprazível ideal para os pic-nics, acabou por se dispersar e até dividir.

O PS acusando o PCP de partidarizar a iniciativa (com alguma razão) decidiu passar a fazer a sua própria festa escolhendo para o efeito um local conhecido por Árvores junto a S.Pedro de Moel.

Mas Há um problema. O prato tradicional neste dia é Coelho com arroz e ervilhas. Estou cá com uma curiosidade em lá ir dar uma espreitadela para ver se a tradição se mantém.

Eu mantenho a tradição. O Láparo não pode deixar de ser comido porque alguem abusivamente começou a pôr às pessoas, nome de animail doméstico.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Meu caro amigo, a coisa aqui tá preta

Quando a argumentação nos falha. Ou quando já pouco mais há para dizer,uma canção, um poema ou uma imagem, pode substituir as palavras que não somos capazes de escrever ou dizer. Neste momento quero transmitir aquele que foi o "meu deputado" durante muitos anos, mas que ambições carreiristas de novos Videirinhos que por aqui dominam, até essa possibilidade me tiraram de nele voltar a votar porque foi afastado para os confins do País.Dedico-lhe esta canção, pois sei quanto gosta do Xico Buarque e o quanto se deve sentir, fora do seu ambiente de uma vida de luta, pela conquista, pela consolidação e pelo aprofundamento da democracia.
Abraço caro Amigo

Dia da Criança

Comemora-se hoje o dia da Criança.
As crianças são "o melhor do mundo" como tão bem disse Fernando Pessoa.
Os tempos que vivemos e as ameaças ao futuro fazem-nos temer pelo mundo que estamos a deixar às nossas crianças. Muito haveria a escrever sobre isso.
Deixo aqui um pequeno filme sobre uma criança e uma flor escrita por José Saramago.

Com os devidos agradecimentos ao Rogério Pereira que no seu blogue "conversa Avinagrada" tão bem tem divulgado esta e outras obras de Saramago.