Almeida Santos, presidente do PS, diz ao SOL que se o partido perder as eleições Sócrates quererá sair, até «para simplificar uma solução de Governo».
Almeida Santos está convicto de que Sócrates fará tudo para que haja um Governo de maioria.
Em plena campanha eleitoral, o Presidente do PS não recusa falar ao SOL sobre cenários de derrota a 5 de Junho. Em matéria de alianças, Almeida Santos, não tem dúvidas de que os partidos acabarão por entender-se se for preciso formar maioria com o PS.
Depois do debate crispado na TV, entre Passos Coelho e José Sócrates, como será um governo PS-PSD com este líder socialista?
Acho que o interesse nacional após as eleições vai preponderar sobre a insensatez de quem diz que nunca será aliado do partido A ou B.
O problema é se o PS não ganhar as eleições....
Se o PS ficar em segundo isso significa que Sócrates não será ministro.
E poderá continuar a ser o líder do PS?
Poderá continuar líder, mas não é exigível é que quem é primeiro-ministro faça de parte de outro governo com outro primeiro-ministro. Não me lembro de nenhuma democracia em que isso tenha acontecido. Agora, depois das eleições os raciocínios são diferentes.
Diferentes em que medida?
Porque há-de haver um mínimo de patriotismo em todos os líderes partidários. E o patriotismo mínimo vai exigir uma solução. E o Presidente vai exigir uma solução maioritária. Partimos deste princípio: seja ele qual for, precisamos de um governo maioritário.
E se houver necessidade de o PS mudar de líder a seguir às eleições, com a urgência em formar um novo governo, perante a crise, há um meio expedito de o fazer?
É preciso que se crie essa situação, não sei se vai criar-se... Acho que José Sócrates, se não ganhar as eleições, vai ser difícil de segurar, mesmo como líder do partido. Eu tentarei tudo por tudo, mas vai ser difícil. Ele próprio há-de querer fazer tudo para simplificar uma solução nacional. E talvez o afastamento dele simplifique nessa altura uma solução nacional. Ele é um patriota, não tenho a mínima dúvida sobre isso.
Sócrates não estará nessa altura agarrado ao poder?
Não estará agarrado ao poder, é evidente. Pelo contrário! Vai sair disto cansadíssimo, estafado e também precisa de repousar.
manuel.a.magalhaes@sol.pt
4 comentários:
Não percebo o que se passa na cabeça dos socialistas, a começar no seu presidente. Não serão estas declarações o antecipado apelo às hostes para que as negociações se façam com o PSD já sem Sócrates? Se muitos o entenderem assim, que impacto é isso terá no eleitorado? Parece mais um tiro no sitio do costume...
Pois... um tiro no pé! Que vida política a portuguesa!
Deixo esta petição aqui. Quem puder assinar, agradeço. É pela Verdade.
Concordo com Almeida Santos, mas a entrevista pareceu-me inoportuna e estou de acordo com o Rogério.
Se PSD e CDS não tiverem maioria em conjunto, teremos certamente um imbróglio a curto prazo. ou seja... eleições dentro de um ou dois anos, porque a nova AD criará uma conflitualidade social.
O pior, em minha opinião, estará ainda para vir em finais de 2012 e 2013
Bluf........
Mais uma ... amanhã já diz outra coisa. Depois diz que não disse.
Sabes a minha opinião.
Política...népia.
Enviar um comentário