quarta-feira, 9 de maio de 2012

Semelhanças! Ou estou a ver mal?

Apesar das dificuldades em perceber a crise Grega, tenho-me esforçado para a entender pois o que lá se passa (tal como na França) tem consequências inevitáveis para o futuro da Europa. Naturalmente que também faço um esforço para ir percebendo o que se passa no mundo muito para além das fronteiras Europeias.

Nesta minha tentativa de perceber o que se passa na Grécia voltei aos meus 23 anos e à minha passagem pela escola de quadros do PCUS em Moscovo por um curto período de 6 meses. Havia gente de todos os continentes desde o Haiti até à Alemanha Federal, havia uma proximidade linguística com quem falava Castelhano e Português (Brasileiro) mas havia um “estranho” fenómeno: Era com os Gregos do KKE (ku ku é) como se pronunciava, que os cerca de 30 Portugueses que integravam o meu grupo se davam melhor, apesar de nos vermos “gregos” (eles também) para apanhar uma ou outra palavra.

Talvez não fosse por acaso. Já na altura o PCP e o KKE eram dos partidos comunistas da Europa que mais fielmente seguiam a linha oficial do PCUS, também não deve ter sido por acaso que aquando do golpe militar efectuado pela velha guarda comunista em 1991 contra Mikhail Gorbachev  e a sua perestroika  estes dois partidos se  apressaram a apoiar o putch  com as consequências que se conhecem.
Hoje ao ver a recusa do KKE mesmo que remotamente, dado que o número de assentos parlamentares não chega, em apoiar uma maioria de esquerda(mesmo que radical) que pudesse viabilizar uma solução de governo, ponho-me a imaginar qual seria o comportamento do PCP em Portugal em cenário idêntico.

Nota: A minha escola da “bloga” ensinou-me a não ter preconceitos e qualquer tipo de problema em ler e aceitar comentários que exprimam opiniões contrárias à minha. Confesso que hesitei em publicar este post dado o meu fraco conhecimento do assunto. Mas pronto aqui está.

6 comentários:

Isa GT disse...

Por acaso achei graça... dizer que os portugueses se davam melhor com os gregos... e depois percebi porquê... se mal dava para apanhar uma palavra... deduzo que os debates tinham sempre uma forte probabilidade de nunca aquecerem lol

Quanto ao que se passa na Grécia... provavelmente... ainda vão acabar por ter que repetir as eleições.
Quanto a perguntar o que faria o PCP em Portugal em cenário idêntico... aí está uma boa pergunta... que eu não faço a mínima ideia sobre a resposta ;)

Bjos

Rogério G.V. Pereira disse...

Afirma que a bloga lhe dá liberdade de falar sobre aquilo que confessa mal saber...

Afirma que hesitou, por essa razão, em publicar...

Não tem que se preocupar

É mais ou menos isso que os jornalistas e os blogueiros encartados fazem... e nada de mal lhes acontece.
Fazem, dizem e escrevem o que lhes apetece...

Graça Sampaio disse...

Gostei muito de saber dessas suas experiências! O que nós aprendemos com os bloggers!

Mas tem razão: como seria se aquilo acontecesse cá em Portugal? Eu acho que o nosso PCP também não alinhava...

Pedro Coimbra disse...

Rodrigo,
Tenho a certeza que o PCP nãoo viabilizaria qualquer solução de governo.
O PCP é um partido de oposição, não de poder.
Aquele abraço

Anónimo disse...

Já tinha feito essa pergunta aos meus botões, Rodrigo e eles de imediato me deram a resposta. O PCP faria exactamente o mesmo que o KKE.
Abraço

folha seca disse...

Isa
Por estranho que pareça, "entendiamo-nos" em Russo, quer dizer.
Quanto à outra questão. Acho que está "respondida" subjectivamente por outros comentadores.

Rogério
Exprimi experiências, pensamentos e duvidas duma realidade que conheço mal(misturando-a com outra que conheço melhor). Claro que há quem entenda mais do assunto. Talvez devesse ter feito um poema, mas para isso ainda tenho menos jeito.

Graça
Não há nada que tenha feito até agora que me pese na consciência (naturalmente que pelo caminho também fiz as minhas asneiras) faria tudo de novo, com os dados que tinha na altura.
Quanto à outra questão faço minmhas as palavras do Pedro e do Carlos Barbosa.

Pedro e Carlos
Lamentávelmente partilho das V/ opiniões.

Abraços