sexta-feira, 11 de maio de 2012

Pois! No fim fica o NIM

Seguro disposto a encabeçar manifestação se Governo colocar em causa o SNS (link)
Dado que não ouvi a entrevista e por hábito dou uma espreitadela aos jornais online, quando li este título, fiquei agradado porque finalmente iriamos ver, coisa que já não lembro de acontecer um secretário-geral do PS encabeçar uma manifestação contra más medidas tomadas por um governo de direita. Comecei logo a imaginar o Seguro, o Jerónimo e o Louçã Juntos a segurar uma faixa do tipo “Defendamos o SNS” e claro que também imaginei que a esta,  outras se seguiriam contra a precariedade no emprego, contra o aumento galopante do desemprego, contra a tentativa de tornar o despedimento mais fácil, contra o assassínio premeditado de um numero assustador de micro, pequenas e médias empresas,  a venda ao desbarato dos sectores lucrativos da nossa economia e um sem numero de outros atentados à nossa soberania e à destruição do nosso País.

Pus-me a imaginar coisas que até falei alto e disparei um sonoro e repetido “finalmente” que fez com que me viessem perguntar se me estava a dar alguma coisa.
Comecei logo mentalmente a conjecturar que com o PS alinhado à esquerda quanto tempo mais iria durar este governo de direita ultraliberal.

Ainda estava a saborear esta boa sensação quando leio num outro sítio que a Posição de Seguro é que a esta legislatura vá até ao fim, ou seja 2015. Aqui caí na real e a desilusão que me afecta há bastante tempo de que o PS com as direcções dos últimos anos não fará parte de uma solução de esquerda que trave o caminho do abismo em que diariamente estão a cair centenas de Portugueses, resultado de políticas erradas e que só servem os grandes especuladores do capital financeiro.

Mas o grande balde de agua fria, foi quando li num outro lado que na aprovação das alterações ao código de trabalho em durante o dia de hoje,  o PS se  vai abster e até há disciplina de voto não vá um grande numero de deputados do PS votar conforme é sua vontade, ou seja contra, que é a única posição coerente com as posições assumidas. Fica-se mais uma vez pelo NIM.

7 comentários:

Anónimo disse...

Também não vi a entrevista, Rodrigo, mas um tipo que inventou a "abstenção violenta" é capaz de tudo. Até pode dizer "agarrem-me senão eu..." como parece ser o caso de encabeçar uma manif, porque todos sabemos que nada fará para alterar as coisas. Ficará à espera que o Coelho apodreça.
MAS HÁ UMA BOA NOTÍCIA, Rodrigo...
Andei pelos jornais e cheguei à conclusão que o país tem salvação se o Gaspar fizer o que lhe recomendo hoje lá no CR
Abraço e bom fds

Anónimo disse...

Nem o NIM se vai aproveitar.

A malta gosta de parecer o que não é.

Abraço

Vento Norte disse...

...Que afinal o que importa não é haver gente com fome
porque assim como assim ainda há muita gente que come

Que afinal o que importa é não ter medo
de chamar o gerente e dizer muito alto ao pé de muita gente:
Gerente! Este leite está azedo!

Pastelaria (extracto)
Mário Cesarini

Vento Norte disse...

Cesariny, digo.

Isa GT disse...

... Jerónimo, Louçã e Seguro juntos... é mesmo andar com a imaginação em alta... a 300% ;)

Bjos

folha seca disse...

Carlos Barbosa
Vou lá a seguir. Mas não acredito que faça aquilo que lhe recomenda, seja o que for, só se lhe conseguir mudar o chip.

Observador
Pois!

Vento Norte
Há que tempos. pronto não reivindico nada, mas é bom vê-lo por aqui (embora a gente se veja na vida não virtual mais vezes do que pensamos). Cesarini tem sempre algo a dizer.

Isa.
Podem ser só sonhos (O sonho comanda a vida, Neh?)

Abraços

vinagrete disse...

Caro Rodrigo

Vivemos um tempo "sem tempo".
Sem tempo para pensar.
Sem tempo para ter esperança.
Sem tempo para acreditar.
Sem tempo para protestar.
Encurralados numa argumentação ultra liberal de que a culpa é do déficite e da dívida que é dele consequência, reagem muitos como rebanho entre arame farpado.
Muitos de nós, por ventura da classe média baixa, ou até desempregados, precários e indigentes, aceitam esta explicação e atiram-se, como lobos, aos funcionários públicos, ao Sócrates e ao sistema social que é a nossa matriz, acusando-os de gastarem de mais e para além do que não tinham.
Alguns saudosistas começam a recuperara a imagem de Salazar,o impoluto, que terá deixado o Banco de Portugal a abarrotar de ouro, as finanças equilibrados, esquecendo-se de dizer que também deixou as prisões cheias de homens e mulheres privados de liberdade e sem julgamento, só por delito de opinião. Deixou um País pobre, com os grandes grupos económicos entregues a 3 ou 4 famílias, devidamente protegidas pelo estado.
Deixou uma esmagadora maioria da população no mais degradante analfabetismo, um indice de mortalidade dos mais altos do Mundo civilizado e milhares de mortos e estropiados por uma guerra colonial condenada ao fracasso.
Temos agora um primeiro ministro que demonstra querer seguir a receita dos velhos caudilhos.
Para este Betinho, que fez carreira política na JSD, que nunca esteve desempregado, "estar no desemprego ou ser despedido não é um drama, pode até ser uma oportunidade". Esta caricatura de político, que nos acusa de termos gasto de mais a comprar casa, ou carro, ou a recorrer ao SNS, é uma figura sinistra de aprendiz de tirano, que não pode ser menosprezada. Em condições políticas normais, no quadro do funcionamento democrático das sociedades modernas, este Governo já deveria ter sido regeitado pela maioria da opinião pública e as sondagens deveriam mostrar isso mesmo. Infelizmente não acontece assim, porque a "oposição eficaz", entenda-se o PS, navega em águas turvas e com um timoneiro que tirou a sua licença de navegação à vista, na mesma escola do 1º ministro.
Aqui chegados, a maioria de nós sente-se à deriva. Procura desesperadamente uma tábua onde se agarrar, sem olhar à volta, para os outros náufragos da sorte e sem acreditar que juntos, poderíamos "remover" a besta.