sábado, 31 de março de 2012

E assim não há poema


Se não surgir qualquer imprevisto, hoje à noite estarei no casino da Figueira da Foz a assitir ao espectáculo que está programado com este grande trovador.

sexta-feira, 30 de março de 2012

E lá vai outro...

Um dia numa pequena casa abarracada ali junto do cemitério da Marinha Grande, construída como mais umas tantas, clandestinamente em terrenos camarários, nasci. Fez hoje 57 anos.

Nesses tempos nascia-se em casa com a ajuda de curiosas a que chamavam parteiras. Dado que parece que vinha assim um bocado para o estrampalhado, foi necessário chamar o Dr. Coelho dos Santos, aquele grande homem que estava sempre pronto para socorrer o próximo sem que levasse um tostão quando se tratava de pessoas de fracas posses. Ao tentar escrever qualquer coisa, lembrar-me desta Homem é incontornável, não porque recorde esse acontecimento como é evidente, mas muitos outros pela vida fora. Sobretudo o facto de esta minha terra não ter sido capaz de dizer um obrigado ainda em vida a este homem a quem tanto devemos, no meu caso parece que a própria vida. Pronto esta conversa para dizer que ainda por aqui ando “com a cabeça entre as orelhas” e espero aguentar ainda mais uns tempos.

Talvez o dia do nosso aniversário devesse ser decretado como o dia em que deveríamos fazer o balanço do último ano. De certo modo fazemos, embora não seja fácil colocá-lo num post.

Como a vida de qualquer um de nós é influenciada pelo que se passa à sua volta, há um balanço incontornável que tenho que fazer em relação a este ultimo ano de vida. Estou mais pobre, mais triste, mais desiludido, mas também mais convencido que os sonhos só se realizam se lutarmos por eles. Estou mais velho mas consciente que não é tempo ainda de calçar as pantufas. Sou duma geração que vibrou com Abril. Dei o meu modesto contributo para consolidar a Democracia então conquistada. Não vou ficar quieto e calado vendo que a mesma está a ser destruída. Não vou ficar quieto e calado vendo cada vez mais portugueses a não terem os mais elementares meios de sobrevivência e  respeito pela sua dignidade.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Uma boa Notícia




A fábrica das tradicionais amêndoas de Portalegre vai reabrir em 2012, quatro anos após ter sido encerrada pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), disse hoje à agência Lusa um dos proprietários da unidade fabril.

Se há crimes que deviam ser julgados e os seus responsáveis punidos foi a perseguição de que foram vitimas mutos pequenos empresários e comerciantes de norte a sul do País,  por não terem as condições definidas por uns tantos burocratas sentados em Bruxelas.

Era o tamanho e o feitio do Pepino a circunferência do tomate o parafuso que não era de inox a casa de banho que não tinha as dimensões entendidas mais a salsinha e o presunto que não tinham o fabrico conforme, mais o café que só tinha um WC, mais uma infinidades de pormenores que fizeram com que umas centenas de empresas de maior ou menor dimensão encerrassem portas durante os últimos anos. Se houve algumas que não encerraram de imediato sujeitando-se a acatar os “cadernos de encargos” deixados pela famigerada ASAE, o que levou a que muitas assumissem encargos que se tornaram incomportáveis e também essas não morreram do mal, mas têm vindo a morrer da cura.

Entretanto quantos dos nossos produtos tradicionais deixaram de estar no mercado?

Naturalmente que algumas das acções de fiscalização efectuadas foram positivas e obrigaram as empresas a ser muito mais cautelosas nos cumprimento das regras de higiene e segurança, criando uma maior confiança no consumidor, mas se a fiscalização foi e é orientada para as empresas devidamente legalizadas, continuam a proliferar outras que clandestinamente operam no mercado fazendo concorrência desleal às que cumprem os requisitos mínimos e pagam os seus impostos, muitas delas no sector alimentar. Deixo para outra ocasião a questão das importações.

Felizmente que ainda há quem (apesar de 4 anos de inactividade) consiga voltar ao mercado com um produto tradicional como refere a notícia cujo link deixei acima. Ainda bem.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Poema do Homem Só

Poema do Homem Só
António Gedeão

Sós,
irremediavelmente sós,
como um astro perdido que arrefece.
Todos passam por nós
e ninguém nos conhece.

Os que passam e os que ficam.
Todos se desconhecem.
Os astros nada explicam:
Arrefecem

Nesta envolvente solidão compacta,
quer se grite ou não se grite,
nenhum dar-se de outro se refracta,
nehum ser nós se transmite.

Quem sente o meu sentimento
sou eu só, e mais ninguém.
Quem sofre o meu sofrimento
sou eu só, e mais ninguém.

Quem estremece este meu estremecimento
sou eu só, e mais ninguém.

Dão-se os lábios, dão-se os braços
dão-se os olhos, dão-se os dedos,
bocetas de mil segredos
dão-se em pasmados compassos;
dão-se as noites, e dão-se os dias,
dão-se aflitivas esmolas,
abrem-se e dão-se as corolas
breves das carnes macias;
dão-se os nervos, dá-se a vida,
dá-se o sangue gota a gota,
como uma braçada rota
dá-se tudo e nada fica.

Mas este íntimo secreto
que no silêncio concreto,
este oferecer-se de dentro
num esgotamento completo,
este ser-se sem disfarçe,

virgem de mal e de bem,
este dar-se, este entregar-se,
descobrir-se, e desflorar-se,
é nosso de mais ninguém.

UMA INVESTIGAÇÃO À INVESTIGAÇÃO

Porque tive acesso a este texto e na sequência dum post anterior publico-o, tendo consciência de que é um assunto delicado e que em muito tem dividido a sociedade Portuguesa.

UMA INVESTIGAÇÃO À INVESTIGAÇÃO


Somos cidadãos portugueses seriamente preocupados com alguns dos caminhos que a Justiça tem vindo a trilhar no nosso País.

Consideramos o "Processo Casa Pia" como o paradigma mais assustador de um perigoso modo de aplicar a Justiça, desde que foi implantada a Democracia em Portugal.

Trata-se de um caso muito delicado, porque envolve crianças e jovens, "à guarda" de uma instituição do Estado e que, por isso mesmo, devia exigir um rigor exemplar no apuramento da Verdade, indispensável para se fazer Justiça.

Ora, desde o início, a Verdade foi sistematicamente sujeita a entorses, pelo ruído de uma mediatização sustentada em constantes e cirúrgicas violações do segredo de Justiça, e com informação manipulada proveniente de fontes ligadas à investigação, o que provocou uma condenação antecipada na praça pública, e que terá condicionado a decisão final dos juízes.

A somar a tudo isso, não foram respeitadas nem aplicadas as medidas, regras e acções que são a base policial, científica, ética, moral e deontológica de qualquer investigação. Esta ausência de procedimentos básicos e obrigatórios define, desde logo, uma investigação negligentemente conduzida ou intencionalmente não efectuada.

Poderá ver, em pormenor, variados exemplos de falhas clamorosas da investigação, no texto que enviaremos à Assembleia da República e que, desde já, o convidamos a subscrever.

A título exemplificativo, basta recordar o mito da casa de Elvas que, após 9 anos de Processo, ruiu fragorosamente e foi condenado pelo Tribunal da Relação a regressar à 1ª instância.

As falhas da Investigação obrigaram a que as condenações fossem tão-somente fundamentadas no argumento de que havia nos testemunhos dos jovens uma

"ressonância de verdade", figura original e desconhecida, juridicamente inexistente em qualquer outro Estado de Direito. As suas implicações numa jurisprudência futura poderão vir a configurar sinistros métodos inquisitoriais e a permitir condenar arbitrariamente qualquer cidadão.


Estamos, por tudo isto, perante um caso cujos contornos deixam a preocupante sensação de, à semelhança de outros processos recentes, terem sido percorridos caminhos ínvios entre poderes judiciários e mediáticos, e onde foi, por vezes, patente o propósito de "cortar cabeças", promovendo uma "justiça popular" indigna de um Estado de Direito. Assim se possibilitou também que, por motivos ou interesses obscuros, se destruíssem Pessoas e/ou Instituições, colocando em perigo o Estado Democrático e as Liberdades e Garantias dos seus cidadãos.

Ciosos das prerrogativas de um Estado de Direito, precisamos de confiar nos agentes da Justiça: Polícia Judiciária, Ministério Público e Tribunais; precisamos de acreditar que investigadores e juízes agem sempre para que a Justiça esteja acima de qualquer suspeita e que as condenações estejam sempre acima de qualquer dúvida razoável. Nenhum caso, por isso, deve contribuir para minar a confiança nos métodos de investigação nem para desacreditar as sentenças dos tribunais.

Por todas as razões acima expostas, entendemos que compete à Assembleia da República e aos deputados representantes do Povo inquirir e investigar tudo o que se passou no inquérito do "Processo Casa Pia" de modo a proteger e salvaguardar os princípios elementares do Estado de Direito.



A apresentação desta petição é um imperativo cívico e requer a participação de todos.
Se decidir subscrever este documento e nos quiser ajudar a angariar as necessárias assinaturas, deve:
1. Imprimir o texto da petição que juntamos.
2. Assinar, colocar o seu nome legível e o nº B.I. ou Cartão do Cidadão.
3. Facultativamente, poderá indicar a sua profissão ou actividade.
4. Pedir a outros cidadãos para assinar com os mesmos dados, o que poderá ser feito na mesma folha. As folhas não precisam de ser totalmente preenchidas.
5. Após a angariação de todas as assinaturas que lhe forem possíveis, é favor enviar um e-mail para poderia.muito.bem.ser.voce@gmail.com a fim de lhe dizermos como deve ser feita a remessa e/ou recolha das suas folhas.

Lisboa, Março de 2012

SUBSCRITORES:

António-Pedro Vasconcelos
, Cineasta
António Vitorino de Almeida
, Maestro
Carlos do Carmo
, Cantor
Eduardo Mendes
, Médico
Eunice Munhoz
, Actriz
Henrique Monteiro
, Jornalista
Homem Cardoso
, Fotógrafo-Autor
João Malheiro
, Jornalista
João Soares
, Político
Manuel Pedro Magalhães
, Médico
Nucha
- Cristina Isabel dos Santos Baldaia Trindade, Cantora
Nuno Artur Silva,
Autor e Produtor
Rui Veloso
, Cantor
Ruy de Carvalho
, Actor
Sofia Fava
, Engenheira do Ambiente
Toni
- António Conceição Oliveira, Treinador e ex-Jogador de Futebol do S.L.B.
Virgílio Castelo
, Actor

segunda-feira, 26 de março de 2012

Há coisas que não nos convencem e nos marcam.

Não registei a data mas registei o acontecimento. Depois de passar uma semana no hospital enfrentando um enfarte do miocárdio de que escapei mais ou menos ileso (uma estória atribulada que talvez um dia conte) e depois de dormir uma noite na minha cama sem aqueles equipamentos esquisitos a medir tudo e mais alguma coisa, mais os cateteres em vários sítios. Estava finalmente "despido". Enquanto esperava pelo almoço com aquelas limitações todas de caracter dietético, liguei a televisão e levei em cima com a notícia da prisão do Carlos Cruz. Um choque!
Convém dizer que a distância mais curta a que estive do Carlos Cruz,  foi a que separa a televisão de um espectador. Claro que me lembro perfeitamente dos primeiros programas em que a sua imagem, trabalho e competência profissional me marcaram. O ZIP ZIP.
Claro que apesar do desgosto e como nessa altura ainda acreditava que a justiça em Portugal existia e não era um arremedo, lá fui aceitando a ideia de que no “melhor pano cai a nódoa” e fui-me conformando com o desgosto então sofrido.
Mas na verdade cedo fui ficando com sérias dúvidas. Se a minha ligação ao Carlos Cruz era aquela que a maioria dos Portugueses tinha, vi darem a cara por ele pessoas que com ele privaram ao ponto de que se fosse pedófilo nunca o fariam. Nunca imaginaria que homens que com ele trabalharam dias e noites seguidas a preparar grandes programas de televisão como o Saudoso Raul Solnado e Fialho Gouveia a defendê-lo da grave acusação só por solidariedade profissional. Muitos outros se lhe juntaram.
De facto hoje não tenho dúvidas em afirmar que independentemente do julgamento final e a eventual capacidade da nossa ”justiça “ fazer jus ao seu nome, muitos atropelos há e por isso estou aqui a dar a cara juntando-me aqueles que entendem que há coisas que podem acontecer a qualquer um de nós. Pela Justiça, pura e simplesmente.

Vou Subscrever a petição cujo endereço está inserido na notícia cujo link Junto

A culpa é dos outros (dos anteriores) Claro!

Procurei dar alguma atenção ao congresso do PSD realizado este fim-de-semana, dado que goste ou não (e não gosto) este partido é o principal responsável pela “governação” deste País. Pareceu-me, porque também não tive lá muita paciência para ver muito, que muita gente saiu de lá com a “consciência” menos pesada pois afinal a culpa de tudo é de José Sócrates e da sua equipe governativa.
À coligação PSD/CDS não se lhe podem assacar responsabilidades pelos 8 meses de governação que já levam.

Esta coligação não tem qualquer responsabilidade sobre o desastre a que estão a conduzir o País. Não a culpa é do Sócrates e nós simples cidadãos que andamos a fazer das tripas coração para nos aguentarmos e nos vamos queixando de várias formas, somos é uns ingratos e em vez de nos manifestarmos devíamos era agradecer, quem sabe até promover uma grandiosa manifestação de agradecimento por estarem a salvar o País que foi deixado em muito mau estado pelo tal aluno que estuda em terras de França.

Francamente! Será que esta gente pensa que somos uma cambada de parvos? Claro que os tais acusados têm as suas culpas no cartório. Não sou dos que digo “Volta Sócrates”. Mas não foi Sócrates e o seu partido que foram derrotados em Junho de 2011? Não foi a coligação actualmente no poder que com falsas promessas levou a que a maiorias dos cidadãos eleitores (dos que votaram) deram a maioria absoluta?
Até quando esta gente vai recorrer ao bode expiatório para justificar a sua incompetência e incapacidade para governar e restituir a confiança aos Portugueses?

Claro que sou dos que não acredita nesta coligação e nos seus “actores” Sou dos que luta por uma alternativa, embora me pareça que as forças que a deviam promover estão à espera de momentos mais oportunos, depois de isto estar tudo escaqueirado.

domingo, 25 de março de 2012

Poema destinado a haver Domingo


Poema: Natália Correia
Música: Aníbal Raposo
Intérprete: Helena Oliveira (in "Helena Cant'Autores Açorianos", 2007)

sexta-feira, 23 de março de 2012

O Voo da Fênix

Falar de cinema não é lá muito da minha lavra, mas há umas boas horas que este filme me anda na  memória, talvez porque me marcou profundamente e é o exemplo duma expressão que não sei de onde vem, mas muito usada “queimar os últimos cartuxos”

“O Voo da Fênix é um filme de aventura e acção no qual o piloto de um avião de carga e seu co-piloto são enviados à Mongólia para retirar do local uma equipe de exploração petrolífera, já que o projecto fora interrompido. Na volta, pouco após a descolagem, o avião cai no Deserto de Gobi por causa de uma tempestade de areia. Sem comunicação e com pouca água e comida, os sobreviventes resolvem construir um novo avião a partir dos destroços”.

Dada a improvisação por falta de meio técnicos e materiais a ignição era feita através do disparo de cartuchos de caçadeira cuja quantidade existente era muito limitada.
Ainda não estava tudo preparado e testado para o arranque final, são atacados por uma tribo o que faz com que as coisas se precipitem e se tente pôr o avião a trabalhar disparando os cartuxos que vão sucessivamente falhando até que em desespero se dispara o ultimo que faz o motor arrancar e assim os sobreviventes levantam voo e salvam as suas vidas.
Claro que na vida real nem sempre queimar o ultimo cartuxo é a melhor opção, mas como se tratava de um filme com o argumento previamente escrito e o final previsto, funcionou.

Mas porque raio me anda na cabeça a lembrança deste filme e a ideia que se estão a queimar os últimos cartuxos, precipitadamente?

quinta-feira, 22 de março de 2012

GOTA D'ÁGUA


GOTA D'ÁGUA

Fui à fonte beber água
Achei um raminho verde
Quem o perdeu tinha amores
Quem o achou tinha sede

Dá-me uma gotinha de água
Dessa que eu oiço correr
Entre pedras e pedrinhas
Alguma gota há-de haver

Alguma gota há-de haver
Quero molhar a garganta
Quero cantar como a rola
Como a rola ninguém canta

Fui à fonte beber água
Achei um raminho verde
Quem o perdeu tinha amores
Quem o achou tinha sede

quarta-feira, 21 de março de 2012

Dia mundial da poesia

E pronto mais um dia que se comemora. Hoje é o dia mundial da poesia. Considero a poesia com as diversas "classificações" que lhe é dada, um verdadeiro bálsamo que nos ajuda a enfrentar os maus momentos e eles são muitos, infelizmente com tendência a aumentarem.
Quantos poetas sería possível meter num post? Uma infima parte, de tantos que são.
Porque há poemas que nos marcam, público hoje um, cantado por um dos grandes baladeiros do nosso País, felizmente vivo. Creio que esta canção é bastante conhecida. O seu autor que apesar de ser da minha região, só tive a felicidade de conhecer com mais de 20 anos e a 5.000 Km de distância.
Trata-se do Fernando Miguel Bernardes que aqui homenageio estendendo essa homenagem aos poetas de todo o mundo.
Vivam os poetas e os que lhes dão voz


MANUEL FREIRE
Autores: F.M.Bernardes - M. Freire
Acompanhamento FERNANDO ALVIM; Viola
Disco 45 rpm TAGUS TG 112 Editado em 1968

terça-feira, 20 de março de 2012

Daqui elejo o meu melhor blogueiro

Tinha que ser, tantos dias disto e daquilo também teria que nascer o dia do blogueiro. Não sei quem é que inventou mais esta. Mas pronto, por este andar há-de chegar a altura em que todos os dias do ano serão um dia dedicado a qualquer coisa. Até tenho algumas sugestões para dar, mas acho que é melhor ficar quieto não vá lá alguém ler e ainda alguma iria ser aceite e eventualmente até tornar-se feriado Nacional e como os tempos estão mais para acabar com os que temos, adiante…

Ora então o meu registo civil particular, lembrou lá no seu blogue que hoje era o dia do blogueiro e claro da blogueira (acrescento eu, até porque me parece que estão a ficar em maioria). Assim de repente lembrei-me que podia eleger o blogueiro(a) de que mais gosto.
Mas são tanto (a)s que tratam tão bem os variadíssimos temas a que se referem que a lista que fui fazendo mentalmente ocuparia um espaço demasiado extenso para que alguém o lesse até ao fim.

Na verdade a grande comunidade de pessoas que usam a blogosfera é tão rico e numeroso que nunca me atreveria a eleger alguém porque seria sempre injusto. Tenho muita pena de o tempo disponível não me permitir usufruir desta grande componente cultural/informativa/divertida/assertiva e mais uma série de coisas que normalmente termina com um etc…etc….

Resta-me enviar um agradecimento àqueles e aquelas que me honram com a sua presença e sobretudo um pedido de desculpas a quem não correspondo, conforme merecem e aos que leio e não comento, para não estragar belicíssimos textos e em especial poemas que vão publicando.
Por ultimo um pedido de desculpa àqueles a quem vou chateando com os meus comentários, nem sempre ajustados, mas é assim a gente às vezes dispara e não tira a folga ao gatilho.

Em especial aos amigos do Largo das Calhandreiras que me meteram o “bicho nas teclas” e que sei que vão andando por aí, vai o meu abraço e reconhecimento.
Abraços ….Muitos.
Rodrigo

Passos diz que aumentos dos combustíveis provocam danos na economia

Passos diz que aumentos dos combustíveis provocam danos na economia (link)

É “reconfortante” ter um primeiro-ministro que se mostra preocupado com os malefícios que o aumento dos combustíveis provoca em termos de “danos à nossa economia”.

É igualmente “reconfortante” que o mesmo primeiro-ministro mostre preocupação quando os números do desemprego disparam para valores abismais, tal como manifesta preocupações com a falta de liquidez da nossa economia, a falta de financiamento da Banca a essa mesma economia e ainda muitas outras preocupações referente a muitos outros problemas que seria fastidioso aqui enumerar.

Mas apesar do “conforto” gerado por termos um primeiro-ministro “tão preocupado” não alivia as verdadeiras preocupações de grande parte dos Portugueses verdadeiramente preocupados sim, por a linha oficial do “tem que ser, custe o que custar” nos estar a conduzir a um verdadeiro desespero Nacional, dado não se vislumbrar a mais pequenina faísca ao fim deste longo túnel em que estamos enfiados, tendo ou não contribuído para isso.

Eu até sou daqueles que percebo as “ preocupações”. Tenho é grande dificuldade em compreender o porquê de as mesmas não originarem medidas concretas para obstar à razão das mesmas. Não basta preocupações e ficar à espera que um Santinho qualquer nos venha resolver os problemas que enfrentamos diariamente e cada vez mais difíceis de resolver.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Não Seremos Pais Incógnitos


Não Seremos Pais Incógnitos
Zeca Afonso

Nao seremos pais incógnitos
Netos de filhos ignaros
Mas nestes livros avaros
Só moralizam os tolos
Quem tem farelos tem quintas
Diz o bom rei ao soldado
No tempo em que o rei Fernando
Passava por ser honrado
No tempo em que Dona Márcia
Filha de Mércia Condessa
Cantava Chácaras do tempo
Em que era madre abadessa
Também depunha o meirinho
Filho de D. Charlatao
Há que vidas os nao via
Mas sei de que filhos sao

domingo, 18 de março de 2012

O caminho encontra-se sempre, mesmo que dê algumas voltas...

Foto tirada no local, hoje cerca das 11 horas
Hoje de manhã, como fazemos com alguma regularidade, fomos ver o mar (pudera estamos a muita pouca distância) e como o combustível hoje é mais barato do que amanhã lá fomos dar a volta, que por aqui se convencionou chamar “a volta dos tesos”

Enquanto saboreava-mos um café mesmo ali à beirinha do ribeiro de S.Pedro que desagua sempre em sítio incerto como o José Mário Branco diz na sua obra “FMI” é como o rio de S. Pedro de Moel que se some nas areias em plena praia, ali a 10 metros do mar em maré cheia e nunca consegue desaguar de maneira que se possa dizer: porra, finalmente o rio desaguou! “
Fizemos uma analogia com a situação actual do nosso País. De facto aquele ribeiro corre para o mar e de uma forma ou outra ele vai lá desaguar, chega a correr a praia toda (chama-se  Praia Velha) chega a transformar-se num grande lago, mas há uma altura que encontra o seu próprio caminho e lá vai parar ao sítio certo, que é o mar. Nada contraria as forças da natureza ao ponto de impedir que o destino de uma dessas forças não acabe por encontrar o seu caminho, apesar das voltas que às vezes tem de dar.

Tal Como o Ribeiro de S. Pedro encontra o caminho para o seu destino, quando está "cheio" também nós encontraremos esse mesmo caminho, enganem-se os que pensam que ele está préviamente traçado  e "alinhado".

sexta-feira, 16 de março de 2012

Fato Cinzento


Não sei bem a quem o Pedro Barroso dedica esta canção, mas tenho uns palpites.

quinta-feira, 15 de março de 2012

“Porque não te Calas”

Otelo volta a sugerir "operação militar que derrube o Governo"

Há coisas que me põem mal disposto logo de manhã, muita vez à tarde e à noite, basta ouvir notícias, coisa que tenho por vício fazer, dado não ter espirito de Avestruz.

Calhou-me para aí às 7.30 h de hoje, enquanto fazia o percurso de casa para o trabalho ouvir esta notícia. (cujo link público acima).
Aparentemente o homem até tem razão. Sou dos descontentes e confesso que vivo quase apavorado com as consequências que a política deste governo está a ter para grande parte da nossa população. Sou dos que pensa que este governo devia ser demitido. Preocupa-me a falta de vontade das forças de esquerda em procurarem uma alternativa credível. Preocupa-me que pela primeira vez depois do 25 de Abril estejamos dependentes dum Presidente da Republica incapaz de tomar as medidas adequadas que já se começam a sentir necessárias.

Parece-me que é urgente fazer mais qualquer coisa do que esperar pelo tamanho das manifestações ou mesmo da abrangência das greves sectoriais e gerais e mais umas tantas petições e reclamações.

Mas será que um golpe militar resolve o problema? Um novo 25 de Abril, o que é isso?
Não cabe aqui fazer uma análise sobre as condições politicas e as a razões que deram origem aos acontecimentos naquela madrugada libertadora do dia 25 de Abril de 1974. Mas não há comparações possíveis.
Hoje existem meios Democráticos que dispensam um qualquer tipo de golpe militar. Assim as instituições resultantes dos acontecimentos dessa data histórica funcionem.

Gostaria de ouvir a exigência de que Abril se cumpra na boca daqueles que o fizeram, daqueles que para isso contribuíram e sobretudo daqueles que dele beneficiaram.

Apesar de tudo (embora a figura em causa há muito que estragou parte do que fez e se tornou uma figura controversa) gosto de ouvir os protagonistas (militares e civis) da construção da nossa Democracia, sobre ela se pronunciarem. Mas de facto alguns deviam estar calados, porque de cada vez que abrem a boca, sai asneira e da grossa.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Teria George Orwell Razão?

Ouvi parte da notícia na rádio. Procurei saber mais e encontrei este artigo cujo link aqui deixo.
Não pude deixar de reflectir sobre a exposição a que todos estamos sujeitos dada a concentração dos nossos dados pessoais em tudo o que é sítio.

Certamente que já se interrogaram como é que as nossas caixas de correio electrónico (e também as outras) são tão conhecidas. Diariamente somos “alvo” de um conjunto de ofertas da mais variada gamas de produtos e serviços. Interrogamo-nos como é que os nossos dados pessoais são assim conhecidos. Sabe-se que há empresas especializadas em recolher e comercializar esses mesmos dados. Quase que já não pensamos no assunto. No entanto uma coisa é oferecerem-nos produtos outra coisa é saberem quais os males de que padecemos. Se aviamos uma receita de um medicamento para as hemorróidas não é a mesma coisa se essa mesma receita é para um problema de saúde de que queremos manter em segredo ou seja partilhá-lo só e com o nosso médico e farmacêutico. Com o roubo dos dados referentes a 250 farmácias em todo o País quantos de nós não sentimos uma certa repugnância por saber que os nossos problemas de saúde vão andar por aí em bases de dados e quantas pessoas e organizações não vão ficar a saber se sofremos de frieiras, unhas encravadas ulceras no estômago ou outros problemas de maior gravidade.

Sou um adepto das novas tecnologias, mas as mesmas nunca deviam servir para vasculhar dados que são pessoais. Desgraçadamente sabemos que a nossa “justiça” faz com que o crime compense. E se no caso, aparentemente se trata de um roubo por meios informáticos esperemos que eventuais cumplicidades por acção ou emissão sejam investigadas.

George Orwell escreveu no final dos anos 40 do século passado o livro “1984”. No fundo preconizava que numa sociedade colectivista os Cidadãos seriam controlados para que se soubesse tudo acerca deles. Enganou-se. Quanto mais liberal e ultra liberal o mundo está a ficar, mais as nossas liberdades estão ameaçadas e mais vigiados estamos.

Ter razão antes de tempo.... antes não tivesse.


Há quase 2 anos em 28 de Abril de 2010, publiquei no “largo das calhandreiras” um texto sobre o comportamento dos “nossos especuladores” lamentavelmente as notícias que nos vão chegando mostram que os meus receios da altura tinham razão de ser…continuar a ler.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Quer vender a sua casa?

A sua casa vista por si

Pelo comprador
                                                 Pelo banco
Pelo avaliador
                                    Pelas Finanças
       Qualquer semelhança com a realidade é pura
                                     coincidência.                                                          

sábado, 10 de março de 2012

José Manuel Tengarrinha

Em tempos em que a actividade politica tem sido seriamente desprestigiada, dado o desvirtuamento dessa actividade por um conjunto demasiado numeroso de ”políticos“ de plástico, comemorar os 80 anos, felizmente em vida de um dos mais prestigiados políticos da década  de 70 e 80 do século passado é um acto bonito e certamente proporcionará um excelente encontro entre pessoas de vários quadrantes políticos como se antevê pelos nomes que compõem a comissão promotora como se pode ver aqui ( link), para já constituída por 180 pessoas
Recordo José Manuel Tengarrinha nos tempos do MDP-CDE de que foi fundador, da sua saída da Cadeia de Caxias, onde estava encarcerado após o derrube do regime fascista. Mas recordo também o tribuno, o homem afável que dava gosto ouvir e que tão bem nos mobilizava para a luta anti-fascista e após o derrube da ditadura para a construção de Democracia. Outros amigos e amigas escreveriam muito mais acerca deste homem. Mas certamente a sua biografia politica e intelectual não caberia num post que pretende apenas dar a conhecer a iniciativa.
As inscrições para o almoço comemorativo do 80º Aniversário que se realiza na FIL- Junqueira, no sábado 14 de Abril. Poderão ser feitas para o seguinte e-mail oitentatengarrinha@gmail.com

sexta-feira, 9 de março de 2012

quarta-feira, 7 de março de 2012

"Quem se lixa é o Mexilhão"

Atento à evolução da situação económica do País e aos casos que vão aparecendo diariamente a uma velocidade supersónica que afundam a nossa economia. A desejada retoma é cada vez mais uma miragem com que nos tentam entreter, procurei assistir hoje pela televisão a um dos debates quinzenais no parlamento.
Sem duvida nenhuma que do que ouvi da parte governamental e respectivos apoiantes nada que fique na história, mais do mesmo e “vamos em frente sem arredar caminho porque este é que é o certo”. Sem surpresas.

Da parte da oposição ouvi excelentes intervenções que mentalmente, até aplaudi.

Mas não ouvi uma proposta concreta que me levasse a pensar que desta oposição toda, há uma vontade firme de pôr termo a este “reinado” de um conjunto de mentecaptos que só porque “ganhou” eleições se sente no direito de liquidar economicamente um País, reduzir à pobreza extrema, centenas de milhares de pessoas, matar antecipadamente Cidadãos Portugueses, reduzindo-lhes a possibilidade por várias vias,  o acesso à saúde e destruindo ou deixando destruir o que resta do nosso tecido empresarial.
Fui ouvido aos poucos (não falhou muito) mas pareceu-me que não ouvi aquilo que me parece ser um desejo nacional. Há que pôr termo a isto e só há uma forma. Exigir a demissão deste governo e criar alternativas. Sim credíveis, que passam inevitavelmente por entendimentos à esquerda para tornarem isso possível.

Interrogo-me? Será que apesar das críticas contundentes, das excelentes e bem fundamentadas intervenções, haverá nas oligarquias partidárias um real interesse em que isso venha a acontecer? Ou na ânsia de ganhar terreno haverá no subconsciente das cúpulas a ideia do quanto pior melhor e até lá mostrar que se tem razão, mas sem consequências de imediato que quanto a mim é uma urgência nacional.

No fundo por enquanto os ordenados dos deputados, as subvenções aos partidos políticos, mais os part times nas universidades, escritórios de advogados empresas de consultadoria, etc… etc… ainda não estão ameaçados.

Entretanto quem não tem nada disso e está a perder quase tudo, é o Mexilhão que é sempre quem se lixa !

"É só Fumaça"

Cá por mim Avançava era com uma manifestaçãozita e era ver o homem de tão acagaçado (ou encavacado) que anda, fugir a sete pés e só parar na quinta da Coelha, ai era era!

Vá Vá

terça-feira, 6 de março de 2012

À pois é!

Troika preocupada com ausência de sinais de retoma.

A ausência de sinais de crescimento económico futuro e a deterioração da situação orçamental em Espanha são as principais preocupações da troika face a Portugal, após a terceira revisão ao programa de assistência financeiro nacional, que terminou na passada segunda-feira.Ver mais

sexta-feira, 2 de março de 2012

Pedro Barroso - Dá-me uma gota de ti.


Há que lhe chame o ultimo dos "trovadores" epiteto com que concordo.
Ao seu ultimo trabalho editado em cd e livro deu o nome de "cantos da paixão e da revolta".
Um titulo que caracteriza o percurso musical do Pedro Barroso. Tanto canta belos textos de paixão como da sua poderosa voz saiem sentimentos de revolta. Um Cantautor e um Homem inteiro.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Um dia de inspecção ao canal da M (não, não é o da Mancha)

Avesso a passar a vida a fazer exames, análises contra análises e mais uma panóplia de itens relacionados com a medicina preventiva, lá vou cedendo às exigências do meu médico de família e contrariado lá vou aceitando à 2 ª ou 3ª vez as suas recomendações. Pronto hoje foi dia de inspeccionar o tubo de escape, pois há muito que os Km percorridos aconselhavam a referida.
Pronto. Apesar de utilizar um portátil ainda não cheguei ao ponto de o levar para a divisão da casa onde passei a maior parte do tempo de hoje, especialmente até às 13 horas, tempo necessário para fazer a necessária ”descarbonização “ para pôr a chapa à vista para devidamente ser inspeccionada.

Aos bochechos como é meu hábito na participação por aqui, também hoje fui dando umas espreitadelas. Na bloga e também, nas noticias disponíveis online. Talvez convertido inconscientemente a uma qualquer crendíce que está para nascer, busco algures uma boa notícia. Mas caramba ainda está para nascer a dita.
Só duma penada encontro o número de desempregados a crescer para uma percentagem inimaginável há poucos meses atrás. Um número record de falências no Mês de Janeiro comparativamente ao ano anterior. O número de licenciados que emigraram crescer na casa dos 50% relativo ao ano anterior.
Pronto isto são as notícias que me chamaram a atenção o resto são minudências a que já nos habituámos.

Agora uma das noticias que já vem de ontem e que pelos vistos não fez lá grande mossa na nossa já predisposição para “aceitar” tudo, é aquela "estória" da  mais  que conhecida corrupção dos laboratórios farmacêuticos aos médicos que prescrevem certos medicamentos à custa de umas comissõezitas, só ser válida para os médicos 100% dedicados ao serviço nacional de saúde. Que grande estória… espero pelos devidos esclarecimentos. No mínimo saber se aquelas notas por baixo da mesa (fora o resto, sobejamente conhecido) têm quitação em termos de recibo?