A fábrica das tradicionais amêndoas de Portalegre vai
reabrir em 2012, quatro anos após ter sido encerrada pela Autoridade de
Segurança Alimentar e Económica (ASAE), disse hoje à agência Lusa um dos
proprietários da unidade fabril.
Era o tamanho e o feitio do Pepino a circunferência do tomate
o parafuso que não era de inox a casa de banho que não tinha as dimensões
entendidas mais a salsinha e o presunto que não tinham o fabrico conforme, mais o café que só tinha um WC, mais
uma infinidades de pormenores que fizeram com que umas centenas de empresas de
maior ou menor dimensão encerrassem portas durante os últimos anos. Se houve
algumas que não encerraram de imediato sujeitando-se a acatar os “cadernos de
encargos” deixados pela famigerada ASAE, o que levou a que muitas assumissem
encargos que se tornaram incomportáveis e também essas não morreram do mal, mas
têm vindo a morrer da cura.
Entretanto quantos dos nossos produtos tradicionais deixaram
de estar no mercado?
Naturalmente que algumas das acções de fiscalização efectuadas
foram positivas e obrigaram as empresas a ser muito mais cautelosas nos
cumprimento das regras de higiene e segurança, criando uma maior confiança no
consumidor, mas se a fiscalização foi e é orientada para as empresas
devidamente legalizadas, continuam a proliferar outras que clandestinamente operam
no mercado fazendo concorrência desleal às que cumprem os requisitos mínimos e
pagam os seus impostos, muitas delas no sector alimentar. Deixo para outra
ocasião a questão das importações.
Felizmente que ainda há quem (apesar de 4 anos de
inactividade) consiga voltar ao mercado com um produto tradicional como refere
a notícia cujo link deixei acima. Ainda bem.
7 comentários:
E estamos todos de parabéns porque ainda há quem não baixe os braços neste País!
E logo eu que sou 'doidinha' por amêndoas!
Beijo
Apoiado! Aquilo que penso da ASAE daria para escrever um livro de 500 páginas com todo o calão possível que se possa imaginar e que faria corar de vergonha certas pessoas como por exemplo... o Quim Barreiros. eheh :)
Mas os nossos governantes é que foram burros, muitos países como a Itália defenderam os seus produtos tradicionais e os métodos de produção artesanal, não era preciso inox e afins... nós temos tido gente incompetente e que andaram a defender os seus tachos e não o país...
Quanto à ASAE... é melhor nem acrescentar nada...
Bjos
Nem tudo foram erros grosseiros, mas anda assim houve muitos.
Para uma boa higiene todos os esforços são positivos.
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Por essas e por outras é que a nossa agricultura e o nosso comércio estão como estão. Cometeram-se tantos exageros à conta das normas da CEE!
Boa sorte para os produtores comerciantes das ditas amêndoas.
Lembro-me perfeitamente do encerramento da fábrica, mas não imaginava que já tivessem passado quatro anos!
espero que agora as coisas voltem a correr bem.
Entretanto, tenho o prazer de o convidar a passar pelo meu novo blog ( só de crónicas) que abriu oficialmente hoje, mas só entrará em velocidade de cruzeiro a partir de domingo. Até lá, as entradas são gratuitas :-))
Abraço ( e pode levar a Adélia...)
E que saborosas são!!!
Fechou numa altura muito má para mim. Grávida do D. um dia desejei as famosas amêndoas e não havia em lado nenhum. A sorte foi ter uma avózinha que guarda tudo e lá havia meio esquecido um pacotinho já aberto, com umas amêdoas "duras que nem cornos" mas que deram para matar o desejo, eheheh.
Este post fez-me lembrar o meu serviço. Por causa da Certificação, temos todos os anos uma Auditoria Interna, uma Auditoria Externa e a Inspecção da Autoridade para o Sangue, e cada vez que vêm encontram sempre algo em que pegar. Nunca está tudo a 99%.
Beijinhos
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