Comemoram-se amanhã 78 anos da revolta dos vidreiros da Marinha Grande. Digo dos vidreiros da Marinha Grande porque o movimento que era para ser nacional só aqui atingiu proporções significativas.
Num vídeo que publicarei às primeiras horas de amanhã haverá uma síntese daquilo que foi esta acção que ficou como uma das grandes acções contra o totalitarismo fascista na primeira metade do século Vinte.
Creio que pouca gente da minha geração não teve um familiar envolvido. Pouca gente da minha geração não teve algum familiar que não passasse pelos carceres fascistas. Pouco gente da minha geração não se curva perante a memória daqueles homens, que arriscando tudo, vários deles a própria vida disseram não ao fascismo e embora apenas por algumas horas, tomaram conta da sua terra barricando-se, sendo vencidos só pela força das armas das forças repressivas.
Comemoraram-se recentemente outras acções que durante os negros 48 anos de fascismo, o procuram derrubar. Só em Abril de 1974 esse objectivo foi conseguido.
Quantas vidas isso custou? Quantos anos de prisão e tortura, de clandestinidade, de exílio forçado muitos dos nossos compatriotas sofreram.
A liberdade teve um preço e se não "pagámos" directamente honremos aqueles que tanto para ela contribuíram.
“Não deixemos apagar a memória!
5 comentários:
Cá vou ficar à espera do video.
Agora, ponha o despertador mais cedo que às 8:30 estou a dar a primeira aula.
Beijo
Honrremos e saibamos no momento dificil que vivemos estar à altura desses homens e mulheres que assinalaram na história do movimento operário um momento glorioso contra a besta fascista que esmagava os mais elementares direitos do povo.
Quando assistimos hoje a tiques ditaturiais e à negação das conquistas do 25 de Abril,temos de estar alerta e dizer 25 de Abril sempre fascismo nunca mais...
“Não deixemos apagar a memória!"
E principalmente meu amigo, não deixemos que nos apaguem a capacidade de o lembrar.
Aguardo o vídeo.
beijinhos
Já me deixaste "com a pulga atrás da orelha"...
Estou curiosa para ver esse vídeo.
Até amanhã,
beijinho
Caro Rodrigo,
Um grande abraço pela tua evocação da revolta dos operários em luta conta a dutadura fascista,em 18 de Janeiro de 1934.
Que a memória nunca apague a luta dos bravos de Janeiro de 34 e de que tu foste um dos herdeiros e continuadores.
Osvaldo Castro
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