Há muitos anos vi um filme de que não registei o nome, os actores, o realizador ou mesmo a época em que era passado. Aliás o que aconteceu a muitos dos filmes que vi.
Mas há algum tempo que este filme em particular me vem à memória. Naturalmente que isto acontece por razões que me tocam (lá estou a olhar para o umbigo) mas penso que não é só a mim.
Esse filme retractava um dos períodos em que havia uma grande epidemia de Lepra que dizimou milhões de pessoas em todo o mundo, embora estivesse mais localizado em determinadas zonas do globo.
Recordo que uma das grandes preocupações dos efectivamente contaminados era o de se esconderem para não serem enviados à força para os campos de leprosos, onde a única certeza era a morte.
Mas havia um outro problema. A paranóia sobre o efeito de contágio era tal, que quem tivesse uma simples borbulha visível também tinha que se esconder para que não lhe fosse diagnosticada essa terrível doença de que não padecia. Mas a delação, o diagnóstico improvisado das autoridades fazia com que gente saudável fosse enviada à força para os campos de leprosos, onde inevitavelmente a morte era o destino, porque o contágio os fazia inevitávelmente contrair aquela doença (naquele tempo mortal).
Fico por aqui.
3 comentários:
Assim tipo caça às bruxas, não é, amigo folha seca? Há sempre quem o faça em todas as épocas: numas mais fortemente do que noutras, porém! (Não sei porquê, fez-me lembrar a PIDE!)
Abraço.
A metáfora está perfeita...
Nem é preciso mais, Rodrigo.
Como dizia o Vasco Santa n'O Pátio das Cantigas - Compreendido!!
Aquele abraço e bfds
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