Esta coisa de querer escrever sobre tudo e mais alguma coisa, quando o nosso conhecimento tem sérias limitações, complica o resultado final.
Claro que está ao nosso alcance através de umas buscas na internet falar do Sº Martinho como se fosse uma figura dos nossos tempos.
No meu caso o que me apetece dizer é que o nome deste Santo não representa muito mais do que comer castanhas e beber água – pé. No que toca a castanhas penso que é um “fruto” sobejamente conhecido nacionalmente. A água – pé, não sei se assim será. Eu explico: trata-se de uma lavagem final dos lagares onde foram exprimidas as uvas e que depois de uma fermentação se traduz num vinho suave de baixo grau, que como se diz, precisa de ser cozido pelo frio. Claro, as minhas experiencias levaram-me a preferir o vinho tinto, pois ao longo da vida umas ”chatas” e incómodas diarreias levaram-me a preferir o produto final e a deixar-me de imitações. Embora reconheça que por estas bandas a água – pé, é um produtos muito apreciado. Não faz parte é, a haver à disposição durante o ano inteiro como já acontece, mas como a tradição já não é o que era. Paciência. Até há aquela estória que “até de uvas se faz vinho”.
Mas preocupado, preocupado, estou com aquela coisa aprovada ontem na Assembleia da Republica. Vai haver castanhada da grossa. Mas como à partida parece que este não foi um bom ano de produção de castanhas, a maior parte vai ficar com os “ouriços cheios de espinhos e o miolo fica para os do costume.
9 comentários:
Olá Rodrigo
Dormi e acordei. Aproveito para fazer uma viagem rápida pelos blogues que me vão surgindo.
Gosto das castanhas e do calor da fogueira. Será uma festa familiar e talvez uma oportunidade de convívio com os amigos ou até na escola.
Estas tradições devem manter-se.
Rodrigo: Depois da sua lição de como fazer uma boa água-pé, sem meter o dito pelo cujo, é bom saber que ainda há alguém que se preocupa (e cultiva) o seu relacionamento com as pessoas.
É essa, quanto a mim a atitude certa: fazer o que estiver ao nosso alcance para que quem está próximo de nós viva melhor...
...seja a pintar, a escrever, a falar, a partilhar o que se tem...
Pode ser castanhada!
Abraço,
António
Gostei, Rodrigo. OBrigado!
... e já agora: Bom S.Martinho (o tal que dividiu a sua capa com um pobre para atenuar o frio gelado da noite, instituindo no imaginário religioso popular a igualdade solidária indispensável aos rigores das invernias).
Um abraço.
Olá Rodrigo!
Eu adoro castanhas mas este ano ainda não consegui comer castanhas de jeito. Já comprei em vários sítios e não são grande coisa. Parece que o Sol prolongado teve influência na pouca qualidade.
abraço.
Boa castanhada
antes que se acabe
Bem precisávamos de arranjar coragem para dar castanhada nestes fulanos que nos sugam até a alma!
O ano passado, escrevi algo que até parece ter sido escrito para lhe comentar, hoje, aqui:
"Conta uma (outra) lenda
(que agora mesmo inventei)
que foi neste dia feita rica oferenda,
a Baco, Deus verdadeiro.
(como verdadeiros são todos os deuses)
A oferenda reunia um vinho divinal
e um cesto de bela , doce e quente fruta.
Tomou o gosto ao vinho
e procurou, procurou, procurou...
Não encontrou,
no meio de tanta fruta,
que desgraça tamanha,
nem um única castanha!
Ia morrendo de raiva, de ira, de susto!
E por ter tão fraco magusto
decretou que ninguem mais nesta data
bebesse vinho, nem bom nem mau,
nem sequer surrapa.
Seus súbditos e outros seguidores da fé
tementes a Baco, inventaram bebida estranha
que dá pelo nome: "Água-pé"
Pensava que eu era a única vítima da água pé, bebida que deiei de consumir pelas mesmas razões, Rodrigo.
Quanto àquela coisa de ontem na AR,não me parece que venha a dar castanhada, mas pelo menos serviu para mostrar a faceta de palhaço do Seguro.
Bom domingo
Rodrigo
Deixo um beijo. Vou parar por uns tempos.
Obrigada pelas palavras reconfortantes.
Beijo
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