Lembro-me de uma “estória”, presumo que de um livro de leitura da primária: Um pai e alguns filhos viviam numa grande pobreza. De tempos a tempos os vizinhos ouviam um grande alarido à volta da divisão de um carneiro que supostamente estariam a comer. Intrigados os vizinhos tiraram a limpo. Como podia aquele pobretanas regularmente arranjar um Carneiro para cozinhar? Conclusão. À falta de comida o Pai prometia aos filhos que um dia destes (que nunca mais chegava) iam comer um carneiro inteiro. O alarido não era mais do que a distribuição antecipada das partes mais suculentas do bicho. Era tudo imaginação. Creio que a consoada para muita e muita gente vai ser assim: imaginação Abraços
Gostei. Mas para simbolizar melhor a quadra, sugiro que junte ao postal o burrinho que somos todos nós, já sem fulgor para aquecer o menino, a vaca escanzelada pela ordenha e porque a concorrência dos comilões não a deixa chegar à manjedoura, e a troika dos reis magos, que em vez dos presentes da lenda, já sacaram o ouro, afinal emprestado a juros de usurário, e exigem de volta o incenso e mirra. Ah, e podia acrescentar o anjinho feliz do Bagão, com a trombeta, cantando em tom comovente que afinal, não havia necessidade de nos roubarem metade do bacalhau e das couves.
Caro Rodrigo Diz a nossa amiga Fê que isto é um pesadelo! E é...! E outros nos esperam. Estão ali, em fila, para nos atormentar. Fala o amigo Rogério na antecipação do Natal para 25 de Novembro. Só de pensar na data sinto arrepios... 25 de Novembro de 75 está-me bem gravado na memória. Andei uma semana escondido, mas isso é outra história... Olho para a imagem, que postou, e dificilmente consigo reter o vómito! Sabe, meu caro Rodrigo, o que me confrange é constatar que continuamos a ser um povo de fala mansa... De qualquer modo, apesar de tudo, penso que gente como nós, militantes da resistência, passarão por este Natal vivendo-o. Vivendo-o sem que a escuridão dele se apodere. Haveremos de saltar os muros e chegar a campo livre. Obrigado pelos votos que formula. O mesmo lhe desejo. Um abraço
Rodrigo, Sobre a sua história: e a discussão que os filhos tiveram quando um deles disse que não iria deixar o outro mmolhar o pão no molho? Até que o pai os aquietou: "Jaquim, deixa o teu irmão molhar o pão no molho!"
16 comentários:
Só trocava o cenário bíblico por algo mais demoníaco. :)
Com amigos assim quem é que precisa de inimigos, Folha Seca?
:(
Que olhares enternecidos da "Nossa Senhora dos Passos" e do "São José da Silva" eheheheheheh
O Menino Jesus está um susto!
Um grande bj
Meu amigo isto não é um Feliz Natal é um pesadelo de Natal :)
Beijinhos
Acha, caro Folha Seca, que os seus amigos merecem isso?! ehehehehe!!!
Razão tem o Observador! :)
Parece-me que esta Maria e este José estão em vias de divórcio, Rodrigo.
Agora o menino Jesus, claro que continuará a ser tratado com mil cidados.
Rodrigo
Amigo
Boa
Genial
Festejemos
em 25 de Novembro
este Natal
Um mês cortado
Mês poupado
(a imagem está um espanto...)
...e ilustra bem a situação política deste miserável país....hhahahha...(sei que não é para rir, mas não consegui evitar!)
Abraço.
BS
Já conhecia.
Mas dá sempre para rir.
Um abraço, Rodrigo
Minhas caras e meus caros
Lembro-me de uma “estória”, presumo que de um livro de leitura da primária:
Um pai e alguns filhos viviam numa grande pobreza. De tempos a tempos os vizinhos ouviam um grande alarido à volta da divisão de um carneiro que supostamente estariam a comer. Intrigados os vizinhos tiraram a limpo. Como podia aquele pobretanas regularmente arranjar um Carneiro para cozinhar? Conclusão. À falta de comida o Pai prometia aos filhos que um dia destes (que nunca mais chegava) iam comer um carneiro inteiro. O alarido não era mais do que a distribuição antecipada das partes mais suculentas do bicho. Era tudo imaginação.
Creio que a consoada para muita e muita gente vai ser assim: imaginação
Abraços
Gostei. Mas para simbolizar melhor a quadra, sugiro que junte ao postal o burrinho que somos todos nós, já sem fulgor para aquecer o menino, a vaca escanzelada pela ordenha e porque a concorrência dos comilões não a deixa chegar à manjedoura, e a troika dos reis magos, que em vez dos presentes da lenda, já sacaram o ouro, afinal emprestado a juros de usurário, e exigem de volta o incenso e mirra.
Ah, e podia acrescentar o anjinho feliz do Bagão, com a trombeta, cantando em tom comovente que afinal, não havia necessidade de nos roubarem metade do bacalhau e das couves.
Caro Rodrigo
Diz a nossa amiga Fê que isto é um pesadelo!
E é...!
E outros nos esperam. Estão ali, em fila, para nos atormentar.
Fala o amigo Rogério na antecipação do Natal para 25 de Novembro. Só de pensar na data sinto arrepios...
25 de Novembro de 75 está-me bem gravado na memória. Andei uma semana escondido, mas isso é outra história...
Olho para a imagem, que postou, e dificilmente consigo reter o vómito!
Sabe, meu caro Rodrigo, o que me confrange é constatar que continuamos a ser um povo de fala mansa...
De qualquer modo, apesar de tudo, penso que gente como nós, militantes da resistência, passarão por este Natal vivendo-o. Vivendo-o sem que a escuridão dele se apodere. Haveremos de saltar os muros e chegar a campo livre.
Obrigado pelos votos que formula. O mesmo lhe desejo.
Um abraço
Rodrigo,
Sobre a sua história: e a discussão que os filhos tiveram quando um deles disse que não iria deixar o outro mmolhar o pão no molho?
Até que o pai os aquietou:
"Jaquim, deixa o teu irmão molhar o pão no molho!"
Essa adoração da imagem eu dispenso!
Um abraço.
Janita
Que "sagrada família"! :-((
Linda Quadro cheio de amor e ternura, assim deveria ser na realidade o Natal dos portugueses.
Abraço amigo
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