Quando o sol chegou aos subúrbios da cidade
Anunciando mais um dia igual aos outros
Ele acordou e pressentiu
Que hoje o seu dia ia ser diferente
Sentiu nos lábios o sabor
Dum sorriso finalmente triunfante
Escorregou da cama
E contemplou o espelho sorridente
Acabou-se a incerteza dos seus passos em volta
De um sentido que ele nunca encontrou
Pela primeira vez tinha o destino nas mãos
Desta vez ele não duvidou
Sentiu-se invadir por uma estranha lucidez
Que o conduzia pelas calhas do passado
Serenamente descobriu
Que afinal tudo tinha o seu sentido
Levou o olhar á janela
Lá em baixo a rua estava abandonada
Levantou o fecho
E de repente alcançou a liberdade
Acabou-se a angústia dos seus passos em volta
Dum amor com que ele apenas sonhou
Pela primeira vez tinha o futuro nas mãos
Abriu a janela e voou
2 comentários:
Depois do ruído da luta
na rua
a voz de Jorge Palma
e a dança
também ela calma
retempera
a alma
aprontando-a para voltar
dia 19
Caro Rogério
Palpita-me que no dia 19 já não há governo que valha a pena tentar pôr na linha...
Hoje foram os que que estão à rasca (apesar de muitos, foi só uma pequena parte)
Segunda Feira vão ser os camionistas que tambem estão à rasca com preço do gasoil e por aí fora.
Sábias as palavras do Professor de Boliqueime. Vai mesmo haver um sobressalto civico.
Abraço
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