Do álbum "Gente de Aqui e de Agora" (1971).
Poema de Manuel Alegre.
Música de José Niza; orquestração de José Calvário.
E ALEGRE SE FEZ TRISTE
Aquela clara madrugada que
viu lágrimas correrem no teu rosto
e alegre se fez triste como
chuva que viesse em pleno Agosto.
Ela só viu meus dedos nos teus dedos
meu nome no teu nome. E demorados
viu nossos olhos juntos nos segredos
que em silêncio dissemos separados.
A clara madrugada em que parti.
Só ela viu teu rosto olhando a estrada
por onde um automóvel se afastava.
E viu que a pátria estava toda em ti.
E ouviu dizer adeus: essa palavra
que fez tão triste a clara madrugada.
6 comentários:
A partida sempre é triste.
Um grande bj
Meu amigo,infelizmente esta imagem de despedida, está-se a repetir de novo por cada canto da nossa pátria.
Que saudades do tempo em que vibrava com estas canções.
beijinhos
Um adeus que dói, mais do que outros adeuses porque injusto e indesejado.
Infelizmente a partida ( ainda que não esta, mas outra igualmente dolorosa) volta a ser uma realidade em muitas famílias portuguesas.
Adriano Correia de Oliveira uma referência, sempre.
L.B.
Triste também estou por me terem roubado a alegria...
Em 1971 as madrugadas ram todas tristes e aprendemos a dizer adeus com os dedos.
O olhar contava segredos.
Obrigado pela ajuda e comentários.
Ainda exise algumas coisa que não ficou bem.
Não consigo deixar um comentário em todos os blogues.
Este poema do Alegre é de uma beleza tocante, Rodrigo.
Abraço
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