Bem. Ficava mal não dizer nada sobre o natal. Mas como não tenho grande jeito para isso mais uma vez recorro a um dos meu cantores preferidos e roubo-lhe a mensagem.
Boas festas (ou as possíveis) para todos os amig(a)os!
quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
Vemos, ouvimos e lemos (outra vez).
Dado que a minha terra foi hoje notícia por bons motivos ou seja vai acolher (ou já acolheu) um casal de refugiados, decidi escrever algumas palavras a este respeito.
Deixo para os especialistas o fundo da questão. Ou seja a razão desta grande leva de seres humanos a fugirem dos seus Países de origem e a procurar desesperadamente uma nova oportunidade de viverem em paz num qualquer lugar do mundo.
Não desconheço a existência de muitos (mesmo muitos) conterrâneos nossos que vivem miseravelmente, sem um lugar digno para habitar e uma alimentação condigna para si os seus. Não deixo de também temer que esta leva de refugiados possa servir de barriga de aluguer a alguns infiltrados com intuitos assassinos.
Mas será que devíamos olhar e assobiar para o lado perante esta catástrofe humanitária que só perante uma desumana insensibilidade a ela podíamos ser alheios? Não claro que não! Será que devemos abdicar de exigir que as instituições e poderes instituídos resolvam os problemas existentes em relação aos Portugueses em situações complicadas, claro que não! Será que não devemos exigir que as forças policiais, estejam atentas a eventuais infiltrações de gente com intuitos malévolos, claro que sim!
Muito podia ser dito e certamente que é um assunto que infelizmente está longe de terminado. Deixo-vos aqui uma canção “velha” mas que lamentavelmente se mantém actual.
Deixo para os especialistas o fundo da questão. Ou seja a razão desta grande leva de seres humanos a fugirem dos seus Países de origem e a procurar desesperadamente uma nova oportunidade de viverem em paz num qualquer lugar do mundo.
Não desconheço a existência de muitos (mesmo muitos) conterrâneos nossos que vivem miseravelmente, sem um lugar digno para habitar e uma alimentação condigna para si os seus. Não deixo de também temer que esta leva de refugiados possa servir de barriga de aluguer a alguns infiltrados com intuitos assassinos.
Mas será que devíamos olhar e assobiar para o lado perante esta catástrofe humanitária que só perante uma desumana insensibilidade a ela podíamos ser alheios? Não claro que não! Será que devemos abdicar de exigir que as instituições e poderes instituídos resolvam os problemas existentes em relação aos Portugueses em situações complicadas, claro que não! Será que não devemos exigir que as forças policiais, estejam atentas a eventuais infiltrações de gente com intuitos malévolos, claro que sim!
Muito podia ser dito e certamente que é um assunto que infelizmente está longe de terminado. Deixo-vos aqui uma canção “velha” mas que lamentavelmente se mantém actual.
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
Contra ventos e Marés (2)
Creio que discutir a legitimidade do governo hoje (ontem) empossado já não é mais do que discutir o sexo dos anjos. Compreendo que algumas amigas e amigos bem-intencionados, possam ter algumas dúvidas, tendo em conta a tradição. Ou seja parece que o “normal” é que o partido mais votado indique o primeiro-ministro e o governo empossado passe ou não na A. Republica. Desta vez não passou e o assunto está mais que esmiuçado.
Escrevo estas linhas num dia em que toda a gente opina, não para explicar o que quer que seja, mas somente para manifestar algumas preocupações.
Tal como centenas de milhares de Portugueses (em directo ou em diferido) ouvi as intervenções do presidente da Republica (o empossante) e a do Primeiro Ministro (o empossado). Se do primeiro ressaltou a contrariedade e a ameaça de que ainda era ele que mandava, do segundo a segurança e a demonstração de que este País tem futuro.
Andando por aqui e ali chego a esta hora da noite com uma preocupação: A direita, tudo vai fazer para criar o máximo de dificuldades a uma transição normal. As esquerdas parecem-me demasiado quietas e caladas. Não estamos em tempo de ver como é. Ou estamos com a opção tomada e trabalhamos e lutamos para que tenha êxito ou a oportunidade de uma viragem à esquerda de um sonho de décadas e agora possível, pode vir a tornar-se um pesadelo.
Amigos, camaradas e companheiros, do BE, PCP e PS. Não nos distraiamos!
P.S: Naturalmente que este apelo é também dirigido aos independentes de esquerda (onde me íntegro).
terça-feira, 24 de novembro de 2015
Contra ventos e Marés.
Passaram 2 anos e alguns meses. Numa noite bastante triste
dirigi a palavra a António Costa pela primeira vez. Estávamos no velório de
Osvaldo Castro. Pedi ao Dr. Álvaro Pereira, presidente da Camara da Marinha
Grande que me apresentasse o seu colega de Lisboa. Foi pouco o que lhe disse e
a resposta viria uns tempos depois. Fui certamente dos inúmeros Portugueses com
alguma simpatia pelo PS que deu um pequeno empurrão para que Costa viesse a
assumir a liderança do seu partido.
Na véspera do 40º aniversário de um dia que dividiu dramaticamente
os Portugueses Um secretário-geral do PS é indigitado (ou indicado) Primeiro-ministro.
Nestes 40 anos, isso aconteceu diversas vezes, mas nunca com um apoio claro e inequívoco
duma maioria parlamentar de esquerda.
Não sou dos que pensa que está tudo resolvido. Este País foi
demasiado maltratado nestes últimos 4 anos. As mazelas vão demorar o seu tempo
a tratar. Muito do que se perdeu é irrecuperável, mas sou dos que pensa que
contra ventos e marés, um bom timoneiro é a condição principal para chegar a
bom porto. Eu acredito!
sexta-feira, 30 de outubro de 2015
Desabafos.
Ouvi com a devida atenção as discursatas da tomada de posse
do governo hoje empossado.
Talvez devesse, pelos “azares” que me aconteceram nestes últimos quatro
anos, reagir com a indiferença, com que quase metade dos portugueses (com
capacidade eleitoral) fazem.
É frequente ouvir por aí manifestações do estilo, de: “não
quero saber disso, são todos iguais” e por aí fora.
Talvez, porque me roubaram tudo de material que tinha, fruto
do trabalho de 48 anos, não me conseguiram roubar a minha dignidade e
cidadania. Nunca me calei e creio que só o farei quando perder o pio.
Naturalmente que também eu sou um “revoltado”. Também eu
chamo nomes feios à cambada que conduziu centenas de milhares de Portugueses a
situações completamente irreversíveis. Sim porque mesmo que se concretize uma
alteração significativa no caminho a percorrer nos próximos tempos, não tenho dúvidas
da irreversibilidade de muitas e muitas situações.
Quem ouviu as discursatas de hoje e tenha um conhecimento mínimo
da realidade deste País que dá pelo nome de Portugal, não pode ter deixado de
sentir que não era deste mesmo País que se falava em relação aos “sucessos
alcançados”. As centenas de milhares de Portugueses que partiram, as dezenas de
milhares de pequenos empresários atirados para a insolvência, as dezenas de
milhares de suicidas, as centenas de milhares de desempregados que aí continuam
e cujas estatísticas têm sido manobradas para que percentualmente tenham
descido e mais um rol de patifarias de difícil descrição que só por cegueira “ainda”
convencem os incautos.
Espero que alguns sinais à vista se concretizem e que o orgulho
de ser Português renasça em muitos de nós.
quarta-feira, 7 de outubro de 2015
É agora?
Consta que parte considerável dos incêndios que ano após ano
devastam grandes áreas do nosso património florestal e agrícola têm por trás
interesses económicos e outros inconfessáveis.
Para além dos pirómanos, há uma indústria que ganha (parece
que muito) com a desgraça alheia e a destruição irreparável de grande arte das
nossas riquezas e lança para a miséria os seus detentores que sobreviviam dos
meios assim destruídos.
Como os tempos de fogos, estão temporariamente afastados
certamente este tema não faz sentido ser agora referido.
Claro que a razão que me leva a escrever, não é o a da
introdução. Mas o da situação política actual e algumas das novidades.
Durante quatro longos anos estivemos a ver e a sofrer as
consequências duma política que dizimou grande parte dos nossos recursos
humanos e materiais. Esta destruição para muitas das centenas de milhares de
Portugueses é irreversível. As vidas, as empresas e famílias destruídas em
geral nada as faz voltar ao ponto de partida. Fica-nos a tristeza e a revolta e
àqueles que não desistiram, resta dar o seu contributo (mesmo que só opinativo)
para ajudar a estancar a hemorragia a que temos estado (e ainda estamos)
sujeitos.
terça-feira, 21 de julho de 2015
E vão 40 anos.
Neste dia de há 40 anos atrás o nosso País estava a ferro e
fogo. Ao serviço do meu partido de então, percorria com outros companheiros
parte do centro do País defendendo a então jovem democracia. Os assaltos aos
centros de trabalho e outras acções contra revolucionárias estavam no auge e
nós íamos respondendo chamados pelos foguetes do “Tóino Ganiço”
Numa dessas noites cheguei já de madrugada a casa com
intenção de dormir duas ou três horas, pois o trabalho na fábrica não esperava.
A Mãe já estava com contracções e claro que o caminho era a clinica da Marinha
Grande dirigida pelo (incompreensivelmente tão esquecido) Dr. Coelho dos Santos
(curiosamente o médico que assistiu ao meu nascimento, chamado de urgência,
pois a parteira não dava conta do recado). Desta vez o Dr. Coelho não se
atreveu a fazer mais do que sugerir a ida para o Hospital de Leiria, pois devia
vir a caminho um(a) jogador(a) de futebol, porque teimava em sair de pés para a
frente.
Já no hospital um telefonema (via Osvaldo Castro) ao Dr. Lourinho e acabou tudo
por correr bem. Nesse tempo só sabíamos o sexo após o parto e lá saiu uma fêmea.
Não foi nada difícil escolher o nome e lá lhe pusemos o nome de Catarina em
homenagem à heroína alentejana assassinada barbaramente pelo regime fascista.
Recordar 40 anos para quem tem a memoria a funcionar, daria
para escrever muito mais do que um post. Mas recordo a capacidade de lutar por
objectivos, mesmo quando tudo corre mal. Recordo que em face das fracas
condições financeiras, trabalhar de dia e estudar de noite foi a solução e
assim o 11º e 12º ano foram feitos em período pós laboral. Mais tarde também a
licenciatura em psicologia foi feita do mesmo modo. Mesmo quando há dois anos e
picos fomos atirados para uma situação muito complicada o mestrado foi feito
até ao fim (faltou a tese) e durante um ano lectivo com sérias dificuldades o
estágio no tribunal de Oliveira do Bairro, foi concluído.
Fico por aqui. Se por acaso leres isto, aqui ficam as minhas
desculpas.
Amo-te Catarina. Sou um Pai orgulhoso.
sábado, 4 de julho de 2015
Vinicius de Moraes - Dia da Criação (Porque hoje é sábado)
Porque amanhã é Domingo (há dias que podem abalar o mundo ou não).
quinta-feira, 28 de maio de 2015
Cidadania Republicana.
Chegam noticias que a candidatura cidadã Livre/tempo de avançar encerrou a recepção de candidaturas às 23,59h de ontem com 420 candidatos propostos cada um por 12 proponentes o que envolveu pelo menos 5040 cidadãos.
Numa altura em que se diz que há uma desmobilização e desinteresse pela "coisa" politica não deixa de ser um dado interessante e a carecer de uma análise séria.
Numa volta pelos candidatos, encontram-se para além de um conjunto muito diversificado de mulheres e homens jovens e outros mais velhos unidos na ideia de que "é tempo de avançar"
Desde a Ana Drago até ao José Manuel Tengarrinha, passando pelo Rui Pato. Há uma grande diversidade de gente da politica e da cidadania. Que se cuidem os que pensam que a Democracia lhes pertence por inteiro e que é refém das suas estruturas anquilosadas.
sábado, 16 de maio de 2015
Sábado à tarde (divagações).
Durante algum tempo era quase o dia em que não mandava para
aqui e ali uns palpites. Era tempo em que a disponibilidade rareava. Hoje, atirado
por várias razões para a inactividade vou lendo e “mastigando” tudo o que por
aí se vai dizendo e depois de tudo pouco resta a acrescentar.
Recordo o tempo em que uma bobine magnética ou uma cassete nos
chegava trazendo uma música, do Luís Cília, do José Mário Branco, do Zeca, do
Adriano, do José Jorge Letria e de alguns outros que cantavam coisas que nos proibiam
de ouvir mas que e por esse facto a apetência era ainda maior e a nossa irreverência
de jovens ávidos de fazer couro com as palavras cantadas que à “surraipa” bebíamos
e cujos meios de gravação e reprodução eram tão retrógrados que para além de
ter que perscrutar as entrelinhas ainda tínhamos que repetir a audição para
receber a mensagem no seu todo, isso “receber a mensagem”.
Recuso-me a fazer comparações entre a minha juventude e a
actual. As perspectivas de vida de uma e de outra têm diferenças abismais. Se
no primeiro caso havia uma sociedade a virar do avesso, no segundo, parte disso
foi sendo feito. Se no primeiro caso frequentar e concluir o simples ensino secundário
era uma raridade, no segundo não frequentar o universitário foi-se
transformando na excepção.
Ainda recordo a avidez com que terminei a minha quarta
classe (guardo o diploma) condição indispensável para poder trabalhar na
abundante oferta de empregos na indústria vidreira onde ingressei aos 10 anos. Estranho,
mas era encarado com a maior das normalidades.
Bem, este tema tem “pano para mangas” (que saudades do
João Gobern) mas como tudo o que escrevi nesta tentativa de post foi inspirada numa notícia que me levou a ouvir uma canção, fico por aqui deixando os respectivos
links, coisas de um Sábado à tarde.
quinta-feira, 14 de maio de 2015
Todos por si e nada pelos outros.
Li durante a manhã em qualquer lado que as próximas
legislativas vão ter um número recorde de partidos concorrentes, parece que se prevêem
24. Não tenho nada contra, a democracia isso permite. No entanto preocupo-me
com o resultado de toda esta caldeirada e sobretudo com a forma como se
escolhem os candidatos a deputados. Convidado acabei por entrar num processo em
que os candidatos não são escolhidos por uma qualquer cúpula instalada, mas por
um processo inovador e ao que julgo único relativo às próximas eleições.
sexta-feira, 24 de abril de 2015
De um dia para outro.
Há 41 anos exactamente neste dia e a esta hora (embora se
sentisse um leve cheiro no ar) era quase impossível imaginar que estávamos na véspera
de um dos acontecimentos mais marcantes do século XX. Era um jovem operário
vidreiro com 19 anos. A única perspectiva de vida existente, era a de ir daí a
algum tempo ir para a tropa e mais que certo ser enviado como carne para canhão
para uma das “províncias ultramarinas” combater numa guerra que sabia ser
injusta e sem sentido. A outra (em preparação) era dar o salto para França não
por cobardia mas por convicção. Enquanto por cá andasse ia dando o meu modesto
contributo no combate ao regime fascista que nos oprimia.
Mas de um dia para o outro tudo se alterou. As dúvidas
iniciais foram sendo esclarecidas o povo da grande Lisboa veio para a rua em
apoio dos corajosos militares e rapidamente aqui chegavam ecos de que desta vez
era a sério. O regime fascista foi derrubado.
Hoje 41 anos depois sabemos que nem tudo correu bem. Mais do
que historiar, sou dos que me interrogo dos porquês. Estamos longe da grande
capacidade de mobilização popular vista nesses tempos. A classe política actual
é olhada com desconfiança. Muitas das conquistas de então vão sendo roubadas.
Portugal de Abril já não é o País em construção a que muitos de nós aderimos entusiasticamente.
Que neste Abril saibamos erguer bem alto os nossos sonhos e continuar
a transmitir aos mais jovens que só com a luta e a participação cívica é possível
inverter o caminho e voltar a ter o direito ao sonho.
sábado, 4 de abril de 2015
Páscoa e bons "Padrinhos".
Em véspera do dia de Páscoa e como não tenho nem nunca tive
afilhados e os padrinhos já foram, dei comigo a pensar no significado desta
palavra “padrinho” sim porque madrinha é na nossa sociedade apenas o
prolongamento do dito padrinho.
Pelo que sei e nesta área é muito pouco, padrinho significa
uma espécie de segundo pai e consequentemente segunda mãe, ou seja em caso de
uma qualquer fatalidade e pela tradição católica (nem sei como é nas outras) os
padrinhos (e madrinhas) devem-se substituir aos pais (corrigiam-me por favor,
se não for assim).
Ora bem. Como não me perguntaram se queria ser baptizado e
em qual das religiões existentes à época, lá me lavaram a cabeça numa das pias
da igreja católica, não me lembro mas deve ter sido mais ou menos isto. Nem me lembro
sequer se barafustei, mas pelo que ainda hoje vejo, imagino que sim.
Mas esta conversa que não desata daqui tem outro objectivo,
falar (ou tentar falar sobre padrinhos). Acho que sempre ouvi a utilização da expressão
“padrinhos” muitas vezes relacionada com outros aspectos da vida que não o
sentido canónico/religioso, mas no que diz respeito à “sorte” na vida. Embora
me pareça que esteja um pouco em desuso esta expressão, ainda me lembro que por
estas bandas quem ascendia a um lugar um pouco mais elevado, era por ter um canudo
(coisa rara, noutro tempo) ou por ter um bom padrinho, para conseguir um emprego
numa determinada empresa (independentemente do lugar, era precisa a cunha de um
padrinho) consta até que um tal de primeiro-ministro deste desgraçado País, só
lá chegou graças ao seu “padrinho” (um tal de Ângelo qualquer coisa).
Como dentro de alguns meses vamos eleger novamente uma
catrefada de deputados e nessa altura a Páscoa já lá vai, certamente que os “padrinhos”
vão continuar a ter a sua importância. Quatro anitos como deputado da Nação,
vale mais que um bom folar e é a esses “padrinhos “que há que tratar bem. Né!?
sábado, 21 de fevereiro de 2015
Hoje é Sábado (desabafos).
Podia ser outro dia qualquer da semana, pois quando se é
atirado para a inactividade, os dias da semana a pouco vão deixando de fazer sentido.
Cada dia é apenas mais um. A única diferença que no dia se altera trata-se de
ainda me poder dar ao luxo de neste dia da semana me juntar a um grupo de
amigos, numa colectividade popular e mandar a dieta às urtigas e comer um bom
cozido à portuguesa e pôr a escrita em dia (no que é possível).
Hoje a conversa descambou para um tema pouco habitual que apontava,
para a quem pertence o futuro? Aos espertos (incluindo os Chicos) ou aos inteligentes?
Na verdade e tendo em conta o conjunto de intervenientes não foi muito fácil concluir
o que para mim sempre foi óbvio. Não preciso de enumerar os dados que vão aparecendo
quase diariamente que mostram que neste Pais os espertos (e mais os Chicos) se
foram safando à grande. Uns já estão a pagar por isso, certamente outros virão
a pagar. Digo eu que acredito que a justiça é lenta mas funciona (graças a Deus,
digo eu que sou ateu).
Aos que vão gozando impunemente, privilégios, surripiados
aos incautos (que atiraram para a miséria) gozem, gozem pois, “chegará o dia
das surpresas”!
sábado, 31 de janeiro de 2015
Servir ou servirmo-nos?
Embora não me tenha apetecido muito escrever neste local nos últimos tempos, na
verdade não deixei de ser um cidadão atento ao que por aqui e ali se vai escrevendo. Na
verdade tudo o que podia dizer já o foi dito e não acho que tenha jeito para
dar a volta aos textos e por isso vou-me limitando a ler, aprovando ou deixando passar.
Retirado há largos anos da política activa (directa) nacional
e local nunca deixei de estar atento e intervir quando para isso o meu dever de
cidadania mo impõe.
Habituado desde muito cedo às referências de mulheres e homens
que deram o melhor de si próprios para que um dia pudéssemos usufruir do melhor
que a democracia conquistada naquela gloriosa madrugada de 25 de Abri de 1974,
é sobre a política local que hoje me apetece deixar umas notas de tristeza e
desalento.
Naqueles dias a seguintes em que a estrutura do estado
fascista ruíam, recordo que havia que substituir a estruturas autárquicas fascistas
por as que emanavam da nova ordem democrática não havia tempo para escolher
entre os oferecidos mas sim escolher entre os democratas com provas dadas para
preencher os lugares deixados vagos pelos serventuários do regime deposto
(muitos deles em fuga). Sem qualquer pesquisa e usando só a memória, recordo
infelizmente com saudade os primeiros homens (certamente que vão passar alguns)
que constituíram a 1ª comissão administrativa da camara municipal da Marinha
Grande. O Vareda Pedroso, o Barata, o José Bizarro (presumo quem também já o Emílio
Rato) e outros que neste exercício de memória não recordo e nem este texto tem
esse objectivo.
Poderia também incluir aqui, mas tornaria este post
demasiado longo, os grandes autarcas que a Marinha grande conheceu, eleitos nas
eleições que se seguiram.
Mas no fundo, no fundo o que me motiva a escrever estas
linhas é o facto de 40 anos depois de Abril, 40 anos depois de haver eleições
locais democráticas constatar que numa terra com as tradições que servem para
que esta terra se afirme no panorama nacional, como um exemplo no panorama do
poder local, deixou de o ser. Apesar de manter com todos os eleitos no
executivo municipal, amizades criadas ao longo do tempo e em determinadas circunstancias,
não posso deixar de transmitir uma sensação de tristeza e até uma certa
vergonha pela actual situação que bloqueia os interesses da minha terra.
Citei alguns nomes que deram muito ao poder local, podia
citar muitos outros nos tempos em que estar na política era para servir e não
para se servirem.
Nota: A foto ( retirada da net.) que uso para ilustrar este post está ligeiramente inclinada. Podia ter escolhido outra, entre muitas disponíveis, mas foi de propósito.
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