sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Voar!

Na minha participação na blogosfera recorro muito à música e aos vídeos, cujo conteúdo transmite as emoções e o estado de espírito do momento em que as público.

No último dia do ano é comum desejarmos aos amigos e familiares um bom ano.

Aos amigos que por aqui vamos fazendo e virtualmente conhecendo, quero deixar esse mesmo desejo.

Especialmente para aqueles, em que o próximo não augura muito de bom, quero deixar esta canção, escrita com base em factos reais, retratando a vida dum jovem deficiente que apesar da impossibilidade física não desistiu de sonhar.

Amigos e amigas. Sabemos que temos pela frente um ano onde as incertezas são mais que muitas.

Que isso não nos faça desistir de sonhar. Bom 2011.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Andar no Mundo por ver andar os outros. Ou?

Vivemos um período em que cada um dos nossos gestos está (a maior parte das vezes, sem o percebermos) condicionado, não àquilo que nos parece ser o mais certo, mas ao que as gigantescas campanhas de marketing que nos entram nos olhos e nos ouvidos, determinam.
Quando decidimos comprar um automóvel (e para isso temos possibilidades ou financiamento aprovado) não conseguimos fugir ao que a imprensa especializada diz. Quando decidimos comprar um fato para uma cerimónia especial para que fomos convidados não nos é fácil fugir também ao que os especialistas consideram o melhor, o mesmo para os sapatos, o relógio e provavelmente até na roupa interior, mais a gravata. Etc...Etc...

Provavelmente à partida quem ler este post, vai-me chamar qualquer coisa. Mas desafio, quem não se deixa influenciar por este tipo de comportamento algo generalizado, a dizer que não. Claro que eu sei que há. Mas serão certamente tão poucos, que dificilmente algum aqui vem parar. Até porque também a blogosfera é uma das modernices que anda por aí e quem a ela acede também já foi apanhado por umas das tais campanhas de marketing, aliás de resultados muito compensatórios para quem inventou esta e outras modernas formas de comunicar.
Esta conversa, que para post já tinha os caracteres suficientes para ser lido pelos passantes, mas eu dirijo-me também e especialmente aos visitantes. Tem como objectivo falar nas eleições presidências a realizar no próximo dia 23 de Janeiro.

Pelos vistos e a acreditar naquilo que também incluo numa das gigantescas campanhas de Marketing, ou seja as sondagens, ainda não se sabia quem eram os candidatos e aquele que já era o virtual vencedor, ainda não tinha  anunciado a sua candidatura, quando outras ainda nem sequer eram conhecidas e já as coisas estavam decididas. Há qualquer coisa que me parece viciada logo à partida. Será que um dia destes vamos conhecer um milionário vencedor de uma qualquer lotaria, antes de a roda girar? Que coisa é essa de uma (ou várias) empresas de sondagens conhecerem antecipadamente os resultados de uma eleição se os candidatos ainda não anunciaram a sua candidatura e outros ainda nem no assunto tinham pensado bem?
Pronto mais uma vez manifesto aqui o meu complexo de” Calimero”. Há 37 anos que sou eleitor e nunca me perguntaram nada, mesmo nada, nem para a junta de freguesia. Também nunca me saiu o Totoloto ou coisa parecida.

Todo este intróito para me fixar na ideia que perante as sondagens que por aí vão sendo produzidas, o caso está arrumado. Cavaco Silva é o vencedor das eleições Presidenciais de 2011.
Então e vale a pena estar para aqui a remar contra a maré? Eu que até não tenho qualquer responsabilidade, convenhamos que até que se tivesse “juizinho” estava calado. Não, não vou estar calado. Vou fazer o que estiver ao meu alcance para que esta sociedade que é o meu País não continue nesta letargia de serem uma máquinas pagas a preços de oiro a decidir qual é o sentido de voto dos Portugueses. Vou remar contra a maré, aliás, como fiz toda a vida. Sei que não estou só. Muitos Homens e Mulheres Independentes estão na mesma onda. Lamento só que muitos dos que deviam estar na linha da frente deste combate, por obrigação moral e política, estejam demasiado quietos e calados. Será para não fazer muitas ondas? Pronto eu sou daqueles que prefiro uma enxurrada a um charco estagnado.
E mais! Como diz o Povo. “Até ao lavar dos cestos, é vindima”.

Já Agora...

Como sei que rir (embora não resolva) faz bem e como não tenho grande jeito para escrever piadas socorro-me do Henricartoon, com a devida vénia. VER

No Melhor Pano...

Ainda nos lembramos da atitude "corajosa" e dos argumentos então invocados, de por ocasião da cimeira da Nato o Presidente da Câmara de Lisboa não ter permitido que os funcionários da respectiva Câmara gozassem a ponte decidida pelo Governo. Claro que o Dr. António Costa não deve ter ficado lá muito bem visto pelos respectivos funcionários, como tal há que limpar a imagem e aí vai um bónus extra.

Crise! Qual crise?

Por mim fazíamos todo como a Avestruz. Também acho que se não falarmos na dita ela passa (é como a dor de dentes, com umas fortes bagaçadas ficamos anestesiados e não damos por nada).

Ver as "sensatas" opiniões dos Dignissimos Presidentes da Republica Portuguesa e da Comissão Europeia

sábado, 25 de dezembro de 2010

Dia de Natal

clique no simbolo da esquerda (play) antes de ler o poema.
Hoje é dia de era bom.
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.

É dia de pensar nos outros— coitadinhos— nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.

Comove tanta fraternidade universal.
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse,
numa toada doce,
de violas e banjos,
Entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes,
a voz do locutor
anuncia o melhor dos detergentes.

De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu
e as vozes crescem num fervor patético.
(Vossa Excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu?
Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.)

Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.
Toda a gente se acotovela, se multiplica em gestos, esfuziante.
Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas
e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.

Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.

Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito,
ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.
É como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito,
como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.


A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra— louvado seja o Senhor!— o que nunca tinha pensado comprado.

Mas a maior felicidade é a da gente pequena.

Naquela véspera santa
a sua comoção é tanta, tanta, tanta,
que nem dorme serena.

Cada menino
abre um olhinho
na noite incerta
para ver se a aurora
já está desperta.

De manhãzinha,
salta da cama,
corre à cozinha
mesmo em pijama.

Ah!!!!!!!!!!
Na branda macieza
da matutina luz
aguarda-o a surpresa
do Menino Jesus.

Jesus
o doce Jesus,
o mesmo que nasceu na manjedoura,
veio pôr no sapatinho
do Pedrinho
uma metralhadora.

Que alegria
reinou naquela casa em todo o santo dia!
O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas,
fuzilava tudo com devastadoras rajadas
e obrigava as criadas
a caírem no chão como se fossem mortas:
Tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá.

Já está!
E fazia-as erguer para de novo matá-las.
E até mesmo a mamã e o sisudo papá
fingiam
que caíam
crivados de balas.

Dia de Confraternização Universal,
Dia de Amor, de Paz, de Felicidade,
de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal.
Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade.

Glória a Deus nas Alturas.

Poema de
António Gedeão
Musica de Zeca Afonso

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Boas Festas


Perdoem-me! Mas este post é dirigido à comissão de moradores do Largo das Calhandreiras, por me terem acolhido no seu seio, dando-me toda a liberdade de expressão. Um agradecimento muito especial por me terem aberto as portas para este mundo que é a blogosfera, que bem utilizado pode ser uma gigantesca porta aberta para o outro mundo e para a defesa das boas causas.
Abraço fraterno.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

domingo, 19 de dezembro de 2010

A Morte saíu à Rua...Num dia Assim...

Faz hoje 49 anos que o militante comunista José dias Coelho foi assassinado pela PIDE à queima-roupa em plena rua.
Quando hoje se questiona a legitimidade dos políticos e até a sua existência é bom lembrar que tal como os homens, os políticos não são todos iguais. Há políticos sérios e há políticos que se aproveitam por o serem, para servirem os seus interesses pessoais e de grupo. Durante a ditadura muitos homens deram o peito às balas para que a mesma ditadura fosse derrotada e a liberdade conquistada. Alguns desses continuam a lutar pela liberdade e a defender as conquistas de Abril. Nos tempos que correm, mais do que nunca, depois dessa madrugada libertadora é preciso juntar forças e cerrar fileiras pela defesa da constituição da Republica Portuguesa.

“Eram oito horas da noite, de 19 de Dezembro de 1961. José Dias Coelho, funcionário clandestino do PCP, seguia pela Rua dos Lusíadas. Cinco agentes da PIDE saltaram de um automóvel, perseguiram-no, cercaram-no e dispararam dois tiros. Um tiro à queima-roupa, em pleno peito, deitou-o por terra; o outro foi disparado com ele já no chão. Os assassinos meteram-no num carro e partiram a toda a velocidade. Só duas horas depois, quando estava a expirar, o entregaram no Hospital da CUF. «De todas as sementes deitadas à terra, é o sangue derramado pelos mártires que faz levantar as mais copiosas searas»: eis a legenda que José Dias Coelho dera à sua última gravura, criada um mês antes de ser assassinado, e representando o assassínio do operário Cândido Martins Capilé à frente de uma manifestação popular”

Lembremos hoje José dias Coelho, ouvindo outro homem grande, da resistência antifascista, na canção que lhe dedicou”
O assassinato levou o cantor Zeca Afonso a escrever e dedicar-lhe a música A morte saiu à rua.

Para ouvir clique no simblo da esquerda. Para visionar o video clique depois no da direita.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

É Preciso um País

A minha homengem a um homem bom, que "Foi"


Muito se podia dizer. Neste momento só me ocorre "descansa em paz, Carlos Pinto Coelho. Vamos sentir a tua falta. Aliás ja a sentiamos desde que te impediram de continuar um dos melhores programas de televisão destas bandas.
Até sempre.


PS: Para memória futura. João Gobern sobre Carlos Pinto Coelho. Aqui

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Um Poema de Natal

NATAL


Acontecia. No vento. Na chuva. Acontecia.
Era gente a correr pela música acima.


Uma onda uma festa. Palavras a saltar.
Eram carpas ou mãos. Um soluço uma rima.
Guitarras guitarras. Ou talvez mar.
E acontecia. No vento. Na chuva. Acontecia.


Na tua boca. No teu rosto. No teu corpo acontecia.
No teu ritmo nos teus ritos.
No teu sono nos teus gestos. (Liturgia liturgia).
Nos teus gritos. Nos teus olhos quase aflitos.
E nos silêncios infinitos. Na tua noite e no teu dia.
No teu sol acontecia.


Era um sopro. Era um salmo. (Nostalgia nostalgia).
Todo o tempo num só tempo: andamento
de poesia. Era um susto. Ou sobressalto. E acontecia.
Na cidade lavada pela chuva. Em cada curva
acontecia. E em cada acaso. Como um pouco de água turva
na cidade agitada pelo vento.


Natal Natal (diziam). E acontecia.
Como se fosse na palavra a rosa brava
acontecia. E era Dezembro que floria.
Era um vulcão. E no teu corpo a flor e a lava.
E era na lava a rosa e a palavra.
Todo o tempo num só tempo: nascimento de poesia.


Manuel Alegre

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Opções

Vivemos um período da nossa vida política em que optar é preciso. Um blogue serve para muita coisa. O “folha seca” não tem um guião. O seu dinamizador também não. Este espaço serve para tudo o que seja divulgar o que por aqui se vai fazendo de bem e naturalmente assume um papel de denúncia no que de mal se faz. O seu conteúdo exprime muito o estado de espírito do seu autor. Tanto sai um post cáustico como a publicação de uma bela melodia, um excelente poema ou uma bonita foto. Os gostos não se discutem, gosta-se ou não, ou gosta-se mais ou menos.

Parece-me que é altura de fazer opções. Muitos de nós que tivemos actividade política noutros tempos e deixámos a militância partidária, não devemos deixar de participar como Cidadãos, especialmente quando a isso somos chamados por imperativo de consciência.


Estamos a pouco mais de um Mês do dia das eleições presidenciais. Nesse dia os Portugueses elegem à primeira o actual Presidente Prof. Cavaco Silva, ou os resultados vão permitir uma segunda volta, onde Manuel Alegre sairá vitorioso, porque a maioria do eleitorado Português vota à esquerda. Ninguém certamente tem duvidas que Manuel Alegre é um homem de esquerda. Ninguém tem duvidas que os valores do 25 de Abril com ele em Belém serão defendidos.

Tal como há 5 Anos Manuel Alegre é o meu candidato. Por coerência vai ter um lugar de destaque a partir de hoje , neste blogue.

domingo, 12 de dezembro de 2010

É Domingo

Aos domingos as ruas estão desertas
e parecem mais largas.
Ausentaram-se os homens à procura
de outros novos cansaços que os descansem.
Seu livre arbítrio alegremente os força
a fazerem o mesmo que fizeram
os outros que foram fazer o que eles fazem.
E assim as ruas ficaram mais largas,
o ar mais limpo, o sol mais descoberto.

Ficaram os bêbados com mais espaço para trocarem as pernas
e espetarem o ventre e alargarem os braços
no amplexo de amor que só eles conhecem.
O olhar aberto às largas perspectivas
difunde-se e trespassa
os sucessivos, transparentes planos.

Um cão vadio sem pressas e sem medos
fareja o contentor tombado no passeio.

É domingo.
E aos domingos as árvores crescem na cidade,
e os pássaros, julgando-se no campo, desfazem-se a cantar empoleirados nelas.
Tudo volta ao princípio.

E ao princípio o lixo do contentor cheira ao estrume das vacas
e o asfalto da rua corre sem sobressaltos por entre as pedras
levando consigo a imagem das flores amarelas do tojo,
enquanto o transeunte,
no deslumbramento do encontro inesperado,
eleva a mão e acena
para o passeio fronteiro onde não vai ninguém.

António Gedeão, Novos Poemas Póstumos, 1990(in Poesia Completa, Lisboa, Edições João Sá da Costa, 2a. Ed., 1997, p. 188).

Aldrabas e Aldrabices

Nos tempos que correm vamos assistindo a alguma decadência no tecido comercial da nossa Cidade.
Ao dar-mos uma voltinha pelo nosso centro histórico e por cada uma das ruas que percorremos, recordamos lojas e estabelecimentos que, uns há muito, outros há menos tempo, já lá não estão.

Entretanto em qualquer um dos acessos à nossa terra, encontramos grandes “Magazans” onde não falta nada. Haja graveto claro.

No entanto, do chamado comércio tradicional algo vai sobrevivendo e é com pena que vimos um desses estabelecimentos encerrar. Assistimos nos últimos dias ao encerramento da loja das aldrabas ali num dos mais conhecidos “Largos”da nossa terra. Por redução de clientela e alguma falta de vontade de alguns dos sócios, as coisas foram ficando murchas e apesar da persistência de alguns dos que se foram mantendo firmemente ao balcão, abrindo sempre a horas e mantendo um sorriso cativante nos lábios ( prática imprescindível de qualquer comerciante que se preze) as coisas não corriam bem. Como tal e como aquela sociedade era composta por gente séria, já não havia mais do que fazer do que liquidar a sociedade, honrando todos os compromissos. Liquidadas as facturas aos fornecedores, a factura com o devido acerto com a baixa do contador à EDP, mais as rendas e ainda o acerto do contador da água, ainda sobrou o suficiente para dar uma boa indemnização ao único empregado.

Enfim. Não se tratou de mais uma falência, mas sim um fecho, antes que acontecesse a dita.

Anunciado o dito encerramento assim de repente, apareceu algo que pretendia substituir o respectivo estabelecimento e vai daí, há que escolher o nome mais parecido e confundível possível.

Em simultâneo surgiu um novo estabelecimento que ao não poder usar o nome de casa das Aldrabas, num rasgo de “inteligência” baptizaram-no por casa das aldrabices. Como havia que rapidamente tentar recuperar a clientela da antiga, vá de  fazer publicidade e até se insinuarem ex-sócios da antiga casa. Nada melhor que fazer uns saldos e publicitá-los. Alguma falta de pudor até os levou a afixar na porta do anterior estabelecimento a nova loja e a respectiva morada.

Em tudo tentaram copiar o que de bom havia na antiga casa, mas como haviam que vender bem e depressa, recorreram ao que de mais fraco havia no mercado. Uns dias depois já só vendiam Pichebeques e os clientes começaram a achar que de facto não era a mesma coisa e a rarear.

Moral da estória. Aldrabice não é o plural de aldraba, nem tem nada a ver uma coisa com outra.



sábado, 11 de dezembro de 2010

Quando um Homem Quiser

Mas quem é que deve sentir Vergonha?

Cavaco diz que Portugal tem de ter vergonha por ter pessoas com fome. Ver aqui


O Presidente da República considerou hoje que os portugueses têm de se sentir "envergonhados" por existirem em Portugal pessoas com fome, um "flagelo" que se tem propagado pelos mais desfavorecidos de forma "envergonhada e silenciosa".

Sim há gente que devia sentir vergonha por haver portugueses a passar fome. Mas são os portugueses em geral que devem ter essa vergonha? ou são aqueles que tiveram nas sua mãos os destinos do nosso País e o conduziram a esta situação?

Sim eu tenho vergonha. é por isso que tudo farei para que os responsáveis por esta situação,se reformem (aqueles que têm idade para isso) e os que não têm, sejam postos a trabalhar de acordo com as competências profissionais que demonstraram e com as remunerações adequadas.

Há Noites...

Ao contrário de muitos dos noctívagos animadores dos meu blogues preferidos, raramente me apanham por aqui a estas estas horas. Já lá vai algum tempo que uma “ noitada” se recuperava com 2 ou 3 horas de sono, tempos que já lá vão e a não ser que aquela estória da reencarnação seja autentica, já não voltam mais. Paciência há que encarar a realidade e agir em conformidade. Mas há noites em que sentimos que não estamos assim tão acabados e vai de respirar fundo e fazer uma noitada. Um jantar tradicional e anual e uma visita a um bar da zona. Primeiro há que assegurar condutor, por que isto de riscos e multas, há que afastar.
Lá fui visitar o meu bar de eleição fruto de uma profunda remodelação nos últimos tempos. Já não é a mesmo coisa, mas enfim, “quem sabe da tenda é o tendeiro”. Mas a simpatia do casal proprietário e dos seus filhos, compensa a falta daquele cantinho, que ainda lá está, mas já não é o mesmo.
Pronto já não são horas de estar para aqui a escrever, até porque aquele chá da Escócia que ajudou a digestão, também tem outros efeitos

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Um "conto" de Natal

Eu e o meu irmão mais velho (viriam ainda mais 2) dormíamos no mesmo quarto, numa casa onde electricidade só muitos anos mais tarde, tal como a água canalizada. Sabíamos que o Pai Natal nos presenteava sempre com uns chocolates que representavam várias figuras, embora ocas. Como comer chocolate era coisa rara a expectativa era grande. Antecipadamente lá punha-mos na chaminé um sapato de cada.
Embora muito crianças, já questionávamos a existência do Pai Natal. Se não houvesse outra razão, achávamos estranho o nosso sapato, só tinha chocolates, nada de presentes como os que víamos outros miúdos receber. Nah! Não podia ser, havia qualquer engano. Nada como “apanhá-lo “em flagrante e perguntar-lhe directamente, como é que era. Se éramos todos filhos de Deus, porque é que uns, eram mais filhos do que outros.
Numa noite de Natal decidimos manter-nos acordados. Quando o sono apertava dávamos beliscões um ao outro e assim aguentámos até que um barulho suspeito denunciou a presença do tal Pai Natal. Levantamo-nos de rompante dispostos a ter uma conversinha séria com ele.
Surpresa! Apanhamos foi o nosso Pai com a mão na massa, ou seja a distribuir equitativamente os tais chocolates pelos dois sapatos. Acabou o mito e ficou a desilusão.

Um Conto "estória" publicado aqui

Adeus Tristeza

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Reencontros

Desde que conheci o "Largo das Calhandreiras" onde escreviam excelentes bloggers que se destacavam cada um, pela sua forma de tratar os diversos assuntos do quotidiano e não só.
Sem desprimor para ninguém, destaco o Relaxoterapeuta, pela forma erudita como escrevia, a sua capacidade de síntese que lhe permitia meter num pequeno texto um conjunto abrangente de temas, a sua capacidade de denunciar o que havia a denunciar, nunca atingindo a dignidade de quem quer que fosse, fazia com que me deleitasse com os seus sempre excelentes escritos.
Reencontrei-o e estou feliz por isso. A blogosfera precisa dele.

Convido os meus amigos a fazerem-lhe uma visita. Acreditem que vale a pena.
http://o-conto-do-vigario.blogspot.com/

Nada nem ninguem é Insubstituível

Quando se participa durante alguns tempos num projecto colectivo sem qualquer outro objectivo do que dar algo de nós aos outros e por razões que por vezes nós próprios não entendemos bem, abandonamos esse mesmo projecto, sentimos como que um vazio. A minha participação durante uns tempos como opininador no "Largo das Calhandreiras", criou-me hábitos diários. Não tinha qualquer obrigação, mas sentia que havia sempre qualquer coisa de interessante para dizer ou publicar. Nunca me socorri de qualquer guião. Às vezes (muitas) as noticias que ouvia no percurso casa/trabalho davam o mote ao post do dia. Uma canção que ouvia ou relembrava, fazia com que sentisse vontade de a partilhar e como tal publicava-a se a encontrasse no You Tube.
Como se tratava de um blogue colectivo estava sempre ansioso por ver os meus camaradas da comissão de moradores (virtual) a publicar algo. Tal foi rareando, ao ponto de me sentir só e ir transformando o Largo num blogue pessoal. Foi isso e só o que me fez "dizer adeus" foi o que determinou o encerramento do "largo"

Mas como em tudo na vida há sempre quem espreita a oportunidade de saír de trás da cortina. Neste momento, já está a funcionar um outro com um nome o mais parecido e confundível possível. Tentaram-me ligar a esse projecto, já o desmenti. Esperemos que cumpra os objectivos daquele que pretende substituir.
Bom trabalho

"Não é um adeus, é um até já"


Esperemos que sim

Retirado do Jornal "i" o link remetia para a notícia por qualquer razão deixou de o fazer

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A gente vai continuar...

Toca a Acordar...


Durante os ultimos tempos mantive este blogue em hibernação dada a minha participação num blogue colectivo "Largo da Calhandreiras". Como tudo na vida se altera, há largos meses que a participação colectiva deixou de existir. Como sou daqueles só aceita heranças legítimas, achei que era altura de e sem cortar os laços com o Largo, reactivar este blogue.

PS: Já depois de reactivar o "folha seca" verifiquei que os seu estado em termos de design está deplorável. Como o tempo não é muito e da habilidade nem se fala, vou procurar aos poucos e eventualmente pedindo ajuda a alguns de vós, melhorar. Actualmente está assim um pouco acizentado, mas tem a ver com o tempo que está por aí. Logo que passem a nuvens negras que teimam em andar por aí, prometo que vou colorir o blogue um pouco mais. Não prometo é quando, pois dessas promessas acho que estamos todos, fartos.