Na política,
Mas não só...
O voto decide,
O voto penaliza,
O voto engana,
O voto ajuíza,
O voto nivela,
O voto tira o sono,
àquele que não quer perder,
quer passar a viver,
debaixo das luzes da ribalta.
O voto,
até aliena a consciência,
de quem só quer é ter poder,
para poder manipular a sorte,
a sua e a dos outros.
Daquele que quer ficar detentor da verdade,
e estar sempre na dianteira,
e que por certo, até enquanto dorme,
deixa o ceptro,
os símbolos,
os adornos,
na mesinha de cabeceira,
porque assim não é roubado,
e dorme mais descansado,
sonhando que reina de verdade.
Mas o voto não é sagrado,
Não é eterno,
O voto também caduca.
Ao político,
Até ao santo,
também lhes foge o poder dos dedos,
desenfreadamente,
Num ápice, caduca a validade do título.
Sai-lhes o tiro pela culatra,
e a expectativa volatiza,
cai por terra.
A alma?
Fica-lhes desfeita em água.
Não, benzida ou benta, como queiram,
mas completamente encharcada,
pela inveja,
pelo escârnio,
pela maledicência.
São rodeados por muita gente importante,
que os apoia e dá suporte.
Mas o povo é quem mais ordena.
Onde é o que eu já ouvi esta?
Há muito.
Pois, agora,
Neste tempo de pós-modernidade,
Até o voto electrónico,
Nos quer adulterar a vontade,
e nos comanda a cabeça!
O melhor para todos,
será por certo,
dar um voto de confiança
a nós mesmos e ao Amor...
beatriz barroso
9 comentários:
Já fui votar... mas neste, o amor não foi para aqui chamado... sinto mesmo que é a minha obrigação e dentro do que há... tentar escolher o melhor possível :)
Bjos
Num dia em que se espera um povo consciente que ordene, a escolha destas palavras para hoje faz igualmente sentido.
Um bem haja!
Eu fui votar... considero que devemos dar o benefício da dúvida a quem nunca teve o poder na mão e não julgar por antecipação!
"A liberdade só pode advir da responsabilidade e que esta não surge sem a razão, a denuncia de que o mundo moderno, e as suas crises, têm por responsável uma “espécie de vício de irrealismo”, todas as decisões modernas partem do pressuposto da “melhor das hipóteses” ignorando sempre que algo pode correr mal e que a actual crise podia ter sido evitada se assim não fosse"
Roger Scruton
Já fui votar, e fi-lo por duas vezes!
A segunda foi numa sondagem à boca das urnas, da Universidade Católica para a RTP.
O voto nem sempre é o que o amor dita...
No meu blogue fiz declaração de voto para que os meus amigos e leitores ficassem a conhecê-lo.
Um abraço, Rodrigo.
Um voto de confiança a nós mesmos e na nossa capacidade de alterar as coisas já é um bom começo.
Um grande bj querido amigo
O voto é o ópio do povo :-)
O voto para mim é acreditar naqueles que se propõem governar.
Porem depois de instalados no poleiro tratam de se governar a eles e aos amigos esquecendo o povo que lhes deu o voto.
Ainda assim continuarei a votar ainda que seja apenas naqueles que nunca serão poder, mas não permitirão maiorias absolutas.
Quero
Posso
e Mando
Um voto por pessoa é anti-democrático, porque cada a cada cidadão é retirada a opção de uma segunda escolha (terceira, quarta, quinta...). Porque a minha segunda escolha só pode ter 0 votos meus?? e todo o meu poder de voto só pode ir para um partido?? Isto promove o anti-democrático e estúpido voto útil, agravado pelo método de hondt. Deixei o povo votar com 5 votos, por exemplo (8, 5, 3, 2, 1)
Alem disso o povo só pode votar para eleger os seus governantes (o que é difícil) e é lhe vedado o direito democrático de votar para avaliar os seus governantes nos finais dos seus mandatos. Apesar dos média insistirem na Mentira que quando elegemos estamos a avaliar - Não estamos - estamos apenas a eleger. Um cidadão pode querer avaliar mal a competência e honestidade (até) dos governantes em quem elegeu e ainda assim achar que os outros ainda são piores e voltar a votar nos mesmos. Ou, pelo contrario, um cidadão pode querer avaliar bem a competência e honestidade dos que elegeu e ainda assim querer mudar por achar que a alternância é melhor para o seu país. Por isso é urgente ampliar o poder popular de voto , dando a possibilidade de avaliação ao povo (com efeito no valor das reformas dos políticos eleitos pelo período em que foram eleitos). Toda esta mudança na lei eleitoral é possível com maioria simples pois é constitucional.
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