quinta-feira, 29 de novembro de 2012
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
"A crise pode ser boa oportunidade"
Apanha-se com este Orçamento no lombo, espera-se em Janeiro
pelo encolhido recibo de ordenado (quem ainda o tiver) e dá-nos inevitavelmente
para o queixume. É por isso que manchetes como a de ontem do Jornal de Notícias
são um bálsamo: "Manifestações safam negócio de autocarros." O texto
explica: no sector rodoviário, as empresas de aluguer ocasional de autocarros
são as únicas a sorrir com a crise. Esta leva a manifestações, que vão até
Lisboa protestar e os autocarros alugados andam numa roda-viva... Sorte a
delas, das empresas, mas a lição a tirar da coisa é mais vasta. Um leitor na
caixa de comentários do jornal topou: "Enquanto uns choram, outros vendem
lenços." O Governo aperta, as manifestações desatam-se e, upa!, os donos
da camionagem faturam. É uma forma de sair da crise, certamente melhor do que o
marasmo. E há um lado, digamos, dialético desta história que me encanta. As
manifestações são feitas para mostrar o lado perverso das políticas mas, ao
mesmo tempo, alugando autocarros, tiram do sufoco um sector económico. Vítor
Gaspar, graças ao empenho de Arménio Carlos, pode ficar na História como o
político que mais fez pelas empresas de aluguer dos autocarros. Não se veja
nisto nenhuma cumplicidade, que não há, mas tão só ironias da vida. Quanto ao
mais, aquela manchete tem razão em ser esperançosa. Há improváveis nichos de
mercado que a crise destapou: vender máquinas para fazer furos nos cintos é
outro.
terça-feira, 27 de novembro de 2012
sábado, 24 de novembro de 2012
"Parabéns António Gedeão"
Se estivesse vivo o professor Rómulo de Carvalho faria hoje 106 anos. Para além de eminente cientista usando o seu nome próprio, escreveu intensa poesia usando o pseudónimo de António Gedeão. “Habitante” habitual neste blog, não podia deixar de assinalar a data, com aquela que para mim foi a forma mais brilhante de tratar um dos seus mais conhecidos poemas e dar a voz a um dos seus grandes divulgadores.
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
"O menino que Gaspar não conhece"
Nicolau Santos (www.expresso.pt)
13:59 Quarta feira, 21 de novembro de 2012
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Supermercado do centro comercial
das Amoreiras, fim da tarde de terça-feira. Uma jovem mãe, acompanhada do filho
com seis anos, está a pagar algumas compras que fez: leite, manteiga, fiambre,
detergentes e mais alguns produtos.
Quando chega ao fim, a empregada da
caixa revela: são 84 euros. A mãe tem um sobressalto, olha para o dinheiro que
traz na mão e diz: vou ter de deixar algumas coisas. Só tenho 70 euros.
Começa a pôr de lado vários
produtos e vai perguntando à empregada da caixa se já chega. Não, ainda não.
Ainda falta. Mais uma coisa. Outra. Ainda é preciso mais? É. Então este pacote
de bolachas também fica.
Aí o menino agarra na manga do
casaco da mãe e fala: Mamã, as bolachas não, as bolachas não. São as que eu
levo para a escola. A mãe, meio envergonhada até porque a fila por trás dela
começava a engrossar, responde: tem de ser, meu filho. E o menino de lágrima no
canto do olho a insistir: mamã, as bolachas não. As bolachas não.
O momento embaraçoso é quebrado
pela senhora atrás da jovem mãe. Quanto são as bolachas, pergunta à empregada
da caixa. Ponha na minha conta. O menino sorriu. Mas foi um sorriso muito
envergonhado. A mãe agradeceu ainda mais envergonhada. A pobreza de quem nunca
pensou que um dia ia ser pobre enche de vergonha e pudor os que a sofrem.
Tenho a certeza que o ministro
Vítor Gaspar não conhece este menino, o que seria obviamente muito improvável.
Mas desconfio que o ministro Vítor Gaspar não conhece nenhuns meninos que
estejam a passar pela mesma situação. Ou se conhece considera que esse é o
preço a pagar pela famoso ajustamento. É isso que é muito preocupante.
"Queixas de um utente"
Pago os meus impostos, separo
o lixo, já não vejo televisão
há cinco meses, todos os dias
rezo pelo menos duas horas
com um livro nos joelhos,
...
o lixo, já não vejo televisão
há cinco meses, todos os dias
rezo pelo menos duas horas
com um livro nos joelhos,
...
nunca falho uma visita à família,
utilizo sempre os transportes
públicos, raramente me esqueço
de deixar água fresca no prato
do gato, tento ser correcto
com os meus vizinhos e não cuspo
na sombra dos outros
Já não me lembro se o médico
me disse ser esta receita a indicada
para salvar o mundo ou apenas
ser feliz. seja como for,
não estou a ver resultado nenhum
_José Miguel Silva
utilizo sempre os transportes
públicos, raramente me esqueço
de deixar água fresca no prato
do gato, tento ser correcto
com os meus vizinhos e não cuspo
na sombra dos outros
Já não me lembro se o médico
me disse ser esta receita a indicada
para salvar o mundo ou apenas
ser feliz. seja como for,
não estou a ver resultado nenhum
_José Miguel Silva
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Cravo de Abril Jorge Palma piano. Ilda Feteira voz
Prosa-excerto retirada do CD «25 Razões de Esperança», Voz de Ilda Feteira e Música de Jorge Palma.
Excerto retirado do livro «O Caminho das Aves» de José Casanova
Excerto retirado do livro «O Caminho das Aves» de José Casanova
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Não me apetece "ver, ouvir e ler".
Cada vez mais se ouve o cidadão comum afirmar que não ouve nem lê notícias, tal a confusão que as mesmas contêm e muito menos os debates, crónicas e opiniões que abundam nos nossos media.
Na verdade também por vezes me apetece desligar e “não ver, ouvir e ler” para poder ignorar e viver alguns dias em paz.
Mas não, não sou capaz busco a cada momento uma notícia que me alegre, que me traga esperança me incentive me mostre algo mais do que o túnel cada vez mais escuro sem a mais pequena faísca no seu inalcançável (visualmente) final.
Mas de facto a minha maior angústia é sentir uma espécie de condenação perpétua e ter que gramar este estado de coisas. Sentir que temos um governo que com todas as patifarias que já fez e se prepara para fazer está para lavar e durar. Sim vão havendo uns fogachos, criticas, propostas acções de protesto de toda a maneira e feitio, mas algo em que se acredite, convincente e mobilizador, que se inicie e tenha consistência e continuidade, népias.
Sou tentado a pensar que há mudanças necessárias na imensa massa “oposicionista” não de personalidades mas sobretudo de estratégias, sim falta a capacidade de juntar esforços para evitar o verdadeiro desastre ou pelo menos estancar as feridas e “salvar os vivos “.
Sinto que há para aí gente com grandes "responsabilidades" que espera pela sua oportunidade e como tal “quanto pior melhor”.
Sinto que há para aí gente com grandes "responsabilidades" que espera pela sua oportunidade e como tal “quanto pior melhor”.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Jorge Fernando - Desespero (com Virgul e Dino d´Santiago)
Jorge Fernando - Desespero (com Virgul e Dino d´Santiago)
"Chamam-lhe Fado" é o nome do 12º disco de originais de Jorge Fernando, editado no dia 10 de Setembro de 2012. Jorge Fernando é um nome incontornável da música portuguesa e, em particular, do Fado. Guitarrista e compositor de Amália Rodrigues, autor e compositor de alguns dos fados mais cantados, imortalizados em vozes sublimes como Amália, Mariza, Ana Moura, Fábia Rebordão e Fernando Maurício, Jorge Fernando é uma figura primordial do Fado em Portugal.
"Desespero" é o single de apresentação com a participação de Dino d´Santiago e Virgul, dos Nu Soul Family, e Guilherme Banza.
"Chamam-lhe Fado" é o nome do 12º disco de originais de Jorge Fernando, editado no dia 10 de Setembro de 2012. Jorge Fernando é um nome incontornável da música portuguesa e, em particular, do Fado. Guitarrista e compositor de Amália Rodrigues, autor e compositor de alguns dos fados mais cantados, imortalizados em vozes sublimes como Amália, Mariza, Ana Moura, Fábia Rebordão e Fernando Maurício, Jorge Fernando é uma figura primordial do Fado em Portugal.
"Desespero" é o single de apresentação com a participação de Dino d´Santiago e Virgul, dos Nu Soul Family, e Guilherme Banza.
domingo, 18 de novembro de 2012
"Vigarices com desconto"
Dois meliantes cuja ocupação era o de roubar cheques e com
os mesmos adquirir bens de alto valor, um dia param em frente de uma
ourivesaria, montados num carro de gama alta e deviamente vestidos dando ar de
gente rica e como tal se apresentando.
Munidos de um cheque falso roubado algures, “compraram”
vários objectos valiosos. Como se tratava de uma soma considerável um deles
discute com o ourives o valor e não fechou o negócio sem que obtivesse um
desconto considerável.
Já no carro o cúmplice, nervoso discutia a perda de tempo na
discussão do preço, quando afinal o cheque nunca seria pago. Resposta calma do comparsa:
Ó Pá assim o homem perde menos!
Lembrei esta anedota a propósito da sobretaxa de IRS e a
redução de 0,5% que pretende ser apresentada como uma redução do roubo que a
mesma representa.
sábado, 17 de novembro de 2012
"Ilumina-me"
Gosto de ti como quem gosta do sábado,
Gosto de ti como quem abraça o fogo,
Gosto de ti como quem vence o espaço,
Como quem abre o regaço,
Como quem salta o vazio,
Um barco aporta no rio,
Um homem morre no esforço,
Sete colinas no dorso
E uma cidade p'ra mim.
Gosto de ti como quem mata o degredo,
Gosto de ti como quem finta o futuro,
Gosto de ti como quem diz não ter medo,
Como quem mente em segredo,
Como quem baila na estrada,
Vestido feito de nada,
As mãos fartas do corpo,
Um beijo louco no porto
E uma cidade p'ra ti.
Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me.
Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me.
Gosto de ti como uma estrela no dia,
Gosto de ti quando uma nuvem começa,
Gosto de ti quando o teu corpo pedia,
Quando nas mãos me ardia,
Como silêncio na guerra,
Beijos de luz e de terra,
E num passado imperfeito,
Um fogo farto no peito
E um mundo longe de nós.
Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me.
Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me.
Gosto de ti como quem abraça o fogo,
Gosto de ti como quem vence o espaço,
Como quem abre o regaço,
Como quem salta o vazio,
Um barco aporta no rio,
Um homem morre no esforço,
Sete colinas no dorso
E uma cidade p'ra mim.
Gosto de ti como quem mata o degredo,
Gosto de ti como quem finta o futuro,
Gosto de ti como quem diz não ter medo,
Como quem mente em segredo,
Como quem baila na estrada,
Vestido feito de nada,
As mãos fartas do corpo,
Um beijo louco no porto
E uma cidade p'ra ti.
Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me.
Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me.
Gosto de ti como uma estrela no dia,
Gosto de ti quando uma nuvem começa,
Gosto de ti quando o teu corpo pedia,
Quando nas mãos me ardia,
Como silêncio na guerra,
Beijos de luz e de terra,
E num passado imperfeito,
Um fogo farto no peito
E um mundo longe de nós.
Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me.
Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me.
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
"Ergo uma rosa" para relembrar José saramago (hoje nos seus 90 anos)*
*poste reeditado
Ergo uma Rosa (Saramago, Luis Pastor e Maria Pagés)
"Ergo uma rosa, e tudo se ilumina
Como a lua não faz nem o sol pode:
Cobra de luz ardente e enroscada
Ou vento de cabelos que sacode.
...Ergo uma rosa, e grito a quantas aves
O céu pontuam de ninhos e de cantos,
Bato no chão a ordem que decide
A união dos demos e dos santos.
Ergo uma rosa, um corpo e um destino
Contra o frio da noite que se atreve,
E da seiva da rosa e do meu sangue
Construo perenidade em vida breve.
Ergo uma rosa, e deixo, e abandono
Quanto me dói de mágoas e assombros.
Ergo uma rosa, sim, e ouço a vida
Neste cantar das aves nos meus ombros."
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
No Vale Escuro (Que Nunca Mais) - Adriano Correia Oliveira/Manuel da Fonseca
Adriano Canta Manuel da Fonseca - Que Nunca Mais
4. No Vale Escuro
Manuel da Fonseca/Adriano Correia de Oliveira.
Fausto (arranjos e direcção musical)
Fausto (guitarra acústuca, percussão, kazu,coros)
Júlio Pereira (guitarra solo, baixo, piano, bandolim, buzuku, cadeira, coros)
Zau e Pantera (percussões)
José Luis Simões (trombone de varas)
Vitorino (acordeão)
Carlos Paredes (guitarra portuguesa)
terça-feira, 13 de novembro de 2012
De derrapagem em derrapagem até ao espalhanço final.
Governo vai dizer à troika que défice deste ano deve ficar
em 5,5%
Derrapagem na execução orçamental em Outubro deve
impossibilitar colocar o défice nos 5%, mesmo com a concessão da ANA, noticia o
"Diário Económico".
A notícia é avançada na edição desta manhã do “Diário
Económico”, que revela que dentro do Governo já é um dado adquirido que o
défice deverá derrapar entre três a cinco décimas – ou até mais, caso a
operação de concessão da gestora dos aeroportos ANA não possa ser abatida ao
défice deste ano. Tudo vai depender da decisão do Eurostat. Passos Coelho já
garantiu que, para este ano, estão excluídas mais medidas de austeridade. Se
essa derrapagem acontecer, o jornal avança que o Eurogrupo deverá “fechar os
olhos”, sem obrigar o Executivo a adoptar novas medidas para este ano. No
fim-de-semana passado, Olli Rehn sustentou que a Comissão Europeia não se
limita apenas a olhar para “as metas nominais”, mas também para a
“sustentabilidade” e para “as finanças públicas a médio prazo”. VER MAIS
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
domingo, 11 de novembro de 2012
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
O inacreditável discurso de Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar ...
Sem comentários. A "senhora" disse tudo.
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
10 dias que abalaram o mundo
Vídeo dos alunos da Universidade Metodista de São Paulo baseado no livro de John Reed.
terça-feira, 6 de novembro de 2012
sábado, 3 de novembro de 2012
"Adeus Tristeza" Outra vez
Um pretenso bloguer que durante alguns tempos foi opinando sobre tudo e todos, quase que se cala e vai-se limitando a postar umas musicas de que gosta e que nelas vai encontrando algum conteúdo que corresponde ao estado de espirito do momento.
Na verdade o “folha seca” anda numa “secura” desgraçada apesar dos chuviscos que vão caindo, acha que a seu blogue não pode ser um muro de lamentações e aumentar a tristeza que por aí vai andando, por razões óbvias.
Também a minha participação em comentários em blogues amigos, tem sido muito reduzida… Talvez passe e apresento as devidas desculpas.
Pela enésima vez, aqui vou deixar, talvez aquilo que para mim é um verdadeiro Hino.
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
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