quinta-feira, 23 de julho de 2009

Renovação ou exclusão?

Acabo de saber (ou confirmar) pela imprensa regional que o actual deputado, Osvaldo Castro ficou fora das listas de candidatos pelo PS às eleições legislativas de 27 de Setembro.
Há uns dias escrevi aqui um texto aparentemente critico em relação a um artigo publicado pelo deputado Osvaldo Castro, pondo-o em contradição com outro escrito por Henrique Neto. Quando o fiz, não imaginava o desfecho aparentemente definitivo na composição das listas.
Arredado dos meios políticos há bastante tempo não conheço pessoalmente nenhum dos candidatos, embora tenha estado 2ou 3 vezes com o que parece ser o 2º elemento da referida lista.
Mas ao Osvaldo Castro conheço-o (sem pretensiosismo ) bem.
É um homem de causas, desde muito jovem envolveu-se em lutas por aquilo em que acreditava, pondo em risco a sua vida e liberdade. Dedicou grande parte da sua vida à defesa de princípios que adoptou. Por mérito próprio tornou-se um homem de estado, exercendo funções duma forma exemplar no Governo de António Guterres. Como Deputado e Presidente da comissão de direitos e liberdades foi exemplar, a impressa Nacional destacou-o recentemente como um dos 3 deputados sem faltas durante o ultimo mandato.
Abdicou da sua vida profissional (ao contrário de tantos outros) de advogado com reconhecido mérito, para se dedicar a tempo inteiro à causa publica.
Na Marinha Grande, terra que adoptou, foi um dos autarcas mais prestigiado. Osvaldo Castro tem um percurso que fala por si, não precisando de usar qualquer golpe palaciano para se perpetuar em qualquer lugar, muito menos bajulice (como o meu texto anterior parecia involuntariamente insinuar).
Tudo isto para dizer que aceito e apoio a renovação nas listas eleitorais dos partidos, para que não sejam sempre os mesmos. No entanto que se faça a renovação e que se dê a oportunidade a outros, mas que a escolha se faça duma forma transparente e que melhor sirva os interesses do País e não de acordo com arranjinhos de ultima hora e sem facadas nas costas. Mas sobretudo que não se excluam aqueles que merecem continuar.
Enfim: Há Partidos com excelentes princípios, mas com cada vez menos, boas pessoas.

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