quinta-feira, 14 de maio de 2015

Todos por si e nada pelos outros.

Li durante a manhã em qualquer lado que as próximas legislativas vão ter um número recorde de partidos concorrentes, parece que se prevêem 24. Não tenho nada contra, a democracia isso permite. No entanto preocupo-me com o resultado de toda esta caldeirada e sobretudo com a forma como se escolhem os candidatos a deputados. Convidado acabei por entrar num processo em que os candidatos não são escolhidos por uma qualquer cúpula instalada, mas por um processo inovador e ao que julgo único relativo às próximas eleições.

Algumas notas: ainda sobre esta divisão. Julgo que grande parte dos partidos (ou forças que se juntaram) são tendencialmente de esquerda. Ao contrário da direita ultraliberal que soube juntar os trapinhos (mesmo com algumas estaladas no percurso) a esquerda está aí orgulhosamente só, arrumada nos seus coitos e incapaz de qualquer cedência ao serviço de um povo que tanto precisa de um governo que ponha termo ao esbulho de que tem sido vitima e que pelos vistos corre o risco de assim continuar. Poder-me-ão chamar pessimista e derrotista, chamem à vontade porque é esse o meu estado de espírito. Tenho no entanto alguma esperança de que face à ameaça e indícios reais, façam tocar algumas campainhas e acordar alguns líderes partidários, abrindo os olhos para a realidade.

6 comentários:

Pedro Coimbra disse...

Com essas divisões à esquerda mais e mais afirmo que é preciso ter muito cuidado com os resultados das sondagens, Rodrigo.
Não seria tempo de, a par de um discurso de ataque ao actual Governo, haver um discurso ficado no voto útil?
Eu, observador algo atento e equidistante, diria que sim.
Grande abraço!

Rogério G.V. Pereira disse...

Se há uma coisa em que ninguém me apanha é a aritmétiquisar ou a aleiçoar ou a ceder em princípios para aladrilhar o percurso de quem, uma vez chegado ao poder, faz o mesmo, até vez menos do mesmo e mais não se sabe bem do quê...

E, se me permite a correcção, Rodrigo, o que está em causa já nada tem a ver com ultraliberalismo, mas com um neo do qual a Europa não se demarca...

Anónimo disse...

O melhor aliado da direita é a esquerda que andou nas ruas a cantar " O Povo Unido" e agora está mais desunida que nunca. A dispersão de votos vai favorecer o actual governo e alguns dos partidos que se proclamam de esquerda, mas apenas aparecem de 4 em 4 anos para a fotografia, continuarão na boa.
Gostei de regressar e o ver por aqui, Rodrigo.
Abraço

Majo disse...

~
~~~~ Muito bem, Rodrigo!

~~ Uma ótima postagem, que é também,
uma exemplar intervenção cívica.

~~~~~~~ Aplaudo!

~~ Os meus cumprimentos.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Graça Sampaio disse...

Subscrevo, Rodrigo!

Beijinho

Pedro Coimbra disse...

Queria escrever focado e não ficado
Aquele abraço, bfds