sábado, 29 de junho de 2013
sexta-feira, 28 de junho de 2013
"Já que há crime, que haja castigo."
E agora? …
Hoje, Sexta-Feira, é o dia seguinte à Greve Geral. Todos estamos de acordo em que ela teve aspetos muito positivos, o maior dos quais quanto a mim foi o de ter unido as duas centrais sindicais – CGTP e UGT, numa mesma luta, ainda que com objetivos distintos. A CGTP continua empenhada em, através de greves gerais ou parciais derrubar o governo. Este é o seu objetivo sempre confessado. É legítimo? Será suficiente? A UGT teve como principal objetivo obrigar o governo a negociar, a negociar seriamente, honradamente, honestamente, como o fariam ou fazem as pessoas de bem. Mas será que poderemos considerar este governo e outros negociadores como “pessoas de bem”? Só a UGT no-lo pode confirmar. Pessoalmente acho, estou certo, sem pretensões de futurólogo ou profeta que nem a CGTP derrubará o governo - por mais greves que faça, nem a UGT obrigará a uma negociação honesta, honrada. Está bem claro, por toda a política definida por este governo, que os problemas deste país serão resolvidos somente através das medidas de austeridade, o que em primeira e última análise significa desemprego, falências, emigração, suicídios, pobreza em crescimento, negação de direitos já adquiridos. Será através de todos estes processos políticos criminosos que este governo, pau mandado de uma União Europeia, que nem é União nem é Europeia, mas que corresponde apenas aos interesses da Alemanha, que já foi Império, que já foi nazista e que sempre usou o seu poder para explorar e oprimir os seus vizinhos. O objetivo final deste governo nem é sequer o empobrecimento do país é tão somente o de reduzi-lo à indignidade. Um país pode ser pobre mas pode reagir a essa situação mas quando perde a dignidade qualquer acto de resistência se torna inviável. Portugal é o exemplo acabado disso que acabo de dizer. O que a Inquisição e tudo o que se lhe seguiu até ao 25 de Abril fizeram do povo português não foi apenas empobrece-lo foi roubar-lhe a dignidade e assim impedi-lo de reagir. O 25 de Abril foi uma espécie de despertar, um acto de rejeição à indignidade estabelecida, infelizmente com o fim do PREC e o regresso dos retornados ao poder chegámos até onde estamos agora. Não creio por isso que apenas com greves gerais e conversas na concertação social possamos mudar esta situação de indignidade. Apesar disso sempre estou presente em todas as manifestações do povo, apesar dos meus 85 anos. Mas quem sabe talvez um dia veja avançar na frente da multidão em direção ao parlamento e a Belém as forcas tão urgentemente necessárias. Já que há crime, que haja castigo.
Hoje, Sexta-Feira, é o dia seguinte à Greve Geral. Todos estamos de acordo em que ela teve aspetos muito positivos, o maior dos quais quanto a mim foi o de ter unido as duas centrais sindicais – CGTP e UGT, numa mesma luta, ainda que com objetivos distintos. A CGTP continua empenhada em, através de greves gerais ou parciais derrubar o governo. Este é o seu objetivo sempre confessado. É legítimo? Será suficiente? A UGT teve como principal objetivo obrigar o governo a negociar, a negociar seriamente, honradamente, honestamente, como o fariam ou fazem as pessoas de bem. Mas será que poderemos considerar este governo e outros negociadores como “pessoas de bem”? Só a UGT no-lo pode confirmar. Pessoalmente acho, estou certo, sem pretensões de futurólogo ou profeta que nem a CGTP derrubará o governo - por mais greves que faça, nem a UGT obrigará a uma negociação honesta, honrada. Está bem claro, por toda a política definida por este governo, que os problemas deste país serão resolvidos somente através das medidas de austeridade, o que em primeira e última análise significa desemprego, falências, emigração, suicídios, pobreza em crescimento, negação de direitos já adquiridos. Será através de todos estes processos políticos criminosos que este governo, pau mandado de uma União Europeia, que nem é União nem é Europeia, mas que corresponde apenas aos interesses da Alemanha, que já foi Império, que já foi nazista e que sempre usou o seu poder para explorar e oprimir os seus vizinhos. O objetivo final deste governo nem é sequer o empobrecimento do país é tão somente o de reduzi-lo à indignidade. Um país pode ser pobre mas pode reagir a essa situação mas quando perde a dignidade qualquer acto de resistência se torna inviável. Portugal é o exemplo acabado disso que acabo de dizer. O que a Inquisição e tudo o que se lhe seguiu até ao 25 de Abril fizeram do povo português não foi apenas empobrece-lo foi roubar-lhe a dignidade e assim impedi-lo de reagir. O 25 de Abril foi uma espécie de despertar, um acto de rejeição à indignidade estabelecida, infelizmente com o fim do PREC e o regresso dos retornados ao poder chegámos até onde estamos agora. Não creio por isso que apenas com greves gerais e conversas na concertação social possamos mudar esta situação de indignidade. Apesar disso sempre estou presente em todas as manifestações do povo, apesar dos meus 85 anos. Mas quem sabe talvez um dia veja avançar na frente da multidão em direção ao parlamento e a Belém as forcas tão urgentemente necessárias. Já que há crime, que haja castigo.
Alípio Cristiano de Freitas
segunda-feira, 24 de junho de 2013
"Tambem já fui brasileiro"
Eu também já fui brasileiro
Moreno como vocês. Ponteei viola, guiei forde e aprendi na mesa dos bares que o nacionalismo é uma virtude Mas há uma hora em que os bares se fecham e todas as virtudes se negam.
Eu também já fui poeta.
Bastava olhar para mulher, pensava logo nas estrelas e outros substantivos celestes. Mas eram tantas, o céu tamanho, minha poesia perturbou-se.
Eu também já tive meu ritmo.
Fazia isto, dizia aquilo. E meus amigos me queriam, meus inimigos me odiavam. Eu irônico deslizava satisfeito de ter meu ritmo. Mas acabei confundindo tudo. Hoje não deslizo mais não, não sou irónico mais não, não tenho ritmo mais não.
De Alguma poesia
(1930)
|
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Canção com lágrimas (a um amigo)
Escrever qualquer coisa sobre um amigo que acaba de partir torna-se extremamente difícil a menos de 2 horas da notícia ter chegado.
Muito há para escrever sobre alguém que teve uma vida cheia. Alguém certamente mais habilitado o fará.
Deixo-te querido amigo Osvaldo Castro o Poema e Voz de 2 dos teus grandes amigos.
Até sempre.
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Porra! Devolvam-me a minha vida!
Depois de mais de 3 meses, em que só saio de casa para o estritamente
necessário e obrigatório, hoje fui beber um café à beira mar.
Na verdade um amigo que assumiu a gestão de um restaurante
mesmo em cima da Rocha da Praia do Pedrogão quis oferecer um almoço aos amigos
de outros almoços e para tal me convidou. O problema é que tinha um compromisso
demasiado cedo para aceitar, compromisso que foi desmarcado à última hora o que
ainda permitiu ir beber um café com aquele grupo. Na verdade estava a
cerca de 10 Km.
Senti o cheiro a iodo, olhei para o horizonte. Dali vê-se a
Figueira da Foz e a Praia de Vieira e imagina-se o que está por trás.
Apeteceu-me gritar a plenos pulmões: Porra! Devolvam-me a
minha vida!
Um post dedicado a alguem muito especial à laia de pedido de desculpas, mas sincero.
segunda-feira, 10 de junho de 2013
sábado, 8 de junho de 2013
Chove ? Nenhuma Chuva Cai...
Chove? Nenhuma chuva cai...
Então onde é que eu sinto um dia
Em que ruído da chuva atrai
A minha inútil agonia ?
Onde é que chove, que eu o ouço?
Onde é que é triste, ó claro céu?
Eu quero sorrir-te, e não posso,
Ó céu azul, chamar-te meu...
E o escuro ruído da chuva
É constante em meu pensamento.
Meu ser é a invisível curva
Traçada pelo som do vento...
E eis que ante o sol e o azul do dia,
Como se a hora me estorvasse,
Eu sofro... E a luz e a sua alegria
Cai aos meus pés como um disfarce.
Ah, na minha alma sempre chove.
Há sempre escuro dentro de mim.
Se escuro, alguém dentro de mim ouve
A chuva, como a voz de um fim...
Os céus da tua face, e os derradeiros
Tons do poente segredam nas arcadas...
No claustro sequestrando a lucidez
Um espasmo apagado em ódio à ânsia
Põe dias de ilhas vistas do convés
No meu cansaço perdido entre os gelos,
E a cor do outono é um funeral de apelos
Pela estrada da minha dissonância...
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
Então onde é que eu sinto um dia
Em que ruído da chuva atrai
A minha inútil agonia ?
Onde é que chove, que eu o ouço?
Onde é que é triste, ó claro céu?
Eu quero sorrir-te, e não posso,
Ó céu azul, chamar-te meu...
E o escuro ruído da chuva
É constante em meu pensamento.
Meu ser é a invisível curva
Traçada pelo som do vento...
E eis que ante o sol e o azul do dia,
Como se a hora me estorvasse,
Eu sofro... E a luz e a sua alegria
Cai aos meus pés como um disfarce.
Ah, na minha alma sempre chove.
Há sempre escuro dentro de mim.
Se escuro, alguém dentro de mim ouve
A chuva, como a voz de um fim...
Os céus da tua face, e os derradeiros
Tons do poente segredam nas arcadas...
No claustro sequestrando a lucidez
Um espasmo apagado em ódio à ânsia
Põe dias de ilhas vistas do convés
No meu cansaço perdido entre os gelos,
E a cor do outono é um funeral de apelos
Pela estrada da minha dissonância...
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
terça-feira, 4 de junho de 2013
"Cantarei!"
Perdoem-me caras e caros amigos, mas pela enésima vez público
esta canção do Pedro Barroso no meu blog.
Há fases na vida em que a música nos ajuda a ultrapassar os
maus momentos com que a vida nos “brinda” talvez fosse melhor estar quieto, mas
sou dos que acredita e luta para que esses maus momentos não nos roubem a
vontade de dizer coisas a cantar, mas não só.
domingo, 2 de junho de 2013
Subscrever:
Mensagens (Atom)