quinta-feira, 9 de maio de 2013

(Quando já não tiveres nada a perder, o que é que estás disposto a fazer?).

Um dos meus blogueiros de eleição, CBO manteve durante uns tempos no subtítulo do seu blog, uma frase que me bate todos os dias em cima: (Quando já não tiveres nada a perder, o que é que estás disposto a fazer?).
Envergonhadamente assumo, que já cheguei a esse ponto e caminho rapidamente para a indigência. Durante a minha vida nunca deixei de estar presente nas lutas que me pareciam justas e muito menos fui um cidadão amorfo, mas a vida tem destas coisas.
 
Sem que isso me dê qualquer tranquilidade de consciência, sei que somos muitos e com tendência a aumentar, muito rapidamente com um retorno muito improvável. Não, não sou dos que gastei mais do que podia.
 
Embora limitado ou mesmo quase impossibilitado de me movimentar por razões financeiras, não vou ficar a definhar à espera de que um “Santo” qualquer venha em meu socorro, vou continuar a lutar para que este bando que tomou conta do nosso País e o destruiu em três tempos e não satisfeitos preparam-se para lhe dar a machadada final, seja corrido, pois em cada dia que passa a situação piora.
 
No entanto assistimos a uma série de acções programadas para os próximos dias. No fundo as questões fundamentais e os objectivos são os mesmos. Porque não se juntam. Porque é que os dirigentes e promotores não conciliam as diversas acções programadas?
 
Sei que há uma certa necessidade de protagonismo e de auto afirmação, mas será que a unidade na acção que traga resultados concretos, não seja mais importante que alguns “vedetismos, balofos”?

10 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

Sem comentários...

Pedro Coimbra disse...

Essa necessidade de vedetismo é que afasta muita gente, Rodrigo.
Que não está para aturar esses vedetismos e os seus autores.
Um grande abraço, caro Amigo e votos de bom fim-de-semana!

Manuel Veiga disse...

urgente... mais que nunca.

abraço

Flor de Jasmim disse...

Só pode ser indiferente quem não sente na pele o que nós dois estamos a sentir.

beijinho e uma flor

Janita disse...

Concordo plenamente Rodrigo.

Não é puxando cada um para seu lado - e refiro-me aos partidos que foram eleitos para nos representarem e estão na oposição -que a situação mudará.
Todos criticam, mas sem união e consenso não passaremos do mesmo. É uma verdadeira tristeza ver tantos a falar e preferirem ficar "orgulhosamente sós". Depois não se admirem...
Não baixe ao braços nem se deixe derrotar poe esses vendedores de banha da cobra!
Abraço.

Graça Sampaio disse...

Belo texto, amigo folha seca! Lamento que as coisas estejam mal para vós (bem como para todos nós!) Mas este povo tem de se juntar e de se rebelar! Já não vai lá com manifestações e palavreado! Parece-me que não vale a pena esperarmos que os de lá de cima se entendam.

Abraço!

Fê blue bird disse...

(Quando já não tiveres nada a perder, o que é que estás disposto a fazer?).
A pergunta é pertinente e eu infelizmente também a faço muitas vezes.
Enquanto o povo não se unir e falar a uma só voz, não conseguimos derrotar estes vampiros.
Desistir é que não podemos!
Força meu amigo!

beijinho

Carlota Pires Dacosta disse...

Fiquei a pensar nessa frase e "vi" coisas que seria capaz de fazer.
Como se costuma dizer "perdido por 100, perdido por 1000"
Acredito na bonança depois da tempestade.
Beijo para o sr. Folha Seca

Anónimo disse...

De regresso a casa e à blogosfera, não esperava encontrá-lo tão desanimado, caro amigo, mas compreendo perfeitamente o que sente e partilho tudo o que escreve neste post.
Por vezes também sou invadido pelo desânimo e, muitas outras, "sinto a revolta a crescer dentro do peito"!
Infelizmente a unidade não parece ser fácil num país como o nosso. Aprendi-o bem cedo com o António Sérgio e no meu tranbalho em cooperativas. É por isso que me indigno tantas vezes com este povo, o que alguns consideram "aburguesamento". O meu amigo sabe bem que não é. É apenas tristeza, por ver este povo deixar-se amarfanhar e não compreender que o governo explora, com mestria, a divisão. Acabo de ler umas declarações do nosso PM sobre as medidas contra os funcionários públicos e reformados e ainda mais me convenço dessa realidade.
Como o meu amigo já me disse várias vezes: ÂNIMO! As coisas hão-de mudar!
A prosa vai longa, mas ainda tenho espaço para um esclarecimento. Essa frase vi-a um dia numa manif e nunca mais a esqueci. Talvez um dia destes a volte a colocar no CR.
Obrigado pela referência
Um forte e solidário abraço

A. Constâncio disse...

Pergunta difícil essa com que nos confrontas no teu texto.
Podia tentar enquadrar o dramatismo da pergunta na formulação de respostas de frases feitas, mas sei bem do que falas e do significado que cada palavra daquela pergunta tem para ti.
Por isso só me ocorre dizer que não desistas. Não capitules.
Agarra-te às tuas memórias e mergulha as raízes do teu carácter de homem sério para te voltares a erguer.
Estás um pouco mais velho do que em 1984, eu sei, mas o teu código genético é o mesmo.
Vai à luta amigo.