quarta-feira, 1 de maio de 2013

1º de Maio dia de festa ou de luta?

Hoje comemora-se mais um dia mundial do trabalhador. Embora seja quase banal comemorar o dia disto e daquilo há comemorações diferentes. Neste caso o sangue vertido  nunca deverá ser esquecido e é daquelas datas que têm sempre significado. Mas se se trata de comemorar uma data que ficou bem marcada com o vermelho do sangue vertido naqueles dias de Chicago de 1886, pelo mundo inteiro e duma forma crescente o 1º de Maio é cada vez menos dia de festa (como foi no memorável dia primeiro, em Maio de 1974 em Portugal).
 
Mas na verdade quantos são os trabalhadores que mobilizados pelas duas centrais sindicais existentes em Portugal, vão participar nas acções promovidas? Quantos são os desempregados que se dispõe a gastar (se ainda o tiverem) algum dinheiro para se deslocarem? Quantos são os que à gula dumas monumentais promoções nos “magazans” do Sr. Soares dos Santos, para aí confluem em força?
 
Mas sobretudo quantos são os que ainda mantendo o seu emprego e vendo-lhes ser roubada uma fatia cada vez maior dos seus rendimentos, acham que vale a pena? Não nos podemos iludir e honra seja feita aqueles que estão sempre presentes. Há que fazer com que se acredite que vale de facto a pena. Em cada palavra de ordem, em cada cartaz ou faixa que se ostente é preciso que se sinta e faça sentido. Mais que uma data a comemorar é preciso apontar, sem tibiezas objectivos concretos e definidos. “É preciso empurrar e agitar a malta" e não  nos limitarmos a  entretê-la.

2 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

No desfile do 25 de Abril apertei a mão de um João que nunca tinha ido a qualquer manifestação. Logo ele vai aparecer. Ele e mais, estou em crer...

Janita disse...

Se calhar é mais de descanso, amigo Rodrigo!
Festas, não há motivos para festejar, quanto a lutas o povo já se cansou de lutar!

Um beijo e bom resto de semana sem desanimar.

Janita