quinta-feira, 23 de maio de 2013

Georges Moustaki Portugal (fado tropical)



O cantor francês de origem grega Georges Moustaki, autor de canções que se tornaram clássicos como "Milrod" e "Le Métèque" , morreu esta manhã aos 79 anos.
Moustaki colaborou com nomes grandes da canção francesa como Édith Piaf e Yves Montand, mas a relação do cantor com vozes e poetas brasileiros e com Portugal foi também muito estreita.
 
George Moustaki teve uma forte ligação à lingua portuguesa sobretudo por causa da paixão pela música brasileira. Foi amigo de Vinicius de Moraes, Gilberto Gil e Elis Regina e também do escritor Jorge Amado.
 
A revolução dos cravos foi seguida com atenção por Moustaki que criou uma música dedicada ao tema chamada precisamente "Portugal".

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Chico Buarque - Construção


A música "Construção" é uma das obra-primas deste grande compositor, o Chico Buarque, inteligentemente mostra como o trabalhador, principalmente o braçal pode ser colocado na situação de máquina e sem o devido valor como ser humano chega a ser considerado um estorvo para o público, quando acaba, caindo da construção e morre . A sua morte atrapalhou o fluxo de tráfego, no quotidiano, que não pode parar  por um instante. Bem, é claro que "Construção" é rica em lições e apresenta subtilezas que só uma análise mais demorada poderia revelar. dada a profundidade desta obra musical.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

(Quando já não tiveres nada a perder, o que é que estás disposto a fazer?).

Um dos meus blogueiros de eleição, CBO manteve durante uns tempos no subtítulo do seu blog, uma frase que me bate todos os dias em cima: (Quando já não tiveres nada a perder, o que é que estás disposto a fazer?).
Envergonhadamente assumo, que já cheguei a esse ponto e caminho rapidamente para a indigência. Durante a minha vida nunca deixei de estar presente nas lutas que me pareciam justas e muito menos fui um cidadão amorfo, mas a vida tem destas coisas.
 
Sem que isso me dê qualquer tranquilidade de consciência, sei que somos muitos e com tendência a aumentar, muito rapidamente com um retorno muito improvável. Não, não sou dos que gastei mais do que podia.
 
Embora limitado ou mesmo quase impossibilitado de me movimentar por razões financeiras, não vou ficar a definhar à espera de que um “Santo” qualquer venha em meu socorro, vou continuar a lutar para que este bando que tomou conta do nosso País e o destruiu em três tempos e não satisfeitos preparam-se para lhe dar a machadada final, seja corrido, pois em cada dia que passa a situação piora.
 
No entanto assistimos a uma série de acções programadas para os próximos dias. No fundo as questões fundamentais e os objectivos são os mesmos. Porque não se juntam. Porque é que os dirigentes e promotores não conciliam as diversas acções programadas?
 
Sei que há uma certa necessidade de protagonismo e de auto afirmação, mas será que a unidade na acção que traga resultados concretos, não seja mais importante que alguns “vedetismos, balofos”?

quarta-feira, 1 de maio de 2013

1º de Maio dia de festa ou de luta?

Hoje comemora-se mais um dia mundial do trabalhador. Embora seja quase banal comemorar o dia disto e daquilo há comemorações diferentes. Neste caso o sangue vertido  nunca deverá ser esquecido e é daquelas datas que têm sempre significado. Mas se se trata de comemorar uma data que ficou bem marcada com o vermelho do sangue vertido naqueles dias de Chicago de 1886, pelo mundo inteiro e duma forma crescente o 1º de Maio é cada vez menos dia de festa (como foi no memorável dia primeiro, em Maio de 1974 em Portugal).
 
Mas na verdade quantos são os trabalhadores que mobilizados pelas duas centrais sindicais existentes em Portugal, vão participar nas acções promovidas? Quantos são os desempregados que se dispõe a gastar (se ainda o tiverem) algum dinheiro para se deslocarem? Quantos são os que à gula dumas monumentais promoções nos “magazans” do Sr. Soares dos Santos, para aí confluem em força?
 
Mas sobretudo quantos são os que ainda mantendo o seu emprego e vendo-lhes ser roubada uma fatia cada vez maior dos seus rendimentos, acham que vale a pena? Não nos podemos iludir e honra seja feita aqueles que estão sempre presentes. Há que fazer com que se acredite que vale de facto a pena. Em cada palavra de ordem, em cada cartaz ou faixa que se ostente é preciso que se sinta e faça sentido. Mais que uma data a comemorar é preciso apontar, sem tibiezas objectivos concretos e definidos. “É preciso empurrar e agitar a malta" e não  nos limitarmos a  entretê-la.