Para aí há dezena e meia de anos aqui na Marinha Grande, a
brigada anticrime andou durante cerca de um ano a vigiar um “hipotético”
traficante de drogas. Noites e dias de vigilância ao local, policias escondidos
em locais estratégicos munidos de máquinas fotográficas para juntar os indícios
suficientes para que o respectivo Juiz emitisse o mandato, coisa que demorou
mais de um ano.
Reunidos os indícios suficientes e determinado o modus
operandi dos “artistas” lá se marcou uma
acção, com a mobilização de todos os efectivos da terra e presumo com ajuda de
forças policiais de outras corporações. Segundo me contaram aquilo parecia “coisa
má” eram sirenes e pirilampos, dezenas de agentes fardados e á civil e zás lá
vai o traficante (presumível) e mais alguns clientes de Ramona direitos ao
tribunal para serem ouvidos pelo respectivo Juiz. Dá-se a bronca! Havia
traficante e clientes, mas não havia prova do crime. Os agentes encarregados da
respectiva apreensão esqueceram-se da respectiva, em cima de uma mesa. Imediatamente
voltaram ao local, mas o dono da casa (familiar do tal presumível traficante)
que não se encontrava no local na altura da acção, foi alertado pelo espectáculo
e voltando a casa verificou que havia em cima da tal mesa, uns pacotes de pó
branco que de imediato enfiou pela sanita abaixo.
Conclusão. Os artistas foram de imediato libertados e parece
que até tiveram direito a boleia de regresso.
Lembrei-me desta “cena” ao assistir ao show off da tal acção
de ontem, na busca a 41 locais (acho que era este o numero) para recolha de
algumas provas dos crimes cometidos no BES. Alguém acredita que depois de 5
meses as provas não foram já todas pela sanita abaixo?