Faz tempo que a existência de piscinas públicas ou privadas, por aqui eram apenas uma miragem (no que diz respeito a públicas quase que
assim continua na nossa freguesia se não chamarmos piscina ao tanque da Embra).
De facto à época não sei bem, se a palavra “piscina” fazia
parte da linguagem corrente. Que me lembre os “putos” da minha geração conheciam bem o Barreiro do “Melro”, o do Camarnal o da Cerâmica (junto ao Lisboa e
Marinha) mais a vala do Tremelgo, a do Pelão (que recentemente soube chamar-se
Ribeira das Bernardas) e ainda mais uma ou outra que íamos descobrindo. Eram as
nossas piscinas, onde nos refrescávamos nos verões mais quentes que em tempos
de “aquecimento global” teimam em passar por aqui fugazmente.
Ora bem. Hoje e depois e depois do já habitual (aos Sábado)
cozido no clube de Casal Galego, rumámos a S.Pedro de Moel. Como a intenção era só
cheirar a maresia e olhar o mar fomos direitinhos ao chamado parque de
estacionamento das piscinas de onde se avista S.Pedro de Moel quase por
inteiro. Não sei se foi do “cozido” ou da visão, mas que me senti mal, senti.
Não, não pode estar a acontecer. Aquela bela imagem que se sobrepunha a todas
as outras, aquela que já foi nacional e internacionalmente a imagem de S. Pedro
de Moel, apresenta, mesmo a alguma distância um estado lastimoso de degradação
e abandono.
Não, não pode estar a acontecer!
Ao iniciar este curto post tinha por intenção contar uma pequena história
que descrevia as aventuras e desventuras da minha ida à inauguração das
referidas piscinas. Decorria (sujeito a confirmação) o ano de 66/67. Do que me
lembro mesmo é que a minha pasteleira roda 28 só era boa para descidas e
rectas, dado que só funcionava em terceira (mas esta parte fica para outra ocasião,
se houver).
Surripei na net (por facilidade) a foto que encima este post.
Digo por facilidade porque terei alguma dezenas algures por aí, mas teria que
procurar. Caloíce. Também podia ilustrar com uma das fotos actuais, que já por aí circulam mas, tal como aos amigos que partem, prefiro guardar a imagem dos bons tempos. Coisas minhas.