Por muito que custe, vai havendo por aqui e ali quem tente
fazer coisas bem feitas, na musica (mas felizmente não só). Não sendo um
melómano e grande conhecedor, sou sensível ao que de bom se vai fazendo,
especialmente (e no que respeita à musica) ao conteúdo do que se diz de forma
cantada. Talvez os Alice me passassem ao lado, não fora o facto de ter como
amigo (daqueles que o são na verdadeira acepção da palavra) o pai de um dos
membros da banda (o Diogo Borges). Na verdade só comemoro os meus aniversários
de cinco em cinco anos, e há quatro no ultimo que comemorei (o 55º) tive o
prazer de ouvir o Diogo tocar viola com uma qualidade que augurava um futuro
promissor. (recordo que alguns dos acordes, eram musica do Zeca). O pai que
veio almoçar comigo um dia destes, ofereceu-me o primeiro CD do grupo, que nas
calmas fui "degustando" acompanhado com as letras que numa brochura
acompanhavam o respectivo. Força! "A cantar também se diz".
domingo, 24 de agosto de 2014
domingo, 10 de agosto de 2014
"Já não há canções de amor?"
(Republicado e revisto)
Ele divorciado a viver só, há mais de 10 anos. Ela viúva há 6 também a viver só. Ele tinha uma filha ela duas. Embora vivessem na mesma terra (na altura já Cidade) e ocasionalmente se cruzassem não sabiam nada um do outro. Até que um dia num bar duma famosa discoteca ela passou e não ligou (ou seja, disfarçou). Ele com os vapores da noite (que ajudavam a desinibir) dirigiu-se à mesa, meteu conversa sentou-se e lá foi tentando perceber como era. Quando soube que estava viúva sofreu um choque porque o marido era um amigo de infância e juventude e ainda com alguns laços familiares. Ele a custo conseguiu que ela acedesse a trocarem números de telefone. Quando se despedirem (prometendo um outro encontro) já ele estava com cerca de 24 horas sem dormir e com alguns vapores há mistura, já entaramelava a voz.
Ele divorciado a viver só, há mais de 10 anos. Ela viúva há 6 também a viver só. Ele tinha uma filha ela duas. Embora vivessem na mesma terra (na altura já Cidade) e ocasionalmente se cruzassem não sabiam nada um do outro. Até que um dia num bar duma famosa discoteca ela passou e não ligou (ou seja, disfarçou). Ele com os vapores da noite (que ajudavam a desinibir) dirigiu-se à mesa, meteu conversa sentou-se e lá foi tentando perceber como era. Quando soube que estava viúva sofreu um choque porque o marido era um amigo de infância e juventude e ainda com alguns laços familiares. Ele a custo conseguiu que ela acedesse a trocarem números de telefone. Quando se despedirem (prometendo um outro encontro) já ele estava com cerca de 24 horas sem dormir e com alguns vapores há mistura, já entaramelava a voz.
Nessa madrugada ainda houve um telefonema para ver se estava tudo bem.
Claro que no dia seguinte (ou no fim do dia) lá surgiu o convite para um café e a seguir uma volta até ao Sítio da Nazaré. A paixoneta dos 15/13 anos (nessa altura amadurecia-se mais depressa) acordou e claro que renasceu algo que deu num grande amor que dura há precisamente 13 anos.
Mas não foi fácil. A relutância dela em encetar uma relação fazia-a avançar e recuar. Ele chegou a apagar o nº de telemóvel várias vezes (o problema é que o tinha decorado).
Cerca de 10 dias depois estando ela de férias ele tirou uma semana também. Ela grande amante de Praia, enquanto ele gosta só de ver o mar. No entanto pegou nuns velhos calções e numa toalha de banho, foi à sua procura na praia onde sabia que estava. Decidido rematou: Estou de férias mais 4 dias. Se tiver companhia vou dar uma volta sem destino ao norte, se não tiver vou passar 3 dias a Moscovo, aceitas ser a minha companhia? Ela aceitou e no dia seguinte partiram com destino ao Norte. Alojando-se num turismo de habitação em Ponte de Lima.
É evidente que a noite de lua-de-mel, adiada mais de 3 décadas, aconteceu nessa noite.
A música escolhida tem a ver com um dos melhores momentos vividos naqueles dias.
Com a precipitação apenas havia um CD dos Scorpions. Em determinada altura circulando por uma autovia na Galiza ambos sentiram um impulso muito forte para se beijarem. Ele enfiou o carro numa entrada para uma bomba de gasolina e beijaram-se apaixonadamente durante todo o tempo que durou esta canção.
Este post conta a estória (embora o post seja longo) abreviada de duas crianças que se apaixonaram e pelas vicissitudes da vida reencontraram-se a tempo de viver uma intensa paixão que se mantém. Também uma forma de corresponder ao desafio do querido amigo Carlos Barbosa de Oliveira em Crónicas on the Rocks. Mas também por esta estória ter começado, precisamente há 13 anos.
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