terça-feira, 20 de agosto de 2013

Desabafos

A vida dá voltas e sem querer ao virar de uma esquina tudo nos pode acontecer. Claro que nesta sociedade cada vez menos solidária, ainda acabamos por ser criticados por virar aquela esquina sem nos certificarmos se do outro lado havia algum perigo.
Vivemos numa sociedade em que se somos enganados ainda somos acusados com uma série de epítetos do tipo: Nabo, Vacão, Passarinho e muitos outros etc…s
Se assinamos um qualquer contrato e não lemos nas entrelinhas habitualmente miudinhas, lá somos nós os culpados.
Se caímos num qualquer conto do Vigário, o palerma fomos nós. Caíste? Não caísses!
 
Se vítimas de uma qualquer vigarice, fizermos queixa na instituição respectiva, o mais provável é uns meses depois sermos chamados à presença de um agente duma força policial para dar mais alguns dados e ficar à espera e ir desesperando porque a nossa vida foi sendo destruída mercê dessa vigarice.
 
Claro que se perdermos as estribeiras e fizermos justiça com as próprias mãos resolve-se tudo rapidamente e nem sequer nos preocupamos em arranjar dinheiro para pagar a um advogado ou esperar pelo apoio judiciário.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Só se morre uma vez .



Imaginemos que um qualquer País é assolado por uma qualquer pandemia que provoca um número avassalador de mortos atacando em primeiro plano os mais frágeis e débeis.
No primeiro e segundo ano o número de vítimas é avassalador. Disso nos iam dando conta os jornais e demais órgãos de comunicação.
 
Embora a pandemia não tenha sido controlada no 3º ano após surgir, começa a decrescer o número de mortos, apesar dos hospitais estarem apinhados de doentes, mas efectivamente há um decréscimo até porque o número de candidatos também diminuiu.
 
Desculpem a comparação mas foi o que me ocorreu ao ler esta “notícia”. Cujo link junto.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Uma terra sem amos…



Já há largos anos que deixei a política activa, o que não significa que me tornasse num Cidadão apático ou amorfo e muito menos um abstencionista.
Em nenhum acto eleitoral deixei de tomar posição a favor daqueles que me pareciam os melhores. Até ao momento fi-lo sempre a favor de formações partidárias, mas em relação às próximas autárquicas decidi apoiar um dos movimentos independentes.
 
Como já afirmei nada me move contra a existência de partidos políticos, base essencial da existência da Democracia. Em qualquer das listas tenho amigos e pessoas a quem reconheço capacidades de gestão autárquica e também como já disse se o voto fosse nominal alguns deles recolheriam o meu voto.
Sente-se que a participação nestas eleições vai ser muito superior. A discussão e o número de iniciativas assim o indicam. O aparecimento de protagonistas não habituais nestas andanças pode propiciar isso mesmo.
Que esta dinâmica incentive a uma maior discussão sobre os grandes problemas da nossa terra e que não se troque a discussão de ideias e projectos para que a Democracia e o poder local saiam reforçados pela maledicência e o denegrir de pessoas integras, independentemente da sua opção.
 
Deixo aqui uma palavra de apreço aos dois movimentos independentes que surpreendidos por uma ratoeira burocrática/ legal conseguiram vencer esta prova de fogo o que augura que vencerão certamente outras que lhe vão tentar atalhar o caminho

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Eu tomo partido pela minha terra.

Sou apologista de que a Democracia assenta na base do funcionamento de partidos políticos. Não vale a pena referenciar o autor deste princípio por ser suficientemente conhecido há largas décadas e na verdade ainda não foi inventado um melhor sistema Democrático.
Claro que a ideia adjacente, pressupõe a existência de movimentos de cidadãos organizados nos variados campos sociais e sindicais. Não concebo a Democracia refém dos partidos e em movimentos (exclusivamente satélites dos mesmos) pois se assim fosse, deixava de o ser.
 
Mas para que os partidos cumpram a sua função é absolutamente necessário que no seu interior funcione uma ampla democracia interna, o que pelo que conheço está cada vez mais reduzida.
Apesar do momento politico que vivemos no País, é um facto que as estruturas partidárias locais estão bastante atarefadas com as próximas eleições para o poder local. Atrevo-me até a dizer que a intensidade da luta necessária para derrubar esta calamidade que dá pelo nome de governo estará a ser prejudicada pela ânsia de um lugar numa qualquer lista a um qualquer dos milhares de lugares disponíveis, pois grande parte deles são remunerados e em alturas de crise, nem que sejam só uns trocos, dão sempre jeito.
 
O que digo no parágrafo anterior não tem a pretensão de caracterizar a situação a nível nacional. Como vivo na província, mas numa terra que desde sempre foi bastante politizada, limito-me (provavelmente errando) a projectar para outros Concelhos a situação aqui vivida.
Se nos partidos do arco do poder (aqui assenta no PS e PCP) houvesse Democracia interna a escolhas das listas seria antecedida de um amplo debate interno para que fossem escolhidos os melhores e mais capazes. De facto não aconteceu. Se de um lado se pratica a velha ideia de que em equipa que ganha não se mexe, do outro apresentam-se os disponíveis e “oferecidos”, não significa de forma alguma, que não reconheça no conjunto dos candidatos, membros bastante válidos que se o voto fosse nominal não teria duvidas em votar nalguns.
 
Toda esta conversa para me questionar se não estarei a cair em contradição. Se defendo que os partidos políticos são a base da democracia, porque é que me tornei apoiante de um movimento independente? Fi-lo porque não encontro num dos dois partidos potencialmente ganhadores e onde me situo ideologicamente, listas capazes de gerir os destinos da minha terra, como ela necessita. Fi-lo porque encontro na lista independente do + Concelho, essa lista.
 
Eu tomo partido pela minha terra.