Portugal venderá mais ao exterior do que compra. Será
sustentável a prazo? Economistas esperam para ver.
Esta noticia cujo link para aqui transporto podia ser
positiva e até animadora. Não sendo economista, no próprio artigo há da parte
de alguns, um certo cepticismo.
A mim parece-me que é uma falsa questão. A redução das
importações deve-se fundamentalmente à quebra do consumo e à não reposição de
stoks de produtos essenciais, nomeadamente bens alimentares que já escasseiam
no mercado e como é normal quanto menor é a oferta maior é o custo, o que tem consequências
previsíveis.
Tenho algumas dúvidas se nalguns casos certas exportações (à bruta)
têm assim um efeito tão positivo como se pretende fazer crer.
Deixo um exemplo: Um dos produtos nacionais de grande e
crescente consumo é a nossa sardinha: Quem nos últimos tempos procurou
consumi-la nas tradicionais sardinhadas e nas festas de Stº António e S. João,
sabe a que preço as pagou e com qualidade muito fraca, dada a ausência de
gordura.
As razões são diversas e daria para um post dos compridos.
Mas uma delas deve-se a um aumento exponencial na exportação nomeadamente
na congelada e em conserva.
Creio que comer uma sardinha se começa a tornar num luxo
pouco suportável para um número considerável de famílias.
Temo que por este andar algo que não acontece desde esse tal
ano de 1943 e nessa época, se repita. Refiro-me às tristemente célebres “ senhas
de racionamento”
1 comentário:
A minha mãe e o meu pai contavam histórias incríveis sobre as senhas de racionamento e a candonga consequente!
Esperemos que não se repita uma situação tão triste para quem não tivesse sogros ou pais com os celeiros cheios...
Sorte a dos meus pais que até podiam contar com essa ajuda, apesar da família ser numerosa dum lado e do outro!
Abraço
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