quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Grândola, Vila Morena

No café (que dava pelo nome pomposo de salão de chá) que frequentava nos tempos imediatamente anteriores ao 25 de Abril, existia uma daquelas máquinas toca discos (Jukebox) onde havia dois discos que ouvia com alguma frequência em troco dos vinte e cinco tostões que era preciso enfiar numa determinada ranhura. Lá estava a Grândola do Zeca Afonso.

Foram muitas as vezes que ouvi e fiz ouvir esta canção que mais tarde se tornaria o símbolo do 25 de Abril depois de cumprir o seu papel de senha para o arranque vitorioso naquela madrugada de Abril. Sou dos que tenho questionado se as formas tradicionais e repetitivas de luta não cansariam os habituais participantes e pouca atracção teriam sobre os novos. A utilização da “Grândola” mostra que nem tudo o que é “velho” está gasto, desde que usado com inteligência, nos momentos oportunos e necessários. 

12 comentários:

Rosa dos Ventos disse...

Esta vila morena jamais será esquecida!

Abraço

Laços e Rendas de Nós disse...


A Vila há-de passar a Cidade e a Cidade a PAÍS.

E havemos de a ouvir e cantar, mesmo que a voz já esteja cansada!

Beijo e um cravo vermelho para si.

Laura

Anónimo disse...

gostei de ouvir o Grândola na AR, mas nestes protestos contra o Relvas e hoje o Macedo, já não. Não se pode vulgarizar um símbolo, sob pena de perder o seu significado. Pelo menos é assim que eu penso...
Grande abraço

Rogério G.V. Pereira disse...

É hino
É bandeira
É metáfora
É grito cantado

Deve ser usado
em tudo o que é lado

(a cantiga continua a ser uma arma)

Pedro Coimbra disse...

tornou-se, novamente, num instrumento de protesto, Rodrigo.
Aquele abraço!!

Júlio Gouveia disse...

E até já se canta em Madrid, aliás como muito do que é do Zeca.
Assim está melhor.
Um abraço

Fê blue bird disse...

Meu amigo fiquei agora duplamente feliz.
Por o ver de volta e por estarmos de novo em sintonia.

beijinho


Janita disse...

Olá, Rodrigo.
Fiquei muito contente por o ver de volta à blogosfera e não podia ter vindo em melhor companhia!
Essa é a canção que marcou e marcará para sempre, uma mudança e uma esperança, que não podemos deixar morrer.

Um beijo amigo.

Janita

Manuel Veiga disse...

a canção como arma...

Anónimo disse...

Rodrigamigo

Bato palmas! Cante-a tantas e tantas e tantas e tantas vezes, se-a de cor e salteado e não vai morrer. Nunca!

Muitos parabéns pela tua iniciativa. É bom que as pessoas não a esqueçam mas... a memória por vezes derrapa.

Na nossa Travessa há concurso cujo prazo termina amanhã. Corre! Concorre!

Abç

H

Pedro Coimbra disse...

Bfds, Rodrigo.
Aquele abraço!!

poetaeusou . . . disse...

*
e não esquecer,
outras e outras,
que a Rua da Creche, Alcântara,
jamais torne a ensopar o sangue
daqueles que lutam pela
dignidade humana !
,
a morte saiu á rua num dia assim,
naquele lugar s/nome pra qualq fim,
uma gota rubra sobre a calçada cai,
e um rio de sangue dum peito sai !
,
in - Zeca
,
aquele abraço,
fica,
*