Noite de reunião imaginária. Empresários anónimos. Como
alcoólicos anónimos, toxicodependentes anónimos... Entra-se sem dar o nome. É
sentar e ouvir. E falar. Levantou a mão. O ambiente é duro. Há que confessar,
reconhecer o crime, matutar nas falhas. Disse:
"Eu também criei uma empresa. Era uma coisa pequena ao
princípio, uma boa localização, eu, a minha mulher e uma funcionária que
ajudava na cozinha..."
3 comentários:
Bom dia, Rodrigo.
Li o texto e não consegui fazer com que as lágrimas não se soltassem.
Olho e, à volta, só vejo destas situações. Amanhã serei eu, também, a frequentar uma reunião dessas e a ter de confessar, em público, o meu crime - o de ter acreditado no futuro do meu país e na importância da minha profissão.
Beijinho e que a força não nos falte.
Laura
No fundo estamos todos no mesmo barco dos anónimos desesperados!
Abraço
Rodrigo, a reunião é imaginária mas a situação é real. Li todo o artigo e fiquei arrepiada!
Se existisse uma Associação de Empresários Anónimos, eu já faria parte dela, embora não pertença ao ramo da restauração.
Já se começaram a vender máquinas e viaturas, mas como sabe quem vende em época de crise é como se estivesse a dar.
Para o ano vou pedir a reforma, mas como o meu ordenado foi sempre pequeno, será uma pensão miserável. Nem quero pensar muito nisso.
Mudando de assunto. Tenho a indicação, que tem aqui a "Canção do Desterro" da Helena Sarmento, mas não está visível ainda.
Um beijo e boa semana, Rodrigo.
Não podemos desistir!
Janita
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