Provavelmente, depois da ”estabilidade democrática “ que se
seguiu ao 25 de Abril e ao chamado PREC em que as forças conservadoras e os
aliados de então conquistaram o poder, especialmente a partir dos acontecimentos
(ainda por esclarecer) do 25 de Novembro de 1975, nunca nenhum governo reuniu tantas
e de variadas formas, uma contestação tão grande.
As circunstâncias são também das piores que qualquer governo
poderia enfrentar. Mas quanto maior é o problema, maior tem de ser a capacidade
de o enfrentar. Mas lamentavelmente o que vemos é o crescendo amadorismo e incompetência e quanto mais tempo
passa mais isso se faz notar.
Por todo o lado chegam denúncias, acções, abaixo assinados,
manifestações umas antes e outras marcadas para depois.
Hoje foi anunciada uma moção de censura por um dos partidos
de esquerda com representação parlamentar. Claro que aplaudo com ambas as mãos.
Mas o que é que este partido fez para assegurar que na respectiva votação, não fique só?
Para mim começa a ser demasiado folclore, em que ainda para
aí muita gente a dizer “agarrem-me se não eu vou-me a ele” .
Há alguns pontos comuns em que os partidos da oposição são
coincidentes, há também nos movimentos independentes e emergentes muita coincidência de
objectivos, porque não juntar o que nos une? porque
sem dúvida “é muito mais o que nos une do que aquilo que nos separa”.
É tempo de nos deixarmos de protagonismos bacocos. O nosso
País está diariamente a ser destruído. Juntos seremos capazes de parar a sua
liquidação.
Porque não Juntar sem tibiezas os 3 Partidos da oposição numa
moção de censura colectiva? Porque não deslocar as manifestações agendadas para
diversas datas, numa só que coincida com a votação (que será derrotada com
certeza no parlamento) mas que na rua seria aprovada, com certeza.
Claro que isto é só um desabafo de Sexta Feira (mas pronto! Deixem-me sonhar).
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