Para aí há dezena e meia de anos aqui na Marinha Grande, a
brigada anticrime andou durante cerca de um ano a vigiar um “hipotético”
traficante de drogas. Noites e dias de vigilância ao local, policias escondidos
em locais estratégicos munidos de máquinas fotográficas para juntar os indícios
suficientes para que o respectivo Juiz emitisse o mandato, coisa que demorou
mais de um ano.
Reunidos os indícios suficientes e determinado o modus
operandi dos “artistas” lá se marcou uma
acção, com a mobilização de todos os efectivos da terra e presumo com ajuda de
forças policiais de outras corporações. Segundo me contaram aquilo parecia “coisa
má” eram sirenes e pirilampos, dezenas de agentes fardados e á civil e zás lá
vai o traficante (presumível) e mais alguns clientes de Ramona direitos ao
tribunal para serem ouvidos pelo respectivo Juiz. Dá-se a bronca! Havia
traficante e clientes, mas não havia prova do crime. Os agentes encarregados da
respectiva apreensão esqueceram-se da respectiva, em cima de uma mesa. Imediatamente
voltaram ao local, mas o dono da casa (familiar do tal presumível traficante)
que não se encontrava no local na altura da acção, foi alertado pelo espectáculo
e voltando a casa verificou que havia em cima da tal mesa, uns pacotes de pó
branco que de imediato enfiou pela sanita abaixo.
Conclusão. Os artistas foram de imediato libertados e parece
que até tiveram direito a boleia de regresso.
Lembrei-me desta “cena” ao assistir ao show off da tal acção
de ontem, na busca a 41 locais (acho que era este o numero) para recolha de
algumas provas dos crimes cometidos no BES. Alguém acredita que depois de 5
meses as provas não foram já todas pela sanita abaixo?
11 comentários:
Faz lembrar a "Ida à Guerra" do Solnado: - "Meu Capitão, fiz um prisioneiro." - "Onde é que ele está?" - "Não quis vir."
Talvez para não cometerem esse erro, em relação a outro processo, fizeram as coisas bem feitas... e nem por isso deixam de ser criticados.
Não, Rodrigo. Ficaram á espera da visita.
~
~ ~ Operações à portuguesa...
~ Nesta caso, não interessa somente mostrar que se está a fazer uma pseudo-intervenção...
~ È bem visível o espalhafato e que se pretende protagonismo pela mediatização.
~ ~ ~ Bom fim de semana. ~ ~ ~
Rodrigo, não quero meter-me consigo, venho só dizer que
pelo menos dois não tiveram tempo de puxar o autoclismo
Obrigado Rogério.
Mas o próprio Ricardo salgado já era arguido. Vamos ver quais as medidas de quação aplicadas aos novos arguidos e ver se não se aplica aquela de que "quem se lixa é o Mexilhão".
Boa noite Rodrigo
Esse foi o nosso comentário depois de ouvir a noticia no jornal das vinte.
A desorganização brada aos céus,até nem sei se a mesma não é propositada.
Meu amigo, eles pensam que o povo é ignorante. Tudo isto é premeditado como bem sabemos.
beijinho
Fê
Por isso mesmo deixaram passar o tempo necessário para que as provas fossem mandadas sanita abaixo.... O pessoal pode ser distraído, mas não é estúpido...
Beijinho.
Rodrigo,
Acredita que aconteceu o mesmo com um cliente meu em Coimbra?
Quando era advogado tive como cliente um traficante (ele fazia questão de deixar bem claro que não era consumidor, o estupido!) que me pediu à mim e ao meu colega para ir buscar as coisas dele à pensão onde residia antes de ir dentro.
Eu mandei-o à fava.
O meu colega foi lá.
E a dona da pensão disse-lhe que, como ele já não aparecia há muito tempo, tinha guardado as coisas (máquina fotográfica, calculadora, máquina de escrever).
Só devolvia aquilo, e a roupa, se o meu colega pagasse a conta.
E não podia devolver um pó branco, tipo pó de talco, que tinha ido sanita abaixo :))))
Deve ter sido o mesmo caminho das provas do BES.
Fora à me%^da, em bom rigor.
Grande abraço
Há esquecimentos muito convenientes ( no caso dos tipos que prenderam os traficantes)e atrasos nas buscas muito oportunos. Devia haver vergonha mas, infelizmente, não há.
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