Tenho uma concepção (demasiado idealista para os tempos que
correm) que ser político é um acto de servir e não para se servir.
Falo disto à vontade porque eu próprio já fui político e até
o fui em termos profissionais, rejeitando sempre a ideia de fazer da política
profissão, mesmo que pelas bandas por onde andei o termo fosse o de “revolucionário
profissional”. Claro que no meu caso saí pelo meu pé quando achei que era a
altura e tentei voltar à minha anterior profissão, o que não consegui porque a
mesma caminhava para a extinção. Claro que tive que me fazer à vida e aprender
outra.
Como penso que qualquer solução politica para o nosso País,
passa em primeiro plano pelo PS, acompanho com atenção o que se vai passando no
interior deste partido. Quem foi lendo os meus escritos neste blog sabe que
alguma animosidade que deste texto possa ressaltar em relação a António José
Seguro não é novidade, falo naturalmente em termos políticos, pois do ponto de
vista pessoal, nada tenho contra esta figura.
Na verdade ao longo do reinado do seu antecessor também fui
manifestando sérias criticas pois era por demais evidente que aquele estilo
(chamado de Socrático) levaria o PS a uma situação demasiado penosa para este
partido e consequentemente para o País e a destruição da vida de centenas de
milhares de Portugueses.
Ainda na era Socrática defendi que era urgente alterações ao
nível da direcção a começar pelo secretário-geral que impedissem que Sócrates
se tornasse o Coveiro do PS.
Como vozes de “folhas secas” não chegam ao Largo do Rato e
por ali a regra de ouro (até agora) é a de que o timoneiro "escolhido" ter de
levar o barco até ao fim, sem a preocupação de escolher o bom ou o mau porto, aconteceu
o que sabemos com as desgraçadas consequências que sentimos, naturalmente uns
mais do que outros.
Creio que os opositores de A.J.Seguro, já esgrimiram argumentos
de sobra para se concluir que por bom rapazinho que seja, por muita
legitimidade que tenha, não é o líder que o PS precisa para convencer os
Portugueses a entregar-lhe por uma maioria significativa o poder. Claro que a correlação de forças no interior do PS não
se mede por opiniões políticas, mas muito pelos interesses instalados, António
Costa tem uma tarefa difícil, sobretudo quando encontra um “adversário” que parece capaz de tudo para impedir a mais
que evidente e necessária mudança de timoneiro e naturalmente de parte
considerável da tripulação.
1 comentário:
Acontece que os estatutos do partido fazem dele refém! :(
Abraço
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