Eu também já fui brasileiro
Moreno como vocês. Ponteei viola, guiei forde e aprendi na mesa dos bares que o nacionalismo é uma virtude Mas há uma hora em que os bares se fecham e todas as virtudes se negam.
Eu também já fui poeta.
Bastava olhar para mulher, pensava logo nas estrelas e outros substantivos celestes. Mas eram tantas, o céu tamanho, minha poesia perturbou-se.
Eu também já tive meu ritmo.
Fazia isto, dizia aquilo. E meus amigos me queriam, meus inimigos me odiavam. Eu irônico deslizava satisfeito de ter meu ritmo. Mas acabei confundindo tudo. Hoje não deslizo mais não, não sou irónico mais não, não tenho ritmo mais não.
De Alguma poesia
(1930)
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segunda-feira, 24 de junho de 2013
"Tambem já fui brasileiro"
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4 comentários:
Já viu que este protesto no Brasil é um protesto Tintim (dos 7 aos 77) Rodrigo?
Impressionante!!
Aquele abraço e votos de boa semana!!
Drummond de Andrade é meu irmão...
Sou brasileira e me orgulho de Drummond e de meu povo.
Estamos buscando mudanças para o país. O Gigante acordou. Ainda bem.
Um grande bj querido amigo.
Hoje estou na casa do Henrique (http://aminhatravessadoferreira.blogspot.com.br/), se quiseres passa por lá, iremos gostar.
Que lindo poema que desconhecia. Vou copiar.
Beijinhos pró-brasileiros
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