terça-feira, 13 de setembro de 2011

Utopia

As canções, cantigas e músicas de Zeca Afonso vão estar presentes no nosso quotidiano durante muito e muito tempo. No meu post anterior tentei chamar a atenção para o descrédito em que a “nossa” classe política caiu e os perigos a que isso nos pode levar.

Zeca Afonso esteve em todas. Onde se lutava contra o Fascismo ele estava lá. Onde, já depois de Abril, se lutava pela construção e consolidação da Democracia ele estava lá. Onde se construía (ou tentava) a unidade popular, também. Zeca esteve em todas. Zeca foi um “desalinhado”. Zeca nunca se deixou agarrar por uma qualquer oligarquia política partidária. Lutou junto, com toda a esquerda.

Talvez esta canção, deva mais do que nunca de ser lembrada. Zeca teve a utopia de que um dia a esquerda estaria unida e construiria um mundo novo sem exploração do homem pelo homem. Zeca teve a utopia de que se construiria um mundo em que os homens fossem tratados de igual por igual. Zeca teve a utopia de que um dia não haveria mais guerras e não havia mais seres humanos a matar os seus irmãos. Deixou-nos sem ver isso realizado. Ouçamos então Zeca cantar a “Cidade sem muros nem ameias”.

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8 comentários:

  1. Também foi um grande sonhador. Uma qualidade própria dos verdadeiros amantes da Arte.

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  2. O Zeca cantava uma cidade sem muros nem ameias, o Homem Livre.

    Vejo o Homem cada vez mais escravo de si próprio, as cidades fortificadas na miséria da solidão e da intolerância e pobreza e o mundo mais subjugado aos interesses económicos.

    Faz-nos falta o Zeca para nos relançar na Utopia.

    Deixei-lhe a resposta ao seu comentário. Assim sinto.

    Beijo

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  3. O mundo seria muito pior se não fossem os idealistas, aqueles que pelo tempo em que durar suas vidas, enchem o próximo de esperanças e fazem mais suportável a realidade.
    Beijokas.

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  4. Olá Rodrigo, bom dia

    Trazes uma homenagem bem merecida e muito justa. Talvez alguns dos nossos políticos não lhes interesse estas músicas e letras. Não se enquadram nos seus propósitos mesquinhos e hitlerianos.
    Tenho a certeza que alguns dos actuais não teriam dúvida em persegui-lo e matá-lo por falar demais.
    Vou enviar-te um e-mal que recebi esta semana e que está muito bem conseguido. É pena que nem todas as pessoas de boa vontade o leiam e interiorizem....
    Quanto ao comentar alguma da minha poesia estás à vontade para dizer o que entenderes.
    O que escrevo vem cá de dentro em momentos muito especiais.
    São aquilo que eu sinto e como me defino com muita sinceridade.
    Neste abraço estão todos os meus amigos/as.
    Quando amamos de verdade não há tabus, barreiras, cores ou políticas partidárias....
    Quando amamos entramos na vida e no pensamento dos que amamos como nossos complementos.

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  5. O Zeca ouve-se sempre com todo o gosto, Rodrigo.
    Um abraço

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  6. A cantiga é uma arma e o Zeca foi um lutador!
    Deixou-nos uma bela herança musical!

    Abraço

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  7. Amigo Folha seca:
    É sempre com enorme prazer e emoção que ouço Zeca Afonso, talvez porque teimosamente ainda acredito em utopias.

    beijinhos

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  8. Um grande senhor da canção.
    Independentemente da política, a sua música faz cada vez mais sentido

    Beijo doce, folha seca, cinzentona!!!
    Eheheh

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