terça-feira, 20 de novembro de 2012

Não me apetece "ver, ouvir e ler".

Cada vez mais se ouve o cidadão comum afirmar que não ouve nem lê notícias, tal a confusão que as mesmas contêm e muito menos os debates, crónicas e opiniões que abundam nos nossos media. Na verdade também por vezes me apetece desligar e “não ver, ouvir e ler” para poder ignorar e viver alguns dias em paz.
 
Mas não, não sou capaz busco a cada momento uma notícia que me alegre, que me traga esperança me incentive me mostre algo mais do que o túnel cada vez mais escuro sem a mais pequena faísca no seu inalcançável (visualmente) final.
 
Mas de facto a minha maior angústia é sentir uma espécie de condenação perpétua e ter que gramar este estado de coisas. Sentir que temos um governo que com todas as patifarias que já fez e se prepara para fazer está para lavar e durar. Sim vão havendo uns fogachos, criticas, propostas acções de protesto de toda a maneira e feitio, mas algo em que se acredite, convincente e mobilizador, que se inicie e tenha consistência e continuidade, népias.
 
Sou tentado a pensar que há mudanças necessárias na imensa massa “oposicionista” não de personalidades mas sobretudo de estratégias, sim falta a capacidade de juntar esforços para evitar o verdadeiro desastre ou pelo menos estancar as feridas e “salvar os vivos “.

Sinto que há para aí gente com grandes "responsabilidades" que espera pela sua oportunidade e como tal “quanto pior melhor”.

11 comentários:

  1. "Sim vão havendo uns fogachos, criticas, propostas acções de protesto de toda a maneira e feitio, mas algo em que se acredite, convincente e mobilizador, que se inicie e tenha consistência e continuidade, népias."

    Depois de ler isto... não resisto.
    E sugiro.

    Faça um post, com um titulo "FOGACHO" e descreva-o em baixo...
    Depois critique...

    Eu sei, eu sei... vai dizer que não aceita encomendas de ninguém...

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  2. Também tenho cá a impressão que há gente que "lucra" com o estado actual das coisas.
    Um abraço

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  3. Amigo Rodrigo
    Iria jurar que comentámos precisamente ao mesmo tempo. Eu no seu blogue. E o amigo Rodrigo no meu. :)))))

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  4. Exacto. Foi às 19:46
    Ele há coisas do caneco. rsrsrsrsrsrs!

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  5. Amigo! Somos uma sociedade pacífica de revoltados...
    Abraço,
    J

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  6. haja alguém com a mesma linha de pensamento que eu! Já começa a aborrecer, sempre os mesmos a falar das mesmas coisas... andam todos muito concentrados nos problemas, mas poucos, muitos poucos nas soluções!

    Bem haja!

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  7. Até já ando preocupada com a minha postura de não querer vê-los, ouvi-los e lê-los!
    Parece-me desistência mas ao mesmo tempo é uma forma de me proteger!
    O que vale é que há blogues que me relatam o que se passa e assim não é tão doloroso!

    Abraço

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  8. Por vezes também não me apetece, mas a isso sou obrigado...
    Não tenho dúvidas que há por aí muita agente a apostar no quanto pior melhor. E como ainda vamso piorar muito, o terreno está a ficar-lhes propício.
    Abraço

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  9. Rodrigo:
    Este seu texto trouxe-me à memória aquilo que já Miguel Torga pensava e escreveu.

    “É um fenómeno curioso:
    O pais ergue-se indignado, moureja o dia
    inteiro indignado, come, bebe e diverte-se
    indignado, mas não passa disto.
    Falta-lhe o romantismo cívico da agressão.
    Somos, socialmente uma colectividade
    pacífica de revoltados”.

    Será que estamos condenados a viver indignados, não resignados e completamente atordoados?...

    Um beijo.



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  10. Rodrigo.Tem razão actualmente vejo muitos sábios e poucos entendidos das causas.Já não os consigo ouvir tamanho asco que causam,será que não haverá gente de fibra que os tire do poleiro.
    Abraço

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  11. Rodrigo,
    Acredito que o que diz é um retrato fiel das oposições.
    Deixam queimar em lume brando para depois pegarem nas rédeas do poder.
    Que gente é essa, Rodrigo?
    E os país?
    E as pessoas?
    Está a ver porque lhe digo, repetidamente, que não vejo alternativas, que só vejo escroques?
    Aquele abraço!!

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