sábado, 13 de outubro de 2012

Carlos Mendes - "Vagabundo do Mar" poema de Manuel da Fonseca


Do álbum "Vagabundo do Mar" (1997).
Poema de Manuel da Fonseca.
Música de Carlos Mendes

Sou barco de vela e remo
sou vagabundo do mar.
Não tenho escala marcada
nem hora para chegar:
é tudo conforme o vento,
tudo conforme a maré...

Muitas vezes acontece
largar o rumo tomado
da praia para onde ia...

Foi o vento que virou?
foi o mar que enraiveceu
e não há porto de abrigo?
ou foi a minha vontade
de vagabundo do mar?

Sei lá.

Fosse o que fosse
não tenho rota marcada
ando ao sabor da maré.

É, por isso, meus amigos,
que a tempestade da Vida
me apanhou no alto mar.

E agora,
queira ou não queira,
cara alegre e braço forte:
estou no meu posto a lutar!
Se for ao fundo acabou-se.
Estas coisas acontecem
aos vagabundos do mar.

Manuel da Fonseca

3 comentários:

  1. Excelente começo musical para uma manhã de Sábado.
    Aquele abraço!!

    ResponderEliminar

  2. E agora,
    queira ou não queira,
    cara alegre e braço forte:
    estou no meu posto a lutar!
    Se for ao fundo acabou-se.
    Estas coisas acontecem
    aos vagabundos do mar.

    Excelente escolha meu amigo.

    beijinhos e bom fim de semana

    ResponderEliminar
  3. Lindo!
    Cantou-a hoje? Estive lá um pouco mas mal ouvia o que se passava no palco...acabei por vir embora! :-((

    Abraço

    ResponderEliminar