Um poema de Miguel Torga
Apetece cantar, mas ninguém canta.
Apetece chorar, mas ninguém chora.
Um fantasma levanta
A mão do medo sobre a nossa hora.
Apetece gritar, mas ninguém grita.
Apetece fugir, mas ninguém foge.
Um fantasma limita
Todo o futuro a este dia de hoje.
Apetece morrer, mas ninguém morre.
Apetece matar, mas ninguém mata.
Um fantasma percorre
Os motins onde a alma se arrebata.
Oh! maldição do tempo em que vivemos,
Sepultura de grades cinzeladas,
Que deixam ver a vida que não temos
E as angústias paradas!
Olá amigo
ResponderEliminarObrigado por ler este poema e ao mesmo tempo ouvi-lo numa voz que nos faz estremecer interiormente.
Uma guitarra, um contrabaixo e uma voz poderosa. ADOREI!!
ResponderEliminarAquele abraço
Belo poema, Rodrigo. Abraço.
ResponderEliminarE os dia da ira chegarão e... não ficará pedra sobre pedra!
ResponderEliminarBeijo
Laura
Rodrigo.
ResponderEliminarVivemos mesmo dias de Ira, enraivecidos, revoltados, apetecendo-nos fazer tudo para mudar, mas pouco ou nada podemos fazer.
A sensação de impotência é horrível. Verdadeiras angústias paradas!
Excelente interpretação cantada deste belo poema de Torga.
Obrigada, Rodrigo!
Um beijo.
Um dia este poema, verso a verso se há-de inverter
ResponderEliminarNesse dia, seremos nós os seus cantores
Que bela junção!
ResponderEliminarAbraço