sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Zeca Sempre

Ontem foi um dia emocionante. Talvez andasse distraído mas parece-me que em 25 anos, nunca o Zeca foi tão amplamente lembrado como neste 25º Aniversário da sua partida.
Para além de relembrar o grande número de músicas, canções e cantigas, algumas já quase esquecidas, lembrou-se sobretudo o homem com tudo o que a sua personalidade encerra.
Tenho a sensação que hoje o Zeca, a sua obra e o seu legado são mais conhecidos que nunca.
Senti como há muito não acontecia, uma unanimidade em volta do homem que criou a canção que ficou para sempre gravada como o hino de Abril e que em volta dele o povo Português se uniu de Norte a Sul do País.
Muita coisa aconteceu para quase 38 anos depois, cantarmos a Grândola Vila Morena, não com a alegria com que o fizemos naqueles tempos, mas com tristeza, raiva e alento para segurar as conquistas de Abril e impedir que os tais Vampiros comam tudo e para que o pão que comemos não nos saiba a merda.

Zeca terá dito um dia: "Quanto mais pessimista é a visão que eu tenho do mundo e das coisas, mais vontade tenho de me envolver nelas." Inevitavelmente continua envolvido!

Neste blogue Zeca Afonso sempre teve um lugar cativo. Assim continuará a ser.

11 comentários:

  1. Zeca é ETERNO!
    Um abraço!

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  2. Não quero ser injusto mas pareceu-me que ontem a nossa comunicação homenageou o Zeca Afonso em grande como nunca ouvi fazer-lhe.

    Espero que a mensagem tenha passado e que todos aprendam a gostar das suas músicas para que a mensagem de todas as letras lhes entre na alma.

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  3. Caro Rodrigo
    Peço-lhe, desde já, que releve a minha prolongada ausência.
    Sabe, têm sido consultas, exames, análises, mais consultas, exames e novas análises...
    O fôlego e o ânimo estavam a esvair-se. Tudo, porém, parece não ter passado de uma partida que a minha carcaça, já a caminhar para o enferrujado, me quis pregar...
    Logo se verá.
    Agora foi tempo de aqui vir dar-lhe um abraço e me solidarizar, por inteiro, com esta sua evocação de Zeca Afonso.
    Conheci-o. Ele é eterno como já neste espaço foi dito. A sua escrita de intervenção e compromisso, a sua postura, e a sua voz incomparável ficarão para sempre connosco.
    Renovo o abraço, Rodrigo

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  4. Muito bem Rodrigo. Só os verdadeiramente grandes e revolucionários ganham esse estatuto único da unanimidade sem que a sua obra seja beliscada na sua essência.

    Abraço

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  5. Cuidado meu amigo, a blogosfera e alguns (poucos) jornais não são um universo significativo. Quanto ao resto, sem dúvida que pode ser um sintoma de esperança, a semente, o adubo, neste deserto de ideias e de frases feitas...

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  6. Obrigado, Rodrigo... além do mais, a citação do Zeca é absolutamente brilhante!
    Um abraço.

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  7. O facto de o número ser redondo (25 anos) terá ajudado alguma coisa, Rodrigo. No entanto, não se iluda... Enviaram-me o link para um post do crítico de cinema Eurico de Barros, que agora debita uns disparates no blog do governo que é a coisa mais vergonhosa que algum dia li sobre o Zeca. Lembro-lhe que EB foi de esquerda...
    Não lhe envio o link, para não o fazer perder tempo a ler lixo.
    Abraço e bom fds

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  8. Levei a citação, caro amigo... e fink link, claro!
    Um grande abraço.

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  9. Uma sessão a lembrar-nos outros dias. Temos que entregar aquele espírito aos nossos jovens à rasca e justamente indignados. Mas a tarefa deles talvez seja mais difícil, porque se o nosso inimigo era mais concreto, o deles é agora mais difuso.

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  10. E deu para relembrar tanto poema fantástico!
    Beijo

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  11. José afonso no meu espaço esteve e estará sempre presente assim como está aqui.

    O meu abraço

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